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2009-09-11

Economia Chinesa

A produção industrial chinesa cresceu a um ritmo mais elevado em Agosto do que o que havia sido previsto pelos economistas consultados pela Bloomberg. Adicionalmente, a concessão de novos empréstimos aumentou inesperadamente, o que leva a acreditar que o crescimento na terceira maior economia do mundo está prestes a acelerar.

A produção nas fábricas chinesas cresceu 12,3% em Agosto face a igual período de 2008, o que traduz o maior aumento da produção industrial dos últimos 12 meses. A concessão de novos empréstimos aumentou para cerca de 60 mil milhões de dólares, face aos 52 mil milhões registados em Julho, de acordo com os dados do banco central.

Após estes dados terem sido divulgados, os títulos chineses valorizaram nos mercados financeiros, reflectindo também o maior ganho do ano nas vendas a retalho. Ao mesmo tempo, o aumento da concessão de crédito poderá criar preocupações relativamente à inflação do preço dos activos. O Vice-presidente do Banco Central da China, alertou ontem para o facto da liquidez poder causar bolhas nos preços das mercadorias, acções e imobiliário.

A recuperação da economia chinesa está a ser conduzida por uma política de estímulos e deverá receber mais apoio para as exportações nos próximos meses. A assim acontecer, vai dar um novo ânimo ao crescimento e vai permitir a retirada dos estímulos mais cedo no próximo ano.

As vendas a retalho cresceram 15,4% em Agosto relativamente a igual período do ano anterior, marginalmente acima da estimativa de 15,3%. Em relação à produção industrial, o aumento registado ficou acima da estimativa de 11,8% efectuada pelos economistas consultados pela Bloomberg. Em relação à concessão de empréstimos, os economistas estavam à espera de uma diminuição para 47 mil milhões de dólares.

2009-09-09

Euro em máximos

O euro segue a valorizar para perto do máximo de nove meses em relação ao dólar, antes de serem divulgados dados económicos em França, que deverão mostrar que a produção industrial francesa cresceu em Julho pelo terceiro mês consecutivo, reforçando a ideia de que a recessão económica no país está a abrandar.

O dólar caiu pelo segundo dia consecutivo face à Libra com base na especulação de que a Reserva Federal norte-americana irão sinalizar hoje que planeiam não aumentar a taxa de juro de referência para a economia do país. Em relação ao iene, a divisa japonesa segue a negociar em mínimos de duas semanas face ao dólar neozelandês antes de ser divulgada a previsão desta semana que mostrará que a confiança dos consumidores na segunda maior economia do mundo cresceu pelo oitavo mês consecutivo, levando os investidores a apostar em activos com maior risco e retorno esperado.

De acordo com Susumu Kato, economista chefe em Tóquio da Calyon Securities, unidade da banca de investimento do Crédito Agrícola, o apetite em incorrer em níveis de risco mais elevados está a voltar e esse motivo explica a valorização do euro. A moeda única da Zona Euro está a negociar perto de 1,45 dólares depois de ontem ter atingido os 1,4535 dólares, o nível mais elevado desde 18 de Dezembro.

O euro aumentou os ganhos de ontem, após os economistas consultados pela Bloomberg terem avançado com uma estimativa de crescimento da produção industrial francesa em 0,4% durante o mês de Julho, após ter crescido 0,3% no mês anterior. Os dados oficiais serão divulgados amanhã pelo Insee, o Instituto de Estatística francês.

2009-09-08

Joint Venture

A Deutsche Telekom e a France Telecom concordaram em fundir as suas unidades de telecomunicações móveis no Reino Unido, que resultará na maior operadora móvel do país.

A Joint Venture terá participações iguais de cada uma das empresas e terá receitas que irão ascender a 9,4 mil milhões de euros para além de resultarem numa poupança de custos superior a 4 mil milhões de euros. Esta nova entidade vai retirar a liderança à O2, da Telefónica, e terá cerca de 28,4 milhões de assinantes, 37% do mercado do Reino Unido, de acordo com os dados referentes ao ano de 2008.

Este negócio vai reduzir o número de operadores móveis no Reino Unido para 4. Para além da O2, as restantes são a Vodafone e a Hutchison Whampoa. O acordo termina ainda com a especulação que durava meses em torno da unidade móvel da Deutsche Telekom no Reino Unido. Era já esperado que resultasse ou na sua venda ou na integração numa joint venture, como foi o caso.

De acordo com analistas que acompanham o negócio de perto, citados pela Bloomberg, a unidade da Deutsche Telekom era demasiado pequena para concorrer num mercado saturado como o do Reino Unido. Por outro lado, as empresas neste sector têm vindo a procurar meios de reduzir custos, já que os seus clientes estão a diminuir os seus gastos em telecomunicações, para fazer face às suas próprias dificuldades.

2009-09-04

Especular o Euro

A moeda única europeia prepara-se para registar a segunda perda semanal face ao dólar, face à especulação gerada de que o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, vai reiterar a posição do banco em não aumentar as taxas de juro. No entanto, Trichet revelou ontem que as previsões de crescimento para a economia europeia foram revistas em alta, contribuindo assim para a ligeira recuperação da divisa da Zona Euro, atenuando a perda semanal.

O euro seguia preparado para a quarta semanal face ao Franco Suíço, depois do líder da autoridade monetária da Zona Euro ter referido que a recuperação económica seria instável. Já nos EUA, o dólar negociava perto de mínimos de uma semana face à Libra antes de serem divulgados os dados sobre o emprego.

As novas estimativas para o crescimento da economia europeia, divulgadas ontem, mostraram que o BCE está menos pessimista e estima uma contracção de 4,1%, abaixo do recuo de 4,6% que fazia parte da estimativa anterior efectuada em Junho. As novas expectativas para a inflação foram também revistas em alta, e apontam para uma taxa média de 0,4% para o ano de 2009 e de 1,2% para o próximo ano. Ainda assim, estes valores são considerados aquém do nível de inflação desejado pelo Banco Central, que deve rondar os 2%.

2009-09-03

Demasiado Cedo

Timothy Geithner, Secretário do Tesouro norte-americano, disse que o Grupo dos 20 países mais industrializados tem tido muito sucesso no contributo que tem efectuado de modo a colocar um término à recessão económica. No entanto, adverte que é ainda demasiado cedo para implementar estratégias de retirada das políticas que visam o crescimento económico.

Geithner afirmou que de facto se começamos a assistir aos primeiros dados de recuperação económica, não só nos EUA, mas também em diversos países espalhados pelo mundo. Mas chama a atenção que ainda há um longo caminho a percorrer e que a retirada daquelas políticas podem mesmo comprometer este processo de recuperação.

O Secretário do Tesouro norte-americano proferiu estas afirmações antes de se dirigir para Londres, onde se irá realizar um encontro do G-20, com os ministros das finanças e banqueiros centrais, nos dias 4 e 5 de Setembro. Este encontro constituirá mesmo uma espécie de preparação para a próxima reunião do Grupo que decorrerá no final do mês, onde se discutirão medidas para melhorar a supervisão do sistema financeiro.

Apesar das suas declarações, Geithner considera que neste encontro se pode começar a discutir as formas de cooperação para retirar as políticas de apoio e estímulo à economia, já que é demasiado cedo para o fazer mas não o é para se falar e abordar o assunto.

Os EUA, por sua voz, pretendem ainda discutir um acordo de capital internacional de modo a controlar o montante de endividamento que as instituições financeiras assumem. Assim, determinar-se-ia um padrão para determinar o capital que as instituições necessitariam de manter em reserva para prevenir eventuais perdas.

2009-09-02

Juros na Rússia

O Banco Central da Rússia poderá cortar este mês a taxa de juro de referência pelo sexto mês consecutivo desde que em Abril começou a relaxar a sua política monetária. A especulação está a ser gerada devido ao facto da economia russa ter contraído a um ritmo recorde e a economia encarar uma recuperação lenta.

O Bank Rossii poderá baixar a taxa de refinanciamento em 0,25 pontos percentuais para 10,5% este mês, de acordo com a mediana dos 12 economistas consultados pela Bloomberg. A taxa poderá ainda cair para 10% até ao final do ano, segundo a mesma consulta. A autoridade monetária da Rússia, que não pública os horários para as suas reuniões de decisão da taxa de juro, iniciou os cortes no dia 24 de Abril pela primeira vez desde 2007.

A economia do maior país exportador de energia contraiu a uma taxa recorde de 10,9% no último trimestre após a queda do comércio mundial ter feito diminuir a procura pelas exportações russas de matérias-primas, desde o aço ao petróleo. Até agora, as taxas mais reduzidas têm falhado em revitalizar os fluxos de crédito e o Primeiro-Ministro Vladimir Putim está a encorajar os banqueiros a aumentar a concessão de crédito para ressuscitar a procura doméstica.

Segundo um economista da Goldman Sachs em Moscovo, o Banco Central irá continuar a diminuir a taxa de juro face aos níveis historicamente elevados. Enquanto isso, os bancos centrais na Europa e nos EUA estão a concentrar-se em determinar o momento ideal para o aumento das taxas de juro de modo a compatibilizar com a recuperação e crescimento das economias. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a OCDE, a economia russa deverá contrair cerca de 6,8% este ano, enquanto que a Zona Euro vai registar uma contracção de 4,8% e de 2,8% dos EUA.

2009-08-31

Crescimento na Índia

O crescimento da economia indiana acelerou pela primeira vez desde 2007, indicando que o impacto que a recessão global teve na terceira maior economia asiática está a esvanecer.

O Produto Interno Bruto cresceu 6,1% no último trimestre face a igual período do ano anterior, depois de ter aumentado 5,8% nos três meses prévios, segundo revelou a Organização Central de Estatística hoje em Nova Deli. Ainda assim, apesar dos resultados positivos, os economistas consultados pela Bloomberg tinham previsto um crescimento do produto em 6,2%.

A Índia junta-se assim à China, Japão e Indonésia, como economias que aumentaram o ritmo de crescimento. A região tem beneficiado de um programa de 950 mil milhões de dólares para estimular os gastos e de custos de endividamento mais baixos. Quando a recessão atingiu a Índia, o Banco Central injectou cerca de 115 mil milhões de dólares na economia, que conjuntamente com o plano de estímulo fiscal do Governo totaliza mais de 12% do PIB do país.

A autoridade monetária do país manteve inalterado o nível de juros na sua última reunião em 28 de Julho, tendo também sinalizado que o fim da profunda ronda de corte de juros, com base na preocupação de que a inflação poderá disparar a partir de Outubro. A próxima reunião terá lugar no final desse mês.

Segundo o vice-presidente da Honda, segunda maior construtora de automóveis do Japão, o crescimento económico verificado na Índia é muito bom. Jnaneswar Sem anunciou ainda que vai aumentar a produção de automóveis na Índia em 50% a partir do próximo mês para dar resposta à crescente procura. A Volkswagen, a Toyota e outras construtoras de automóveis anunciaram também que planeiam gastar cerca de 6 mil milhões de dólares até 2012 para construir fábricas na Índia para compensar a queda da procura nos mercados nacionais.

2009-08-14

Contracção Espanhola

A economia espanhola registou uma contracção superior ao esperado no segundo trimestre do ano, sugerindo que a recuperação na Alemanha e em França ainda tem que chegar a Espanha, um país que em tempos foi também motor de crescimento da economia da Zona Euro.

O Produto Interno Bruto caiu 1,0% face ao trimestre anterior, altura em que havia recuado 1,9% segundo o Instituto Nacional de Estatística do país. Em relação ao ano anterior, a contracção ascende 4,1%. Este resultado foi mais negativo do que as previsões do Banco de Espanha, que havia estimado uma contracção trimestral de 0,9% e anual de 4,0%.

O processo de recuperação espanhola está a ser dos mais atrasados da Europa. Os dados divulgados ontem mostraram que as duas maiores economias da Europa, França e Alemanha, retomaram o crescimento no segundo trimestre, para além de outros países como Portugal e Grécia. Estando a combater a maior taxa de desemprego da Europa, ao nível dos 18%, o nosso país vizinho tem injectado liquidez na economia e está a colocar trabalhadores em projectos de construção públicos pelo país.

No entanto, de acordo com a OCDE, apesar do Governo estar a planear injectar na economia cerca de 2,3% do PIB do país e continuar com planos de estímulo em 2010, a economia deverá tornar a contrair no próximo ano. De acordo com esta organização, a economia espanhola vai registar uma contracção anual de 4,2% durante este ano e de 0,9% em 2010, o que a torna com o pior desempenho dos 30 países da OCDE a seguir à Hungria e Irlanda.

2009-08-13

Europa cresce

As economias francesa e alemã cresceram inesperadamente no segundo trimestre do ano, o que surpreendeu os economistas consultados pela Bloomberg, e vêm confirmar que a recessão na Zona Euro terá abrandado no último trimestre.

O Produto Interno Bruto cresceu 0,3% no segundo trimestre face aos três meses anteriores, quer em França que na Alemanha, de acordo com fontes oficiais de ambos os países, citados pela Bloomberg. Os economistas que haviam sido consultados pela Bloomberg estavam à espera de uma contracção de 0,2% da economia germânica e de 0,3% da economia francesa. Estes dados provocam a subida do euro face ao dólar em mais de meio cêntimo.

Com as duas principais e maiores economias europeias a retomar o crescimento, torna-se improvável que o Banco Central Europeu, liderado por Jean-Claude Trichet tome medidas adicionais de estímulo às economias. As medidas a nível global com o objectivo de revitalizar o crescimento tem provocado o aumento da procura por exportações um pouco por toda a Europa enquanto que os subsídios dados pelos governos e baixas taxas de juro têm suportado as despesas efectuadas em cada país. No entanto, com o desemprego a crescer a recuperação poderá ser lenta.

Durante o dia de hoje, o Eurostat irá divulgar o PIB dos 16 países que integram a Zona Euro. Os economistas estão à espera que a contracção da economia da região tenha abrandado, ideia que é reforçada após ter sido conhecido o crescimento das duas maiores economias. O valor estimado é de uma contracção trimestral de 0,5%. Nos EUA a economia recuou 1% no mesmo período.

2009-08-11

Japão mantém juros

O Banco do Japão anunciou que mantém as suas preocupações acerca dos riscos de contracção da economia e de descida dos preços, apesar de serem cada vez mais os sinais de que a recessão económica que atingiu o país está a enfraquecer.

O Banco Central manteve a taxa de juro de referência em 0,1%, em linha de conta com as estimativas de dos 22 economistas consultados pela Bloomberg. O Governador Masaaki Shirakawa e os seus colegas privaram-se de revelar novas medidas, um mês após terem alargado o seu programa de crédito até ao final de 2009.

Segundo um analistas citados pela Bloomberg, a decisão de manter os actuais níveis das taxas de juro reflecte o quão cauteloso e conservador o Banco Central está acerca da recuperação da economia. Assim, segundo o mesmo analista da Calyon Services, unidade de banca de investimento do Credit Agricole, o Governador não aumentará a taxa directora até pelo menos 2010. Apesar da situação económica ter parado de piorar, o investimento efectuado pelas empresas está a cair a pique e o consumo por parte dos agregados familiares mantém-se genericamente fraco com o agravamento do desemprego.

A segunda maior economia do mundo, a do Japão, terá expandido 3,9% no segundo trimestre do ano depois de ter contraído nos quatro trimestre anteriores, segundo as estimativas avançadas por analistas consultados pela Bloomberg. Já as ordens de maquinaria, que indicam a despesa em capital nos três a seis meses seguintes, irão cair 8,6%.

2009-08-10

Imobiliário na China

As vendas de propriedades chinesas aumentarem 60% em valor nos primeiros sete meses do ano, aumentando as preocupações de que o montante recorde de empréstimos concedidos irá criar uma bolha na economia com mais rápido crescimento do mundo.

As vendas aceleraram depois de um ganho de 53% no primeiro semestre do ano face a igual período do ano anterior, segundo dados divulgados hoje pelo departamento de estatísticas. O investimento no sector imobiliário cresceu 11,6% face aos 9,9% nos seis primeiros meses do ano.

Os preços das casas nas 70 maiores cidades do país cresceram 1% em Julho face ao ano anterior, o maior aumento em nove meses, segundo dados oficiais da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. O Primeiro-Ministro Wen Jiabao reiterou que a política monetária vai permanecer inalterada, depois da subida dos preços de activos ter feito aumentar a especulação de que poderia estar iminente a subida dos juros.

As acções relacionadas com o sector imobiliário, que ganharam 142% este ano para serem o grupo com melhor performance do índice de Shanghai, caíram 1,6% devido aos receios de que a concessão de crédito cresça mais lentamente.

O crescimento económico na China acelerou no segundo trimestre com o índice de Shanghai a valorizar quase 80% este ano, impulsionado pelos 1,1 biliões de dólares de crédito concedido nos primeiros seis meses do ano. Os preços das casas começaram a subir, depois de terem desvalorizado nos seis meses anteriores.

2009-08-05

Casas Reino Unido

Os preços das casas no Reino Unido aumentaram quase para o dobro do que foi estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg, ao mesmo tempo que a confiança dos consumidores saltou cresceu para o nível mais elevado em mais de um ano, mostrando cada vez mais que a economia britânica está a sair da recessão.

O valor das casas subiu 1,1% para uma média de 159 623 libras, cerca de 188 mil euros, depois de ter caído 0,4% no mês anterior, segundo revelou a Halifax, divisão do Lloyds Banking. As previsões avançadas pelos 15 analistas consultados pela Bloomberg apontavam para um aumento dos preços em 0,6% durante o mês em questão. Em comparação com os preços registados durante o mesmo período de 2008, os preços caíram 9,9%.

De acordo com Peter Redfern, CEO da construtora residencial Taylor Wimpey, o mercado residencial está significativamente mais estável. Amanhã, o Banco de Inglaterra vai analisar se os sinais de recuperação económica são suficientemente fortes para parar com o programa de compra de activos com o dinheiro injectado na economia.

Os proprietários esperam que o valor das suas casas aumente 0,5% nos próximos 6 meses, naquele que será o maior aumento desde Dezembro de 2007. Ainda assim, Ralph Topping, CEO da William Hill, alerta para o crescente desemprego e os constrangimentos inerentes às despesas dos consumidores.

O Banco de Inglaterra, cuja taxa de juro de referência se encontra no nível mínimo histórico de 0,5%, vai decidir amanhã se vai alargar o seu programa de compra de activos de 125 mil milhões de libras. Metade dos economistas consultados pela Bloomberg acredita que sim enquanto que a outra metade não partilha da mesma opinião.

2009-07-20

Casas na China

Os preços das casas novas em 36 das maiores cidades da China cresceram 6,3% em Junho face a igual período do ano anterior, após a concessão de empréstimos ter triplicado no primeiro semestre de 2009.

O preço médio das casas novas subiu para 6554 yuan, cerca de 959 dólares, por metro quadrado, segundo os dados oficiais publicados pela Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma. Em relação a Maio os preços cresceram 1,1%.

O aumento na concessão de novos empréstimos para 7,37 biliões de yuan no primeiro semestre do ano, contribuiu para o aumento da procura no sector imobiliário, levando assim ao aumento dos preços. O preço das casas nas 70 maiores cidades chinesas aumentou em Junho pela primeira vez em sete meses. Segundo Zhou Hu, analista da Bohai Securities, o mercado imobiliário chinês está a recuperar e os preços devem continuar a aumentar no terceiro trimestre. O analista recomenda ainda a compra de acções da China Vanke e da Poly Real Estate Group, os maiores promotores nacionais em termos de valor de mercado.

As vendas de propriedades na China aumentaram 32% em termos de espaço e 53% em termos de valor face ao ano anterior. Já os investimentos no mercado imobiliário aumentaram 9,9% na primeira metade de 2009. As vendas da Vanke, maior promotora chinesa, aumentaram 28% face ao ano anteiror para 30,8 mil milhões de yuan. Já a Poly Real Estate anunciou que as vendas no primeiro semestre cresceram 168% para 21,1 mil milhões de yuan.


(Bloomberg)

2009-07-17

Exportações de Singapura

As exportações de Singapura registaram a menor queda dos últimos nove meses em Junho, estando a contribuir para a recuperação económica da maior recessão que já atravessou enquanto país independente. As exportações, excluindo os produtos petrolíferos, caíram 11% face a igual período do ano anterior, depois de ter contraído 12,3% em Maio. Já os economistas tinham avançado com uma previsão de um recuo de 10,8%.

Durante esta semana, Singapura aumentou as suas previsões económicas para 2009, apesar de avisar que uma recuperação fraca é susceptível de risco de contracção. De acordo com o Governo, a melhoria da produção farmacêutica e da re-stockagem dos inventários de produtos electrónicos deve-se ao melhor desempenho da produção manufactureira dos últimos cinco trimestres, nos três meses que terminaram em Junho.

Durante o dia de ontem, o Banco do Japão aumentou as perspectivas para a economia pelo terceiro mês consecutivo, citando uma recuperação das exportações e da produção industrial. De resto, a produção das fábricas está a melhorar na também desde a Índia à Coreia do Sul, aumentando o optimismo de que o pior da recessão económica era mesmo passado.

A economia de Singapura expandiu-se à taxa anual de 20,4% no último trimestre fae aos três meses anteriores, o primeiro avanço do ano. Já em relação a igual período de 2008, a economia contraiu 3,7%. O Ministro do Comércio anunciou contudo que a melhoria da produção manufactureira no segundo trimestre poderá não ser sustentada, já que o desemprego e a diminuição do orçamento familiar nos EUA e Zona Euro reflectem uma fraqueza contínua presente na economia mundial.

2009-07-16

Economia Chinesa

O Produto Interno Bruto da China cresceu 7,9% no segundo trimestre de 2009, tornando-se na primeira das maiores economias a recuperar da recessão global que tem atingido a economia mundial.

Estes dados, anunciados hoje pelo Departamento de Estatística, excedeu a estimativa de 7,8% adiantada pelos analistas consultados pela Bloomberg, superando também os 6,1% registados no primeiro trimestre, que constituíram o pior desempenho da última década. A China, que é o país que mais contribui para o crescimento da economia mundial, superou ontem o Japão como o segundo maior mercado accionista do mundo, após o pacote de medidas com vista a estimular a economia no valor de 585 mil milhões de dólares ter aumentado a concessão de empréstimos para níveis recorde e ter levado à subida dos preços das acções.

Segundo David Cohen, economista da Action Economics, depois da quebra das exportações ter prejudicado o crescimento da economia chinesa, o desempenho da China está a voltar ao normal e lidera a recuperação mundial. Ainda assim é preciso notar que a China enfrenta algumas dificuldades, como a menor procura por parte do mercado externo, queda dos lucros das empresas e diminuição da receita fiscal, tendo dificuldades em criar postos de trabalho.

A Economia chinesa é a única das 10 maiores economias do mundo que está ainda a expandir-se. Com efeito, as Yields das obrigações do Tesouro chinês atingiram o valor mais elevado do ano, levando ao aumento das taxas de juro. De acordo com Li Xiaochao, porta-voz do departamento de estatística, a China não deve ignorar os riscos de inflação futura, já que a concessão de empréstimos está a um nível recorde e os preços das mercadorias têm vindo a aumentar. Os preços no consumidor caíram 1,7% em Junho face ao ano anterior, o quinto mês consecutivo de queda dos preços e a maior queda desde 1999. Já os preços no produtor registaram uma queda recorde de 7,8%.

2009-07-14

Perspectivas de Singapura

O governo de Singapura aumentou a sua previsão económica para 2009, devido aos ganhos no sector da construção e no sector farmacêutico, que ajudaram a levantar a economia da sua mais profunda recessão desde que existe desde a sua independência em 1965.

O Produto Interno Bruto deverá encolher 4% a 6% este ano, menos do que a anterior previsão de 9%. No último trimestre, a economia cresceu a uma taxa anual de 20,4% face aos três meses anteriores, sendo o primeiro ganho do ano. Segundo Robert Prior-Wandesforde, a economista sénior no HSBC Holdings em Singapura, a economia de Singapura está de volta e irá recuperar com consistência.

Após a divulgação do relatório que anunciara esta notícia, os títulos de Singapura avançaram, liderados pela Capitaland, que actua no sector imobiliário, devido a um optimismo resultante da combinação entre cortes nas taxas de juro e um montante recorde da despesa do governo.

A Coreia do Sul e o Japão anunciaram que as suas perspectivas económicas estão também a melhorar após o Fundo Monetário Internacional ter aumentado a previsão de crescimento para as economias asiáticas.

2009-07-13

Resultados da Philips

A Royal Philips Electronics, maior empresa de bens consumíveis electrónicos da Europa, registou lucros no segundo trimestre do ano de 2009, contrariando desta forma a expectativa dos analistas que estavam à espera que registasse prejuízos.

O resultado líquido ascendeu a 44 milhões de euros, ou 5 cêntimos por acção, que compara com os 732 milhões de euros arrecadados em igual período do ano anterior, ou cerca de 72 cêntimos por acção. Já os analistas haviam estimado uma perda de 122,5 milhões de euros, de acordo com a média das 13 estimativas recolhidas pela Bloomberg. Já o EBITDA recuou para os 118 milhões de euros no segundo trimestre, face aos 396 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Os lucros na Philips, que está entre as primeiras das maiores empresas de bens electrónicos a apresentar os resultados do segundo trimestre, poderão constituir um indicador do comportamento da indústria perante a crise económica global. O CEO da Philips, Gerald Kleisterlee, que está a cortar cerca de 6000 postos de trabalho, aumentou as suas estimativas de poupança de custos para mais de 600 milhões de euros, face à anterior estimativa de 500 milhões. A empresa declarou ainda que tem a expectativa de que o desempenho na segunda metade do ano seja ainda melhor do que o do primeiro semestre.

Kleisterlee afirmou ainda que a empresa permanece cautelosa quanto á economia como um todo especialmente nos países onde operam e que não deixarão de implementar medidas adicionais de poupança de custos onde for necessário. Em declarações proferidas em Abril, aquele que também é o maior fabricante de lâmpadas eléctricas, anunciou que avançaria para uma reestruturação no segundo trimestre, particularmente no sector da iluminação.

2009-07-10

Euro em queda

O segue a negociar em queda, preparando-se para registar a pior semana face ao Iene em dois meses, após ter sido anunciado que o Fundo Monetário Internacional está a discutir programas de apoio com pelo menos 10 Governos da Europa de Leste.

A divisa dos países da Zona Euro enfraqueceu face a 12 das 16 maiores divisas, após o jornal alemão Handelsblatt ter citado fontes oficiais não identificadas do FMI dizendo quais os países que se candidatavam a empréstimos pela primeira vez junto da entidade, incluindo Bulgária, Croácia e Macedónia. Por sua vez, o Iene e o dólar apreciaram face às principais divisas, com os futuros norte-americanos a cair impulsionando a procura por activos com menor risco.

A Ucrânia, Sérvia, Bielo-Rússia e Letónia procuram um pagamento mais rápido dos fundos do FMI ou um aumento dos empréstimos actuais, segundo o referido jornal alemão.

O euro encaminha-se também para a segunda perda semanal face ao dólar, após o Ministro das Finanças alemão Peer Steinbrueck ter dito ontem que os bancos regionais controlados pelo Estado são os que apresentam maior risco sistémico na indústria financeira do país.

O won, moeda oficial da Coreia do Sul, completou a sua maior queda semanal em quatro meses, com a procura por activos de mercados emergentes a diminuir. A divisa sul coreana caiu 1,3% nesta semana, a maior desde o final de Fevereiro.

2009-07-09

Juros na Coreia

O Banco Central da Coreia do Sul decidiu hoje manter o nível da taxa de juro num nível mínimo histórico, em 2%, pelo quinto mês consecutivo, afirmando que vai manter uma política de acomodação da recuperação económica.

Para o Governador Lee Seong Tae, a economia da Coreia do Sul e das economias globais poderão melhorar no próximo ano, embora seja difícil e improvável que o comércio mundial recupere no curto prazo. O banco central segue assim os seus homólogos da Austrália e Zona Euro, em que ambos mantiveram a os custos de endividamento num nível na semana passada para suportar as suas economias. O Fundo Monetário Internacional e a Goldman Sachs, melhoraram esta semana as projecções para o PIB da Coreia do Sul em 2009, como resultado dos estímulos concedidos, desde a diminuição da taxa de juro e a despesa do governo para combater a situação.

Para os economistas, Lee Tae deverá apenas começar a aumentar os juros na economia quando os sinais de recuperação económica forem mais evidentes. A decisão não surpreendeu o mercado, já que os 15 economistas contactados pela Bloomberg esperavam uma manutenção da taxa de juro nos 2%.

A Coreia juntou-se à Índia, China e Austrália como uma das poucas economias a crescer no primeiro trimestre do ano, após o PIB ter aumentado 0,1% desde os três meses anteriores. Já a confiança dos consumidores subiu em Junho para o nível mais alto em quase dois anos. As exportações, que representam cerca de 50% do PIB, ganharam 17% em Junho desde Maio, para um máximo de oito meses. O won caiu 27% face ao dólar desde o início do ano, aumentando os ganhos das empresas exportadoras.


(Bloomberg)

2009-07-08

Encomendas no Japão

As encomendas de maquinaria do Japão caíram inesperadamente pelo terceiro mês consecutivo e o excedente da conta corrente reduziu-se devido à quebra das exportações, levando ao aumento dos receios de que a economia terá que batalhar para emergir da pior crise económica que abalou o país e o mundo desde a Segunda Guerra Mundial.

As encomendas, que constituem um indicador da despesa das empresas nos 3 a 6 meses seguintes, caíram 3% em Maio face a Abril, de acordo com as fontes oficiais de Tóquio. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam uma queda de 2%. Já o excedente da conta corrente encolheu 34,3% face a igual período do ano anterior, pelas declarações do Ministério das Finanças.

Os títulos das empresas caíram pelo sexto dia consecutivo com base na especulação de que os resultados dificilmente melhorarão devido à escassez da procura quer em território nacional que no estrangeiro. Os dados recentes da economia japonesa que indicam que a recuperação económica irá falhar, poderá levar o banco central a alargar o seu programa de crédito sem precedentes já na próxima semana.

O índice nacional, o Nikkei 225, encerrou a sessão a recuar 2,4% em Tóquio enquanto que as obrigações valorizaram. O Iene subiu para um máximo de 6 semanas face ao dólar para 94,10 com os investidores a darem preferência a divisas com menor nível de risco face às preocupações relativas à recuperação da economia. As exportações caíram 42,2% face ao ano anterior, uma queda superior à do mês anterior, levando o excedente da conta corrente a contrair para 13,8 mil milhões de dólares. As importações caíram 43,9%.