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2009-09-04

Especular o Euro

A moeda única europeia prepara-se para registar a segunda perda semanal face ao dólar, face à especulação gerada de que o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, vai reiterar a posição do banco em não aumentar as taxas de juro. No entanto, Trichet revelou ontem que as previsões de crescimento para a economia europeia foram revistas em alta, contribuindo assim para a ligeira recuperação da divisa da Zona Euro, atenuando a perda semanal.

O euro seguia preparado para a quarta semanal face ao Franco Suíço, depois do líder da autoridade monetária da Zona Euro ter referido que a recuperação económica seria instável. Já nos EUA, o dólar negociava perto de mínimos de uma semana face à Libra antes de serem divulgados os dados sobre o emprego.

As novas estimativas para o crescimento da economia europeia, divulgadas ontem, mostraram que o BCE está menos pessimista e estima uma contracção de 4,1%, abaixo do recuo de 4,6% que fazia parte da estimativa anterior efectuada em Junho. As novas expectativas para a inflação foram também revistas em alta, e apontam para uma taxa média de 0,4% para o ano de 2009 e de 1,2% para o próximo ano. Ainda assim, estes valores são considerados aquém do nível de inflação desejado pelo Banco Central, que deve rondar os 2%.

2009-09-03

Demasiado Cedo

Timothy Geithner, Secretário do Tesouro norte-americano, disse que o Grupo dos 20 países mais industrializados tem tido muito sucesso no contributo que tem efectuado de modo a colocar um término à recessão económica. No entanto, adverte que é ainda demasiado cedo para implementar estratégias de retirada das políticas que visam o crescimento económico.

Geithner afirmou que de facto se começamos a assistir aos primeiros dados de recuperação económica, não só nos EUA, mas também em diversos países espalhados pelo mundo. Mas chama a atenção que ainda há um longo caminho a percorrer e que a retirada daquelas políticas podem mesmo comprometer este processo de recuperação.

O Secretário do Tesouro norte-americano proferiu estas afirmações antes de se dirigir para Londres, onde se irá realizar um encontro do G-20, com os ministros das finanças e banqueiros centrais, nos dias 4 e 5 de Setembro. Este encontro constituirá mesmo uma espécie de preparação para a próxima reunião do Grupo que decorrerá no final do mês, onde se discutirão medidas para melhorar a supervisão do sistema financeiro.

Apesar das suas declarações, Geithner considera que neste encontro se pode começar a discutir as formas de cooperação para retirar as políticas de apoio e estímulo à economia, já que é demasiado cedo para o fazer mas não o é para se falar e abordar o assunto.

Os EUA, por sua voz, pretendem ainda discutir um acordo de capital internacional de modo a controlar o montante de endividamento que as instituições financeiras assumem. Assim, determinar-se-ia um padrão para determinar o capital que as instituições necessitariam de manter em reserva para prevenir eventuais perdas.

2009-09-02

Juros na Rússia

O Banco Central da Rússia poderá cortar este mês a taxa de juro de referência pelo sexto mês consecutivo desde que em Abril começou a relaxar a sua política monetária. A especulação está a ser gerada devido ao facto da economia russa ter contraído a um ritmo recorde e a economia encarar uma recuperação lenta.

O Bank Rossii poderá baixar a taxa de refinanciamento em 0,25 pontos percentuais para 10,5% este mês, de acordo com a mediana dos 12 economistas consultados pela Bloomberg. A taxa poderá ainda cair para 10% até ao final do ano, segundo a mesma consulta. A autoridade monetária da Rússia, que não pública os horários para as suas reuniões de decisão da taxa de juro, iniciou os cortes no dia 24 de Abril pela primeira vez desde 2007.

A economia do maior país exportador de energia contraiu a uma taxa recorde de 10,9% no último trimestre após a queda do comércio mundial ter feito diminuir a procura pelas exportações russas de matérias-primas, desde o aço ao petróleo. Até agora, as taxas mais reduzidas têm falhado em revitalizar os fluxos de crédito e o Primeiro-Ministro Vladimir Putim está a encorajar os banqueiros a aumentar a concessão de crédito para ressuscitar a procura doméstica.

Segundo um economista da Goldman Sachs em Moscovo, o Banco Central irá continuar a diminuir a taxa de juro face aos níveis historicamente elevados. Enquanto isso, os bancos centrais na Europa e nos EUA estão a concentrar-se em determinar o momento ideal para o aumento das taxas de juro de modo a compatibilizar com a recuperação e crescimento das economias. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a OCDE, a economia russa deverá contrair cerca de 6,8% este ano, enquanto que a Zona Euro vai registar uma contracção de 4,8% e de 2,8% dos EUA.

2009-08-14

Contracção Espanhola

A economia espanhola registou uma contracção superior ao esperado no segundo trimestre do ano, sugerindo que a recuperação na Alemanha e em França ainda tem que chegar a Espanha, um país que em tempos foi também motor de crescimento da economia da Zona Euro.

O Produto Interno Bruto caiu 1,0% face ao trimestre anterior, altura em que havia recuado 1,9% segundo o Instituto Nacional de Estatística do país. Em relação ao ano anterior, a contracção ascende 4,1%. Este resultado foi mais negativo do que as previsões do Banco de Espanha, que havia estimado uma contracção trimestral de 0,9% e anual de 4,0%.

O processo de recuperação espanhola está a ser dos mais atrasados da Europa. Os dados divulgados ontem mostraram que as duas maiores economias da Europa, França e Alemanha, retomaram o crescimento no segundo trimestre, para além de outros países como Portugal e Grécia. Estando a combater a maior taxa de desemprego da Europa, ao nível dos 18%, o nosso país vizinho tem injectado liquidez na economia e está a colocar trabalhadores em projectos de construção públicos pelo país.

No entanto, de acordo com a OCDE, apesar do Governo estar a planear injectar na economia cerca de 2,3% do PIB do país e continuar com planos de estímulo em 2010, a economia deverá tornar a contrair no próximo ano. De acordo com esta organização, a economia espanhola vai registar uma contracção anual de 4,2% durante este ano e de 0,9% em 2010, o que a torna com o pior desempenho dos 30 países da OCDE a seguir à Hungria e Irlanda.

2009-08-11

Japão mantém juros

O Banco do Japão anunciou que mantém as suas preocupações acerca dos riscos de contracção da economia e de descida dos preços, apesar de serem cada vez mais os sinais de que a recessão económica que atingiu o país está a enfraquecer.

O Banco Central manteve a taxa de juro de referência em 0,1%, em linha de conta com as estimativas de dos 22 economistas consultados pela Bloomberg. O Governador Masaaki Shirakawa e os seus colegas privaram-se de revelar novas medidas, um mês após terem alargado o seu programa de crédito até ao final de 2009.

Segundo um analistas citados pela Bloomberg, a decisão de manter os actuais níveis das taxas de juro reflecte o quão cauteloso e conservador o Banco Central está acerca da recuperação da economia. Assim, segundo o mesmo analista da Calyon Services, unidade de banca de investimento do Credit Agricole, o Governador não aumentará a taxa directora até pelo menos 2010. Apesar da situação económica ter parado de piorar, o investimento efectuado pelas empresas está a cair a pique e o consumo por parte dos agregados familiares mantém-se genericamente fraco com o agravamento do desemprego.

A segunda maior economia do mundo, a do Japão, terá expandido 3,9% no segundo trimestre do ano depois de ter contraído nos quatro trimestre anteriores, segundo as estimativas avançadas por analistas consultados pela Bloomberg. Já as ordens de maquinaria, que indicam a despesa em capital nos três a seis meses seguintes, irão cair 8,6%.

2009-08-05

Casas Reino Unido

Os preços das casas no Reino Unido aumentaram quase para o dobro do que foi estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg, ao mesmo tempo que a confiança dos consumidores saltou cresceu para o nível mais elevado em mais de um ano, mostrando cada vez mais que a economia britânica está a sair da recessão.

O valor das casas subiu 1,1% para uma média de 159 623 libras, cerca de 188 mil euros, depois de ter caído 0,4% no mês anterior, segundo revelou a Halifax, divisão do Lloyds Banking. As previsões avançadas pelos 15 analistas consultados pela Bloomberg apontavam para um aumento dos preços em 0,6% durante o mês em questão. Em comparação com os preços registados durante o mesmo período de 2008, os preços caíram 9,9%.

De acordo com Peter Redfern, CEO da construtora residencial Taylor Wimpey, o mercado residencial está significativamente mais estável. Amanhã, o Banco de Inglaterra vai analisar se os sinais de recuperação económica são suficientemente fortes para parar com o programa de compra de activos com o dinheiro injectado na economia.

Os proprietários esperam que o valor das suas casas aumente 0,5% nos próximos 6 meses, naquele que será o maior aumento desde Dezembro de 2007. Ainda assim, Ralph Topping, CEO da William Hill, alerta para o crescente desemprego e os constrangimentos inerentes às despesas dos consumidores.

O Banco de Inglaterra, cuja taxa de juro de referência se encontra no nível mínimo histórico de 0,5%, vai decidir amanhã se vai alargar o seu programa de compra de activos de 125 mil milhões de libras. Metade dos economistas consultados pela Bloomberg acredita que sim enquanto que a outra metade não partilha da mesma opinião.

2009-07-17

Exportações de Singapura

As exportações de Singapura registaram a menor queda dos últimos nove meses em Junho, estando a contribuir para a recuperação económica da maior recessão que já atravessou enquanto país independente. As exportações, excluindo os produtos petrolíferos, caíram 11% face a igual período do ano anterior, depois de ter contraído 12,3% em Maio. Já os economistas tinham avançado com uma previsão de um recuo de 10,8%.

Durante esta semana, Singapura aumentou as suas previsões económicas para 2009, apesar de avisar que uma recuperação fraca é susceptível de risco de contracção. De acordo com o Governo, a melhoria da produção farmacêutica e da re-stockagem dos inventários de produtos electrónicos deve-se ao melhor desempenho da produção manufactureira dos últimos cinco trimestres, nos três meses que terminaram em Junho.

Durante o dia de ontem, o Banco do Japão aumentou as perspectivas para a economia pelo terceiro mês consecutivo, citando uma recuperação das exportações e da produção industrial. De resto, a produção das fábricas está a melhorar na também desde a Índia à Coreia do Sul, aumentando o optimismo de que o pior da recessão económica era mesmo passado.

A economia de Singapura expandiu-se à taxa anual de 20,4% no último trimestre fae aos três meses anteriores, o primeiro avanço do ano. Já em relação a igual período de 2008, a economia contraiu 3,7%. O Ministro do Comércio anunciou contudo que a melhoria da produção manufactureira no segundo trimestre poderá não ser sustentada, já que o desemprego e a diminuição do orçamento familiar nos EUA e Zona Euro reflectem uma fraqueza contínua presente na economia mundial.

2009-07-16

Economia Chinesa

O Produto Interno Bruto da China cresceu 7,9% no segundo trimestre de 2009, tornando-se na primeira das maiores economias a recuperar da recessão global que tem atingido a economia mundial.

Estes dados, anunciados hoje pelo Departamento de Estatística, excedeu a estimativa de 7,8% adiantada pelos analistas consultados pela Bloomberg, superando também os 6,1% registados no primeiro trimestre, que constituíram o pior desempenho da última década. A China, que é o país que mais contribui para o crescimento da economia mundial, superou ontem o Japão como o segundo maior mercado accionista do mundo, após o pacote de medidas com vista a estimular a economia no valor de 585 mil milhões de dólares ter aumentado a concessão de empréstimos para níveis recorde e ter levado à subida dos preços das acções.

Segundo David Cohen, economista da Action Economics, depois da quebra das exportações ter prejudicado o crescimento da economia chinesa, o desempenho da China está a voltar ao normal e lidera a recuperação mundial. Ainda assim é preciso notar que a China enfrenta algumas dificuldades, como a menor procura por parte do mercado externo, queda dos lucros das empresas e diminuição da receita fiscal, tendo dificuldades em criar postos de trabalho.

A Economia chinesa é a única das 10 maiores economias do mundo que está ainda a expandir-se. Com efeito, as Yields das obrigações do Tesouro chinês atingiram o valor mais elevado do ano, levando ao aumento das taxas de juro. De acordo com Li Xiaochao, porta-voz do departamento de estatística, a China não deve ignorar os riscos de inflação futura, já que a concessão de empréstimos está a um nível recorde e os preços das mercadorias têm vindo a aumentar. Os preços no consumidor caíram 1,7% em Junho face ao ano anterior, o quinto mês consecutivo de queda dos preços e a maior queda desde 1999. Já os preços no produtor registaram uma queda recorde de 7,8%.

2009-07-15

Dívida Portuguesa

Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças de Portugal, anunciou que a dívida portuguesa irá atingir um máximo no próximo ano, não chegando contudo a 80% do Produto Interno Bruto, ficando abaixo da estimativa avançada pela Comissão Europeia.

O Ministro português considera que durante este ano a dívida portuguesa estará perto dos 70% do PIB, aumentando no próximo ano. Segundo a previsão da Comissão Europeia, efectuada em Maio, a dívida iria aumentar para 81,5% no próximo ano, dado que as políticas do Governo se têm mantido inalteradas. Tal como Espanha e Grécia, o rating de crédito de Portugal foi cortado pela Standard & Poor’s este ano e com isso os investidores exigem o dobro da taxa de juro paga no ano passado para deterem obrigações do Tesouro português em vez das obrigações alemãs.

O diferencial entre o Yield das obrigações portuguesas e alemãs com ma maturidade de 10 anos encontra-se em 99 pontos base, enquanto que no ano anterior estava em 45 pontos. Já em Março desde ano, a diferença chegou a atingir os 175 pontos base, o valor máximo desde a entrada do Euro.

Portugal estima que o défice orçamental atinja os 5,9% do PIB este ano, mais do que a estimativa anterior de 3,9% efectuada em Maio. O Governo vai fazer esforços para reduzir o défice para 3% do PIB assim que a crise terminar e corrigir o balanço fiscal assim que seja possível. A despesa será também cortada. Teixeira dos Santos afirma ainda que não pretende aumentar os impostos.

O Ministro das Finanças recusou a dizer quando espera que a economia portuguesa retome o crescimento, considerando no entanto que o pior já passou. O Governo estima uma contracção da economia de 3,4% neste ano, a maior em pelo menos três décadas. Não se mostra preocupado com a deflação, e espera que uma aumento dos preços face ao ano anterior, apesar de em Junho o nível geral dos preços ter caído 1,6% face ao ano anterior.

(Bloomberg)

2009-07-10

Euro em queda

O segue a negociar em queda, preparando-se para registar a pior semana face ao Iene em dois meses, após ter sido anunciado que o Fundo Monetário Internacional está a discutir programas de apoio com pelo menos 10 Governos da Europa de Leste.

A divisa dos países da Zona Euro enfraqueceu face a 12 das 16 maiores divisas, após o jornal alemão Handelsblatt ter citado fontes oficiais não identificadas do FMI dizendo quais os países que se candidatavam a empréstimos pela primeira vez junto da entidade, incluindo Bulgária, Croácia e Macedónia. Por sua vez, o Iene e o dólar apreciaram face às principais divisas, com os futuros norte-americanos a cair impulsionando a procura por activos com menor risco.

A Ucrânia, Sérvia, Bielo-Rússia e Letónia procuram um pagamento mais rápido dos fundos do FMI ou um aumento dos empréstimos actuais, segundo o referido jornal alemão.

O euro encaminha-se também para a segunda perda semanal face ao dólar, após o Ministro das Finanças alemão Peer Steinbrueck ter dito ontem que os bancos regionais controlados pelo Estado são os que apresentam maior risco sistémico na indústria financeira do país.

O won, moeda oficial da Coreia do Sul, completou a sua maior queda semanal em quatro meses, com a procura por activos de mercados emergentes a diminuir. A divisa sul coreana caiu 1,3% nesta semana, a maior desde o final de Fevereiro.

2009-07-09

Juros na Coreia

O Banco Central da Coreia do Sul decidiu hoje manter o nível da taxa de juro num nível mínimo histórico, em 2%, pelo quinto mês consecutivo, afirmando que vai manter uma política de acomodação da recuperação económica.

Para o Governador Lee Seong Tae, a economia da Coreia do Sul e das economias globais poderão melhorar no próximo ano, embora seja difícil e improvável que o comércio mundial recupere no curto prazo. O banco central segue assim os seus homólogos da Austrália e Zona Euro, em que ambos mantiveram a os custos de endividamento num nível na semana passada para suportar as suas economias. O Fundo Monetário Internacional e a Goldman Sachs, melhoraram esta semana as projecções para o PIB da Coreia do Sul em 2009, como resultado dos estímulos concedidos, desde a diminuição da taxa de juro e a despesa do governo para combater a situação.

Para os economistas, Lee Tae deverá apenas começar a aumentar os juros na economia quando os sinais de recuperação económica forem mais evidentes. A decisão não surpreendeu o mercado, já que os 15 economistas contactados pela Bloomberg esperavam uma manutenção da taxa de juro nos 2%.

A Coreia juntou-se à Índia, China e Austrália como uma das poucas economias a crescer no primeiro trimestre do ano, após o PIB ter aumentado 0,1% desde os três meses anteriores. Já a confiança dos consumidores subiu em Junho para o nível mais alto em quase dois anos. As exportações, que representam cerca de 50% do PIB, ganharam 17% em Junho desde Maio, para um máximo de oito meses. O won caiu 27% face ao dólar desde o início do ano, aumentando os ganhos das empresas exportadoras.


(Bloomberg)

2009-07-07

Austrália mantém Juros

O Banco Central da Austrália decidiu manter a taxa de juro de referência do país inalterada pelo terceiro mês consecutivo, entre os sinais dos mais baixos custos de endividamento em meios século e os gastos do Governo que estão a ajudar a economia a ultrapassar a recessão global que afecta o mundo. O Governador Glenn Stevens deixou a taxa de juro nos 3%, tal como havia sido previsto pelos 20 economistas consultados pela Bloomberg.

A Austrália foi uma das poucas grandes economias, para além da China e da Índia, a crescer no primeiro trimestre de 2009, já que os apoios governamentais e o corte das taxas de juro contribuíram para um aumento da despesa dos consumidores. O crescimento pode abrandar após os recentes relatórios divulgados mostrarem que as exportações caíram para um mínimo de 14 meses, diminuiu a concessão de empréstimos por parte do sector bancário e as autorizações para construção de casas novas registaram a maior quebra desde 2002. Já os anúncios de emprego diminuíram pelo décimo quarto mês consecutivo.

Ainda assim, Stevens considera que existe espaço para relaxar a política monetária caso tal seja necessário, após ter cortado os custos de endividamento pelo valor recorde de 4,25 pontos percentuais entre os meses de Setembro a Abril. A autoridade monetária da Austrália mostra assim ao mercado que se mantém optimista acerca da economia Austrália e global, e que não estão a ponderar subidas de juros nos próximos tempos. A economia australiana cresceu 0,4 no primeiro trimestre face aos três meses anteriores, enquanto que as vendas a retalho aumentaram 1% em Maio, o dobro do estimado pelos economistas.

2009-07-06

Resultados em queda

Os resultados em empresas como a Ford e a ArcelorMittal poderão continuar a cair nos próximos três meses, com o desemprego a levar à diminuição dos gastos por parte dos consumidores. A queda anual dos lucros das empresas pode baixar para 21% de Julho para Setembro, após as estimativas dos resultados terem caído para 34% no segundo trimestre e cerca de 60% nos primeiros três meses do ano. Os resultados poderão vir a subir no final do ano, tendo em conta a analogia com o ano de 2008.

Os consumidores nos EUA, a maior economia do mundo, continuam preocupados com o mercado laboral, após o desemprego ter alcançado um máximo de 26 anos em Junho, de acordo com analistas e investidores. Até os norte-americanos começarem a efectuar despesa novamente em automóveis, telemóveis e vestuário, a maioria das empresas dos EUA, Europa e Ásia deverão continuar a reduzir os seus custos.

A confiança dos consumidores norte-americanos caiu inesperadamente em Junho, reflectindo o aumento da taxa de desemprego para 9,5%, a maior desde Agosto de 1983, e a perda de riqueza motivada parcialmente pela diminuição do valor das propriedades. No último mês os empregadores norte-americanos terminaram com 467 mil postos de trabalho enquanto que desde o início da recessão, em Dezembro de 2007, foram já cortados 6 milhões de empregos. De acordo com o economista chefe na Unicredit Global Research em Nova Iorque, as companhias estão prescindir temporariamente do seu pessoal, isto é, a coloca-las em lay off, mas depois não as estão a contratar de volta.

Na China, o índice Purchasing Managers subiu em Junho pelo quarto mês consecutivo, naquele que é o último sinal de que a economia está a responder ao plano de estímulo chinês no valor de 585 mil milhões de dólares. De acordo com a previsão dos economistas consultados pela Bloomberg, a economia chinesa deverá crescer 7,8% durante este ano. Já nos EUA a economia deverá cair 2,7% enquanto que nos 16 países que integram a Zona Euro se espera uma contracção de 4,3%.

2009-07-03

Juros na Suécia

O Banco Central da Suécia baixou surpreendentemente a taxa de juro de referência no país para o mínimo histórico de 0,25% e injectou cerca de 13 mil milhões de dólares na economia sob a forma de empréstimos de modo a ajudar a revitalizar os fluxos de crédito dos bancos do país para as famílias.

Para além de baixar os juros, a autoridade monetária da Suécia cortou ainda as perspectivas para a economia, prevendo uma contracção de 5,4% neste ano. Apenas um dos 17 economistas sondados pela Bloomberg estimou uma redução da taxa de juro. Esse mesmo economista considera que a economia teve uma performance pior do que havia sido estimado pelo Banco Central para este ano. Adicionalmente, considera uma boa medida melhorar o sentimento dos consumidores através desta medida.

A maior economia do báltico entrou na primeira recessão desde 1992 no último ano, com a queda da procura mundial a levar à queda das suas exportações, que representa cerca de metade do Produto Nacional. O Banco Central estima uma contracção na Suécia superior aos seis vizinhos da Noruega, Finlândia e Dinamarca.

As estimativas do Banco Central da Suécia indicam que a economia vai contrair 5,4% este ano antes de voltar a crescer 1,4% em 2010. Os preços no consumidor vão cair em média durante 2009 a uma taxa anual de 0,2% e crescer 1,4%. Para a autoridade monetária, são já visíveis os efeitos na economia das medidas de estímulo que foram tomadas.

2009-06-30

Desemprego no Japão

A taxa de desemprego no Japão subiu para um máximo de 5 anos em Maio, enquanto que a despesa dos agregados familiares avançou inesperadamente, após o Governo ter injectado liquidez na economia de modo a ajudar a economia a sair da sua pior recessão após a Segunda Guerra Mundial.

A taxa de desemprego cresceu para 5,2% depois de em Abril ter registado 5,0%, indo ao encontro das estimativas dos analistas consultado previamente pela Bloomberg. A despesa doméstica cresceu 0,3% naquela que é a primeira subida em 15 meses, enquanto que os economistas esperavam uma queda de 1,5%.

A segunda maior economia do mundo deverá crescer pela primeira vez em mais de um ano neste trimestre, devido às medidas de estímulo para a economia tomadas pelo Primeiro-ministro Taro Aso. A confiança começa a subir e o presidente da NEC Electronics, Junshi Yamaguchi, a considerar que o pior já terá mesmo passado. O índice nacional de referência do Japão, o Nikkei 225, encerrou a sessão de hoje a ganhar 1,8%, levando ao aumento de 23% no segundo trimestre do ano.

Apesar da taxa de desemprego estar a aumentar, os efeitos das políticas de estímulo económico estão já a surtir efeitos, com a produção a recuperar. Contudo, a taxa de desemprego é um indicador que revela algum atraso face ao estado da economia, já que as empresas demoram algum tempo a dotarem-se de recursos humanos. Só após serem ultrapassados os seus problemas é que iniciam a contratação. De acordo com Takuji Aida, economista do UBS, s pedidos de semicondutores vão disparar para o próximo trimestre devido ao aumento da procura.

2009-06-29

Produção Industrial japonesa

A produção industrial do Japão aumentou pelo terceiro mês consecutivo em Maio, com as empresas a restaurarem os seus inventários e com o início da retoma da maior recessão após a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o ministério do Comércio japonês, a produção cresceu 5,9% em Maio face ao mês anterior, igualando o ganho de Abril que foi o maior crescimento desde 1953. Ainda assim, este resultado ficou aquém das expectativas do mercado, já que os economistas consultados pela Bloomberg estimavam um aumento de 7%. Face ao período homólogo do ano anterior, as fábricas estão a produzir menos 29,5%.

A previsão para a produção dos fabricantes indica um aumento neste mês e no próximo ainda que a um ritmo mais lento, e os economistas esperam que o sentimento entre os grandes fabricantes tenha aumentado após ter registado um mínimo histórico. Os dados económicos têm vindo a confirmar que a recessão mundial está a abrandar com os bancos centrais a injectarem liquidez nas economias e com os governos a gastar 2,2 biliões de dólares para estimular o crescimento da procura.

Paralelamente, um relatório do mostrou que as vendas a retalho caíram 2,8% no Japão em Maio face ao ano anterior, com o agravamento do mercado de trabalho a forçar as famílias a cortarem as suas despesas. Em relação a Abril, as vendas mantiveram-se inalteradas.

2009-06-26

Despesa dos Consumidores norte-americanos

A despesa dos consumidores norte-americanos terá crescido em Maio pela primeira vez nos últimos três meses, com os norte-americanos a ganhar confiança à medida que a recessão vai abrandando.

Os dados oficiais apenas serão conhecidos às 13h30, mas os economistas consultados pela Bloomberg apontam para um aumento de 0,3%, após ter sido registada uma quebra de 0,1% em Abril. Os esforços do Governo para restaurar a corrente de crédito e apoiar os rendimentos, têm feito possível que os consumidores gastem, mesmo tendo em conta o crescente desemprego, que está em níveis máximos que igualam o registado na década de 80. A perda de riqueza causada pela pior crise no imobiliário das últimas sete décadas está a levar as famílias a acumularem poupanças, tornando a recuperação mais lenta.

A despesa dos consumidores, que representa cerca de 70% da economia, cresceu no primeiro trimestre de 2009 a uma taxa de 1,4% após ter registado na última metade do ano anterior a maior queda desde 1980. Nesse mesmo período a economia contraiu 5,5%, uma contracção menor do que havia sido estimada.

Já as compras deverão cair 0,6% neste trimestre face ao período homólogo do ano anterior, antes de crescerem novamente na segunda metade do ano. Uma das razões apontadas é a perda de postos de trabalho já que a taxa de desemprego se encontra em níveis máximos de 25 anos, depois de terem atingido 9,4% no último mês.

Mais tarde, por volta das 15h00, a Universidade de Michigan vai divulgar o sentimento dos consumidores. É provável também que tenha voltado a crescer em Junho pelo quarto mês consecutivo para o nível mais elevado dos últimos nove meses, de acordo com a votação promovida pela Bloomberg.

2009-06-25

Perspectivas da Economia norte-americana

A Reserva Federal norte-americana decidiu ontem manter a taxa de juro de referência para a economia dos EUA no intervalo entre 0% e 0,25%, considerando que existem sinais de que a economia está a melhorar, embora se mantenha frágil. Decidiu manter ainda o ritmo do programa de compra de obrigações. Apesar da contracção estar a abrandar, como mostram os gastos das famílias, a questão do desemprego coloca o panorama económico dos EUA numa situação frágil. Em relação à inflação a previsão é que esta se mantenha baixa por algum tempo.

No entanto, face ao optimismo induzido por Ben Bernanke nos mercados financeiros, Warren Buffet considera que serão necessários ainda mais estímulos orçamentais para a recuperação da economia. Buffet insistiu no aumento do desemprego acima dos 10% e que a recuperação económica ainda não está em andamento.

Os mercados asiáticos reagiram em alta à decisão da Reserva Federal, liderados pelas empresas tecnológicas e mineiras. Paralelamente, a Coreia do Sul anunciou que reviu em alta as estimativas para o PIB nacional. O índice accionista japonês Nikkei valorizou 2,2%, com a Mitubishi Electric a avançar 7,7%. O benchmark regional MSCI Asia Pacific já valorizou 44% desde os mínimos registados em Março, na sequência do optimismo em torno das medidas de estímulo económico levadas a cabo pelos Governos.

Já as bolsas europeias estão a negociar em baixa, traduzindo a desilusão dos investidores, após o Fed ter refreado o ritmo de compra de obrigações já que o manteve. O relatório divulgado pelo FMI também está a contribuir para o panorama europeia já que anunciou que os bancos irlandeses terão que amortizar perdas de 35 mil milhões de euros até 2010.

2009-06-19

Recuperação Europeia

Os líderes da União europeia detectaram os primeiros sinais de uma recuperação económica sustentável e afastaram medidas de estímulo para contrariar a pior recessão na região desde a Segunda Guerra Mundial.

Os líderes europeias consideram que à medida que a recessão está a aproximar-se do seu término, são desnecessárias medidas de estímulo e que é tempo de preparar uma saída estratégica da recessão. As preocupações das economias deverão estar centradas para a consolidação após a recessão e acompanhar o ritmo da recuperação. De acordo com a União Europeia, a despesa adicional dos 27 países irá permitir injectar 5% do PIB na economia em 2009 e 2010, compensando assim o crescimento da economia após a contracção estimada de 4%.

Este optimismo levou à valorização do euro. As obrigações do Tesouro alemão também valorizaram. Os indicadores económicos que têm sido divulgados têm confirmado este optimismo. As vendas a retalho em Abril aumentaram pelo segundo mês consecutivo, levando ao aumento da confiança dos consumidores e empresarial para um máximo de seis meses. Na Alemanha, maior economia da Europa, a confiança dos investidores aumentou para além do que era esperado pelo mercado.

2009-06-18

Crescimento Chinês

O Banco Mundial subiu a sua previsão de crescimento para a China neste ano e avisou para que não sejam, até 2010, encetados quaisquer planos de estímulo para impulsionar a terceira maior economia do mundo.

A economia chinesa deverá assim crescer 7,2%, acima da estimativa anterior de 6,5% efectuada em Março. Após esta revisão, os títulos chineses valorizaram para máximos de 11 meses, contrariando a tendência verificada na madrugada de hoje na região. O Banco Mundial junta-se agora a outras entidades, como a Goldman Sachs, Morgan Stanley e UBS, em aumentar as previsões de crescimento após o Governo ter introduzido um plano de estímulo no valor de 585 mil milhões de dólares. A economia chinesa está a apoiar o seu crescimento na intervenção estatal, já que as suas exportações afundaram após a economia mundial ter caído numa profunda recessão.

Ainda assim, o Banco Mundial refere que ainda é cedo para que a China alcance os níveis de crescimento de um passado recente, na casa dos dois dígitos. A China encontra-se bastante dependente da procura mundial pelas suas manufacturas. No entanto, a recuperação poderá surgir, dado o boom recente dos empréstimos bancários às empresas.



(Bloomberg)