Nos últimos meses, enquanto a maioria dos analistas apontava para uma recessão europeia (camuflada pelos eufemismos nos discursos dos governantes deste grupo de países), outros mais audazes, como o jornalista e chefe da delegação do Financial Times em Frankfurt, argumentavam uma visão recessiva claramente exagerada.
No segundo trimestre do ano, o PIB da Zona Euro caiu 0,2%, comparativamente com o trimestre anterior. Este é o pior resultado desde a criação da Zona Euro em 1999. A Alemanha constitui-se como principal mercado exportador para muitos países da União Europeia. Nos primeiros três meses do ano, o PIB alemão subiu 1,3%, beneficiando do impulso de um crescimento de 5,7% na construção. Mas, a aparente resistência alemã resultou de uma percepção distorcida promovida pelo sector da construção. O segundo trimestre expõe as fragilidades da economia. O PIB caiu 0,5% alimentado pela derrapagem de 3,5% na construção e de 0,2% nas exportações.
Apesar da controvérsia e dos inúmeros discursos inflamados proferidos nos últimos meses, as estatísticas sugerem problemas reais na economia europeia. Acredito que até ao final do ano, os constrangimentos ao crescimento das várias economias constituintes da Zona Euro ainda serão demasiados.
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