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2009-09-10

Suntory quer Orangina

A Suntory Holdings está em negociações para adquirir a marca de bebidas europeia Orangina ao Blackstone Group e ao Lion Capital Holdings, com a terceira maior empresa japonesa de bebidas a expandir-se além do mercado doméstico.

A operação avaliada em 2,6 mil milhões de dólares, poderá ficar concluída já nesta semana, de acordo com fontes próximas do assunto citadas pela Bloomberg. Christine Anderson, porta-voz do Blackstone Group, recusou comentar o assunto. No entanto, Aya Takemoto, porta-voz da Suntory, confirmou apenas que estão em negociações para adquirir a marca Orangina sem prestar declarações adicionais.

A compra da marca europeia de bebidas, que anteriormente era detida pela Cadbury Schweppes, iria conferir à Suntory marcas como a Oásis ou a Schweppes entre outras, cujas vendas ascendem a mil milhões de euros, cerca de 1,46 mil milhões de dólares. A Cadbury Schweppes vendeu a sua unidade de refrigerantes ao Blackstone e ao Lion em 2006 por 1,85 mil milhões de euros. A Suntory, que está também em negociações para a fusão com a Kirin, maior fabricante de cerveja do Japão, está a expandir-se para o exterior, à medida que as vendas domésticas de cerveja diminuem e o iene valoriza.

As exportações de cerveja da Kirin, Asahi e outras fabricantes japonesas, caíram 6% para 42,7 milhões de paletes em Agosto, o nível mais baixo desde que se começou a compilar os dados em 1992. A divisa japonesa já valorizou 17% face ao dólar nos últimos 12 meses, o que não é benéfico para as exportações.

2009-09-08

Joint Venture

A Deutsche Telekom e a France Telecom concordaram em fundir as suas unidades de telecomunicações móveis no Reino Unido, que resultará na maior operadora móvel do país.

A Joint Venture terá participações iguais de cada uma das empresas e terá receitas que irão ascender a 9,4 mil milhões de euros para além de resultarem numa poupança de custos superior a 4 mil milhões de euros. Esta nova entidade vai retirar a liderança à O2, da Telefónica, e terá cerca de 28,4 milhões de assinantes, 37% do mercado do Reino Unido, de acordo com os dados referentes ao ano de 2008.

Este negócio vai reduzir o número de operadores móveis no Reino Unido para 4. Para além da O2, as restantes são a Vodafone e a Hutchison Whampoa. O acordo termina ainda com a especulação que durava meses em torno da unidade móvel da Deutsche Telekom no Reino Unido. Era já esperado que resultasse ou na sua venda ou na integração numa joint venture, como foi o caso.

De acordo com analistas que acompanham o negócio de perto, citados pela Bloomberg, a unidade da Deutsche Telekom era demasiado pequena para concorrer num mercado saturado como o do Reino Unido. Por outro lado, as empresas neste sector têm vindo a procurar meios de reduzir custos, já que os seus clientes estão a diminuir os seus gastos em telecomunicações, para fazer face às suas próprias dificuldades.

2009-09-07

Kraft Foods

A Kraft Foods, segunda maior empresa do sector da alimentação, declarou que a Cadbury rejeitou uma proposta no valor de 10,2 milhões de libras para a junção de ambas as empresas, que resultaria num centro global de snacks, confeitaria e refeições rápidas.

A oferta de 300 pences em dinheiro e de 0,2589 acções da nova Kraft Foods por cada acção da Cadbury, avaliavam as acções do fabricante de doces do Reino Unido em 745 pences, representando um prémio de 31% face ao preço de fecho da passada sexta-feira.

De acordo com um analista da Investec Securities, a oferta é competitiva mas a Kraft Foods terá que aumentar a oferta. Este analista tem uma recomendação de manter relativamente aos títulos da Cadbury. No ano passado, diversos analistas consideraram que a Cadbury seria um alvo para a Kraft Foods que em 2007 adquiriu as bolachas do Grupo Danone por 7,8 mil milhões de dólares, tornando-se na maior fabricante de bolachas da Europa. Em Maio, a Cadbury alienou a sua unidade dos refrigerantes Dr. Pepper de modo a focalizar-se nas marcas de confecção como a Dairy Milk e a Wispa.

A Kraft anunciou que a junção de ambas as empresas iria gerar receitas na ordem dos 50 mil milhões de dólares e teriam petencial para poupar 625 milhões de dólares em impostos através de um custo de 1,2 mil milhões de dólares por três anos.

A Kraft Foods diz no mesmo comunicado que está empenhada neste seu plano e pretende manter um diálogo construtivo. As acções da Cadbury sobem 33,80% para 760 pence.

2009-09-01

Automóveis no Japão

A Toyota e a Honda, as duas maiores fabricantes de automóveis do Japão, lideraram o primeiro aumento das vendas de automóveis no país dos últimos 13 meses, com a procura a ser impulsionada pelos incentivos concedidos pelo Governo e pelos novos modelos híbridos.

As vendas de carros, automóveis e autocarros, excluindo os mini-carros, cresceram 2,3% para mais de 198 mil veículos. A Toyota vendeu cerca de 91 mil unidades, um aumento de 9%, excluindo as vendas dos veículos com a marca Lexus. A Honda registou um aumento de 13% das vendas, enquanto que a Nissan, terceira maior fabricante de automóveis do Japão, vendeu menos 1,4% veículos.

As vendas de automóveis reverteram uma tendência que durava há mais de um ano, com os incentivos do Governo a impulsionar as vendas dos modelos híbridos do Prius da Toyota e do Honda Insight. Nesta altura, os fabricantes que apresentem modelos que se qualifiquem para os incentivos governamentais irão beneficiar.

De acordo com o programa que começou em 19 de Junho, os consumidores podem receber um subsídio de 2700 dólares se comprarem um carro elegível em troca de um veículo com mais de 13 anos ou 1080 dólares se devolver nenhum automóvel. Este programa tem efeitos retroactivos para compra de veículos a partir do dia 10 de Abril.

Ainda assim, tendo em conta os meses anteriores, as vendas de automóveis durante o corrente ano fiscal deverão protagonizar o pior registo das três últimas décadas devido à recessão. Os salários caíram pelo décimo quarto mês consecutivo e a taxa de desemprego atingiu o valor recorde de 5,7% em Julho. A associação de fabricantes de automóveis japonesa prevê que as vendas domésticas diminuam 8,5% para 4,3 milhões de unidades no ano que terminará em Março.

2009-08-12

Lucros do ING

O ING Groep, maior empresa holandesa de serviços financeiros, anunciou que o lucro referente ao segundo trimestre do ano caiu 96%, uma queda superior às estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg. Ainda assim, é de notar que é a primeira vez no espaço de um ano que apresenta resultados trimestrais positivos, com o regresso aos lucros do negócio dos seguros.

Após a divulgação dos resultados, os títulos chegaram a cair quase 15% na bolsa de Amesterdão, estando agora a cair cerca de 6%. O lucro do grupo foi de 71 milhões de euros que compara com os 1,92 mil milhões registados no período homólogo do ano anterior. Os analistas consultados pela Bloomberg estava à espera que o ING Groep registasse um lucro de 362 milhões de euros mas os resultados não conseguiram sequer atingir um quinto desse valor.

Jan Hommen, CEO do grupo desde Janeiro, está a planear vender activos com o objectivo de aumentar o capital da empresa em cerca de 8 mil milhões de euros. O banco anunciou que irá cortar mais de 8 mil postos de trabalho, um número superior ao que tinha sido anunciado anteriormente, e que pretende reduzir os custos em cerca de 1,3 mil milhões de euros no presente ano.

2009-08-07

Prejuízos no RBS

O Royal Bank of Scotland, o maior banco controlado pelo Governo do Reino Unido, anunciou que obteve um prejuízo de 1,04 mil milhões de libras no primeiro semestre do ano. Em igual período do ano anterior, o banco tinha registado um prejuízo de 827 milhões de libras.

O RBS anunciou ainda que vai aprovisionar 7,52 mil milhões de libras para pagar empréstimos em risco de incumprimento e outras imparidades. Neste campo, os analistas haviam estimado que as provisões iriam chegar às 6,4 mil milhões de libras. Depois de apresentar os seus resultados, o banco britânico chegou a estar a desvalorizou mais de 16%, uma vez que este resultado surpreendeu por completo o mercado. Os analistas consultados pela Bloomberg estavam a contar com um lucro na ordem dos 1,1 mil milhões de libras.

Segundo o CEO do banco, Stephen Hester, existem sinais que nos próximos dois anos o desempenho do grupo será fraco devido à grave situação económica que atingiu todo o mundo em 2008 e 2009, tendo consequências ao nível das imparidades e custos com o financiamento. Estas afirmações contrastam com as de Eric Daniels, CEO do Lloyds Banking Group, que considerava que as provisões para o crédito malparado tinham atingido já o seu pico.

Numa análise a estas duas posições antagónicas, Simon Maughan, analista da MF Global Securities, citado pela Bloomberg, afirma que a situação do RBS é uma chamada de atenção para a realidade para o optimismo dado pelo Lloyds. Não está a ser pessimista mas simplesmente a dizer as coisas como elas são.

Nos próximos três anos, os custos de reestruturação continuarão a ser considerados. Cerca de 70% das perdas do RBS vieram da unidade que não contém a actividade principal do grupo, que inclui os activos que pretender vender. De entre as operações que pertencem à actividade principal do banco, o lucro operacional na unidade de retalho britânica caiu para 53 milhões de libras face aos 514 milhões, enquanto que os custos com imparidade aumentaram 87% para os 824 milhões de libras.

2009-08-06

Deutsche Telekom

A Deutsche Telekom, maior empresa de comunicações da Europa, anunciou um aumento de 32% dos lucros no segundo trimestre do ano, com o corte dos seus custos.

O resultado líquido cresceu para 521 milhões de euros face aos 394 milhões registados no período homólogo do ano anterior. Ainda assim, não conseguiu bater as estimativas que os analistas consultados pela Bloomberg tinham avançado de 743 milhões de euros, justificada com a perda de clientes do Reino Unido.

Na semana passada, a Telefonica, BT group e France Telecom apresentaram resultados que superaram as estimativas dos analistas após terem cortado custos. A Deutsche Telekom diminuiu as suas previsões em Abril no seguimento dos maus resultados nos EUA, Polónia e Reino Unido. O valor da unidade britânica foi amortizado no primeiro trimestre por 1,8 mil milhões de euros. A operadora alemã anunciou hoje que as medidas que seguiu para melhorar essas unidades estão agora a começar a dar frutos e reviu as estimativas para o final do ano.

As vendas, incluindo a recente unidade grega, cresceram para 16,2 mil milhões de euros face aos 15,1 mil milhões, enquanto que o EBITDA cresceu para 5,03 mil milhões face aos 4,6 mil milhões. Os analistas tinham previsto que as vendas incrementassem para 16,3 mil milhões de euros e que o EBITDA se situasse nos 5,15 mil milhões. A Deutsche Telekom segue a valorizar 1,2%.

2009-08-04

Resultados UBS

O UBS, maior banco suíço em activos, registou a terceira queda trimestral consecutiva com base em nos custos relacionados com o corte de postos de trabalho e dos encargos relativos à redução à redução da sua dívida.

O prejuízo líquido aumentou para 1,4 mil milhões de Francos Suíços, cerca de 1,32 mil milhões de euros, no segundo trimestre do ano face aos 395 milhões de Francos Suíços, ou 258,9 mil milhões de euros, registados no período homólogo de 2008. Este resultado compara com a estimativa de 1,5 mil milhões de Francos Suíços avançada pelos analistas consultados pela Bloomberg, o que mostra que o prejuízo foi inferior àquilo que era esperado.

O CEO Oswald Gruebel, que tomou posse em Fevereiro, cortou 7500 postos de trabalho e vendeu a unidade brasileira. Gruebel afirmou que apesar dos mercados terem melhorado ao longo do segundo trimestre, ainda não é visível uma recuperação económica sustentada. Até ao segundo trimestre, as amortizações e perdas relacionadas com a crise financeira ascenderam a 53,1 mil milhões de dólares, cerca de 37,1 mil milhões de euros. Face a isto, o banco foi obrigado a aumentar o seu capital em 38 mil milhões dólares, cerca de 26,6 mil milhões de euros.

Os títulos do UBS avançavam 6,5% na negociação na Suiça, após o Departamento de Justiça norte-americano ter anunciado em conference call que os EUA e a Suiça tinham chegado a um acordo relativamente aos principais pontos do caso de fraude fiscal em que o banco esteve envolvido.

2009-08-03

Resultados Barclays

O Barclays, segundo maior banco britânico, anunciou que os resultados referentes ao primeiro semestre do ano cresceram 10%, com o lucro da unidade da banca de investimento quase que duplicar.

O resultado líquido ascendeu a 1,89 mil milhões de libras face aos 1,72 mil milhões registados em igual período do ano anterior. Contudo, este resultado falhou a estimativa de 2,2 mil milhões de libras avançada pelos analistas consultados pela Bloomberg. Estes resultados foram animados pelo negócio de concessão de empréstimos, após medidas de estímulo terem beneficiado o mercado de crédito e de o Barclays Capital ter quase duplicado os ganhos para 1,05 mil milhões de libras, dos anteriores 524 milhões, em período homólogo.

Os títulos do banco seguiam a valorizar cerca de 2,9% após o Barclays ter reduzido o nível de alavancagem para 22 vezes face às 32 que vigoravam no período homólogo de 2008. O rácio de capital Tier 1, que mede a saúde financeira dos bancos, vai subir para 8,8% após a venda do Barclays Global Investors, segundo o próprio banco, depois de no ano passado ter sido de 5,6%.

O Barclays foi o primeiro dos cinco maiores bancos britânicos a apresentar resultados para o período referido. O HSBC, maior banco europeu, vai anunciar resultados ainda hoje e o Lloyds vai divulgar na próxima quarta-feira, enquanto que na sexta-feira será a vez do Bank of Scotland.

2009-07-31

British Airways

A British Airways, terceira maior companhia aérea da Europa, anunciou que os obteve prejuízos no primeiro trimestre do ano fiscal de 2009, com a recessão a diminuir a procura de passagens aéreas e a penalizar as vendas em 12%.

O prejuízo líquido foi de 106 milhões de libras nos três meses que terminaram em 30 de Junho, que comparam com o lucro de 27 milhões de libras registado no ano anterior, segunda divulgado pela própria companhia aérea. Os analistas consultados pela Bloomberg tinham estimado uma perda de 95 milhões de libras. Já as vendas caíram em 12% para 1,98 mil milhões de libras.

A companhia aérea reduziu a entrega de aviões novos, cortou no serviço de catering a bordo e está em conversações para eliminar cerca de 4 mil postos de trabalho de modo a reduzir custos e assim conseguir resistir à recessão. A empresa disse ainda este mês que contraiu mais mil milhões de dólares em empréstimos para aumentar as reservas de liquidez.

O tráfego de passageiros na terceira maior transportadora da Europa caiu 3,8% no trimestre, conduzido por uma queda das viagens em primeira classe e em classe executiva. A proporção de lugares ocupados desceu 1,1 pontos percentuais para 72,9%.

2009-07-29

Resultados Santander

O Banco Santander, maior banco de Espanha, anunciou que os lucros referentes ao segundo trimestre do ano caíram 4%, sendo que esta queda foi inferior aquela que era esperada pelos analistas consultados pela Bloomberg. Esta queda nos resultados está relacionada com um aumento nas provisões para o incumprimento do crédito.

O resultado líquido caiu para 2,42 mil milhões de euros face aos 2,52 mil milhões registados em igual período do ano anterior, segundo anunciou o próprio banco no seu site oficial. Os resultados excederam a previsão efectuada pelos analistas que apontavam para uma queda superior para os 2,15 mil milhões de euros.

O Santander pretende que o resultado anual iguale o resultado verificado no ano passado de 8,88 mil milhões de euros, já que vai integrar as aquisições no Reino Unido e no Brasil. O banco espanhol tem o seu negócio de retalho diversificado em termos geográficos, estando bem posicionado para acompanhar o fim da recessão que atinge Espanha, o Reino Unido e a América Latina.

As acções do banco espanhol contam com uma valorização inferior a 50% desde o início do ano, que compara com a subida de 26% registada pelo benchmark sectorial do índice da Bloomberg de Bancos e Instituições Financeiras Europeus que integra 63 membros. O Santander tem uma capitalização de 82,4 mil milhões de euros e é o segundo maior da Europa, atrás do HSBC.

2009-07-27

Resultados RyanAir

A RyanAir Holdings, maior companhia aérea de Low-Cost da Europa, registou a maior queda nos últimos oito meses e meio, na negociação na bolsa de Dublin, após a empresa ter anunciado que os lucros anuais se vão situar não cenário mais pessimista previsto pela mesma.

A RyanAir caiu cerca de 38 cêntimos, ou 11%, para 2,99 euros na maior queda intradiária desde Novembro e segue a perder cerca de 9,5%. Este facto está a seguir-se ao ganho de 2,4% registado pela companhia aérea, avaliando-a em cerca de 4,49 mil milhões de euros.

Nos três meses que terminaram em Junho, o resultado líquido ascendeu a 123 milhões de euros, falhando a estimativa de 143 milhões dos cinco analistas consultados pela Bloomberg. A empresa sedeada em Dublin está a cortar as tarifas para fazer face à quebra da prcoura causada pela recessão global que atingiu países por todo o mundo. A empresa adiantou ainda que a yield, uma medida dos preços dos bilhetes, serão significativamente mais baixos no próximo trimestre.

Howard Millar, CFO da empresa, afirmou que não podem aumentar os preços numa recessão. Adiantou ainda que a recessão global terá impacto na sua empresa já agora, espera que o resultado líquido será o mais baixo compreendido no intervalo de 200 milhões e 300 milhões de euros.

O resultado positivo no primeiro trimestre do ano fiscal compara com o prejuízo registado em igual período de 2008, que resultou numa perda de 90,5 milhões de euros, após os custos com os combustíveis terem caído 42%, reflectindo a queda do preço da matéria-prima. O preço médio dos bilhetes caíram 13% enquanto que o número de passageiros aumentou 11%. Os passageiros têm sido muito lentos a responder à redução de tarifas efectuadas pela empresa, daí que os cortes tenham sido mais profundos.

2009-07-24

Vendas da Vodafone

A Vodafone, maior empresa de telecomunicações móveis do mundo, anunciou que as vendas do primeiro trimestre cresceram 9,3%, beneficiando de ganhos cambiais e de aquisições.

As receitas nos três meses que terminam em Junho aumentaram para 10,7 mil milhões de libras face aos 9,8 mil milhões registados no ano anterior. Excluindo o efeito dos ganhos cambiais e as aquisições, as receitas deslizaram 2,1%, com a crise económica a fazer diminuir a procura na Europa, já que os seus clientes gastaram menos em chamadas e mensagens.

Ainda assim, em declarações à Bloomberg, um analista do Citigroup, Terence Sinclair, considera que as receitas foram melhores do que o receado. Considera mesmo que a queda das vendas na Europa foi melhor do que qualquer analista esperava. Vittorio Colao, CEO do grupo desde o ano passado, reiterou as perspectivas anteriores proferidas em Maio. A Vodafone está a reduzir custos de modo a anular a queda dos gastos dos consumidores em telecomunicações. Juntou-se assim a empresas como a Deutsche Telekom e à Mobistar em afirmar que a crise económica é a principal responsável pela diminuição dos lucros, já que os consumidores individuais e empresas cortam os seus gastos em viagens e utilização dos telefones.

Em Maio, a Vodafone avançou com um plano de mil milhões de libras de modo a cortar alguns postos de trabalho e reduzir a despesa em equipamento de rede, publicidade e logística. A empresa afirmou ainda que pretende atingir pelo menos 65% do programa no ano fiscal que termina em Março de 2010, em vez da meta inicial de 50%.

2009-07-23

Resultados Hyundai

A Hyundai Motor, maior construtor automóvel da Coreia do Sul, reportou um lucro trimestral recorde, no seguimento do aumento das receitas provenientes da joint-venture com a China e com a Kia Motors.

O resultado líquido subiu 48% para 811,9 mil milhões de won, ou seja, 650 milhões de dólares, nos três meses que terminaram em Junho, face aos 546,9 mil milhões de won alcançados no período homólogo do ano anterior. Os 23 analistas consultados pela Bloomberg estavam à espera de uma diminuição do resultado para 431 mil milhões de won. As vendas da Hyundai, sem considerar os seus parceiros, caíram 11% para 8,08 biliões de won.

Os planos de estímulo por parte dos Governo na Coreia do Sul, China, Europa e EUA ajudaram a fazer aumentar a procura de automóveis, levando a que as vendas na unidade global da Hyundai subissem 7,3% no último trimestre. As vendas domésticas aumentaram 16%, para o qual contribuiu o corte de 30% nos impostos sobre as vendas e aumentaram o objectivo de vendas na China pela segunda vez este ano.

A quota de mercado da Hyundai tendo por base o universo mundial chegou aos 5% na primeira metade do ano, após ganhar mercado nos EUA e na Europa, enquanto que na China as vendas aumentaram 56%.

De acordo com a LIG Investment & Securities, a Hyundai aumentou os gastos no marketing em 39% para os 2,6 milhões de won por veículo, em comparação com o ano anterior. Stephan Ahn, responsável pelo research na LIG Investment, considera que este investimento foi agressivo e com o objectivo de aumentar a presença no mercado mundial.

2009-07-22

Resultados da LG

A LG Electronics, terceiro maior fabricante mundial de televisores com ecrãs de cristais líquidos, anunciou resultados recorde referentes ao segundo trimestre do ano, impulsionados pelo aumento da procura de ecrãs planos.

O resultado líquido do segundo trimestre subiu 62% para 917 milhões de dólares face aos 564 milhões registados no período homólogo do ano anterior. Este resultado acabou por ser cerca de 50% superior à previsão dos 17 analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam por um aumento do lucro para 614,5 milhões de dólares.

A empresa sul coreana pretende destronar a rival Sony no que diz respeito ao carregamento de televisores LCD este ano, oferecendo modelos sem fio e com sistemas de poupança de energia. A Nomura Holding e a Macquarie dizem que o resultado da LG, que também é o terceiro maior fabricante mundial de telemóveis, irá continuar a crescer na segunda metade do ano, impulsionado pela venda de aparelhos de mãos livres para os telemóveis e ecrãs planos.

As exportações da LG deverão aumentar 22% este ano para 122,8 milhões de unidades, face à queda de 6% nas vendas no sector, segundo James Kim, analista da Nomura Holdings. A margem de lucros dos aparelhos de mãos livres deverá continuar acima dos 10% na segunda metade do ano.

Os ganhos relacionados com os mercados cambiais totalizaram 285,7 milhões de won, cerca de 227,8 milhões de dólares, depois de ter registado perda de 135,5 milhões de dólares no ano anterior. Este resultado deve-se à subida da cotação do won nos mercados cambiais, que reduziu o valor do passivo obtido no exterior do país.


(Bloomberg)

2009-07-21

Prejuízos na Volvo

A Volvo, segunda maior construtora de camiões do mundo, anunciou que o resultado líquido respeitante ao segundo trimestre de 2009 foi negativo em 5,56 mil milhões de coroas suecas, cerca de 507,4 mil milhões de euros. A quebra da procura foi o principal factor que penalizou os resultados da empresa. Ainda assim, manteve as estimativas de vendas para a Europa e América do Norte.

Este resultado compara com o lucro de 5,13 milhões de coroas suecas registadas no ano anterior. O resultado foi pior do que o esperado, já que os analistas esperavam um prejuízo de 3,9 milhões de coroas.

De acordo com o CEO da Volvo, Leif Johansson, a fraca procura que se sentiu no segundo trimestre permaneceu em todos os mercados do grupo. Considera ainda que nos próximos anos, o foco será direccionado para o fortalecimento da rentabilidade.

A empresa prevê ainda que as vendas de vendas de camiões pesados na América do Norte caia entre 30 e 40% este ano, enquanto na Europa deverá recuar no mínimo para metade.

2009-07-13

Resultados da Philips

A Royal Philips Electronics, maior empresa de bens consumíveis electrónicos da Europa, registou lucros no segundo trimestre do ano de 2009, contrariando desta forma a expectativa dos analistas que estavam à espera que registasse prejuízos.

O resultado líquido ascendeu a 44 milhões de euros, ou 5 cêntimos por acção, que compara com os 732 milhões de euros arrecadados em igual período do ano anterior, ou cerca de 72 cêntimos por acção. Já os analistas haviam estimado uma perda de 122,5 milhões de euros, de acordo com a média das 13 estimativas recolhidas pela Bloomberg. Já o EBITDA recuou para os 118 milhões de euros no segundo trimestre, face aos 396 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Os lucros na Philips, que está entre as primeiras das maiores empresas de bens electrónicos a apresentar os resultados do segundo trimestre, poderão constituir um indicador do comportamento da indústria perante a crise económica global. O CEO da Philips, Gerald Kleisterlee, que está a cortar cerca de 6000 postos de trabalho, aumentou as suas estimativas de poupança de custos para mais de 600 milhões de euros, face à anterior estimativa de 500 milhões. A empresa declarou ainda que tem a expectativa de que o desempenho na segunda metade do ano seja ainda melhor do que o do primeiro semestre.

Kleisterlee afirmou ainda que a empresa permanece cautelosa quanto á economia como um todo especialmente nos países onde operam e que não deixarão de implementar medidas adicionais de poupança de custos onde for necessário. Em declarações proferidas em Abril, aquele que também é o maior fabricante de lâmpadas eléctricas, anunciou que avançaria para uma reestruturação no segundo trimestre, particularmente no sector da iluminação.

2009-07-02

Aumento de Capital da Rio Tinto

A Rio Tinto, terceira maior mineira do mundo, vendeu cerca de 97% das novas acções emitidas em Londres, no âmbito de uma operação que teve como principal objectivo reduzir a dívida, arrecadando cerca de 10,8 mil milhões de euros.

A mineira vendeu 508,6 milhões de acções no fecho da oferta, tendo a operação sido realizada nas praças de Londres e de Sidney. A Rio Tinto rejeitou uma proposta de investimento no valor de 19,5 mil milhões de dólares, cerca de 13,9 mil milhões de euros, do seu maior accionista a Aluminum Corp (Chinalco), da China, optando por avançar com um aumento de capital e uma “joint-venture” com a BHP Billiton para o minério de ferro.

A Chinalco confirmou que fez uso dos seus direitos na venda de acções, justificando como uma decisão economicamente racional, que preveniu a diluição do seu capital na Rio Tinto. Como continua a ser a maior accionistas da mineira, confirma que irá continuar a monitorizar os desenvolvimentos na Rio Tinto.

A BHP Billiton abandonou a proposta de aquisição da Rio Tinto de 66 mil milhões de dólares em Novembro, citando o elevado risco da mineira em termos da sua dívida e da queda dos mercados de mercadorias. A maior parte da dívida da Rio deve-se à aquisição da produtora de alumínio Alcan por 38,1 mil milhões de dólares em 2007.

2009-07-01

Reestruturação da Cemex

A Cemex, maior cimenteira na América Latina, vai apresentar hoje em Madrid a sua proposta de reestruturação de 14,5 mil milhões de dólares de dívidas à banca, após ter apresentado a oferta a credores em Nova Iorque durante esta semana.

A Monterrey, unidade mexicana da Cemex, está a procura alargar a maturidade da sua dívida para Fevereiro de 2014 da actual maturidade de 2009 a 2011. A Cemex declarou ainda que poderá ter necessidade de emitir dívida da empresa, acções ou afins e que os seus auditores expressão dúvidas substanciais acerca da capacidade da empresa para se manter no negócio.

Marcos Duran, que está à frente do Research da Scotia Capital Mexico, considera que o progresso na negociação da dívida é encorajador, apesar de mostrar preocupação com a provável emissão de dívida da Cemex. Ainda assim, classifica a acção como “sector perform” e espera que os títulos valorizem para 10 dólares nos próximos 12 meses dos actuais 9,34 dólares nos EUA. No México, as acções caíram 2,5% para os 12,35 pesos na sessão de ontem e estão actualmente com uma valorização de 1% desde o início do ano. Nos EUA a queda foi de 2,7%, embora esteja com uma valorização acumulada de 6% em 2009.

Esta proposta surge duas semanas após a empresa ter considerado que poderia vender as suas operações na Austrália à Holcim por 1,6 mil milhões de dólares. A operação com a Holcim tem a validade de 6 meses para ser concluída. O plano de pagamento da dívida vai conceder à Cemez maior flexibilidade e a habilidade para diversificar as suas fontes de financiamento. Os termos do plano serão revelados quando o acordo estiver finalizado.

2009-06-05

Rio Tinto

O Grupo Rio Tinto desfez a proposta de 9,5 mil milhões de dólares de investimento por parte da Chinalco, em favor de um aumento de capital de 21 mil milhões de dólares, através da venda de acções novas e ainda através de um acordo com a BHP Billiton para combinar os activos do minério ferro. O preço de venda ficará 49% abaixo do preço de fecho da sessão de ontem.

A companhia australiana irá pagar uma taxa de quebra 195 milhões de dólares ao fabricante de alumínio chinês, conforme o acordo entre ambas as partes assinado em Fevereiro que previa que investisse 19.5 mil milhões de dólares na Rio Tinto. A Chinalco já tinha concretizado o financiamento de mais de 20 mil milhões de dólares até que a Rio Tinto cancelou o negócio.

O director-geral da empresa de alumínio chinesa afirmou que está insatisfeito com o resultado mas que não vai alterar a sua meta estratégia e participará positivamente no desenvolvimento do sector mineiro, procurando oportunidades de investimentos estratégicos.