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2009-09-03

Demasiado Cedo

Timothy Geithner, Secretário do Tesouro norte-americano, disse que o Grupo dos 20 países mais industrializados tem tido muito sucesso no contributo que tem efectuado de modo a colocar um término à recessão económica. No entanto, adverte que é ainda demasiado cedo para implementar estratégias de retirada das políticas que visam o crescimento económico.

Geithner afirmou que de facto se começamos a assistir aos primeiros dados de recuperação económica, não só nos EUA, mas também em diversos países espalhados pelo mundo. Mas chama a atenção que ainda há um longo caminho a percorrer e que a retirada daquelas políticas podem mesmo comprometer este processo de recuperação.

O Secretário do Tesouro norte-americano proferiu estas afirmações antes de se dirigir para Londres, onde se irá realizar um encontro do G-20, com os ministros das finanças e banqueiros centrais, nos dias 4 e 5 de Setembro. Este encontro constituirá mesmo uma espécie de preparação para a próxima reunião do Grupo que decorrerá no final do mês, onde se discutirão medidas para melhorar a supervisão do sistema financeiro.

Apesar das suas declarações, Geithner considera que neste encontro se pode começar a discutir as formas de cooperação para retirar as políticas de apoio e estímulo à economia, já que é demasiado cedo para o fazer mas não o é para se falar e abordar o assunto.

Os EUA, por sua voz, pretendem ainda discutir um acordo de capital internacional de modo a controlar o montante de endividamento que as instituições financeiras assumem. Assim, determinar-se-ia um padrão para determinar o capital que as instituições necessitariam de manter em reserva para prevenir eventuais perdas.

2009-07-06

Resultados em queda

Os resultados em empresas como a Ford e a ArcelorMittal poderão continuar a cair nos próximos três meses, com o desemprego a levar à diminuição dos gastos por parte dos consumidores. A queda anual dos lucros das empresas pode baixar para 21% de Julho para Setembro, após as estimativas dos resultados terem caído para 34% no segundo trimestre e cerca de 60% nos primeiros três meses do ano. Os resultados poderão vir a subir no final do ano, tendo em conta a analogia com o ano de 2008.

Os consumidores nos EUA, a maior economia do mundo, continuam preocupados com o mercado laboral, após o desemprego ter alcançado um máximo de 26 anos em Junho, de acordo com analistas e investidores. Até os norte-americanos começarem a efectuar despesa novamente em automóveis, telemóveis e vestuário, a maioria das empresas dos EUA, Europa e Ásia deverão continuar a reduzir os seus custos.

A confiança dos consumidores norte-americanos caiu inesperadamente em Junho, reflectindo o aumento da taxa de desemprego para 9,5%, a maior desde Agosto de 1983, e a perda de riqueza motivada parcialmente pela diminuição do valor das propriedades. No último mês os empregadores norte-americanos terminaram com 467 mil postos de trabalho enquanto que desde o início da recessão, em Dezembro de 2007, foram já cortados 6 milhões de empregos. De acordo com o economista chefe na Unicredit Global Research em Nova Iorque, as companhias estão prescindir temporariamente do seu pessoal, isto é, a coloca-las em lay off, mas depois não as estão a contratar de volta.

Na China, o índice Purchasing Managers subiu em Junho pelo quarto mês consecutivo, naquele que é o último sinal de que a economia está a responder ao plano de estímulo chinês no valor de 585 mil milhões de dólares. De acordo com a previsão dos economistas consultados pela Bloomberg, a economia chinesa deverá crescer 7,8% durante este ano. Já nos EUA a economia deverá cair 2,7% enquanto que nos 16 países que integram a Zona Euro se espera uma contracção de 4,3%.

2009-06-26

Despesa dos Consumidores norte-americanos

A despesa dos consumidores norte-americanos terá crescido em Maio pela primeira vez nos últimos três meses, com os norte-americanos a ganhar confiança à medida que a recessão vai abrandando.

Os dados oficiais apenas serão conhecidos às 13h30, mas os economistas consultados pela Bloomberg apontam para um aumento de 0,3%, após ter sido registada uma quebra de 0,1% em Abril. Os esforços do Governo para restaurar a corrente de crédito e apoiar os rendimentos, têm feito possível que os consumidores gastem, mesmo tendo em conta o crescente desemprego, que está em níveis máximos que igualam o registado na década de 80. A perda de riqueza causada pela pior crise no imobiliário das últimas sete décadas está a levar as famílias a acumularem poupanças, tornando a recuperação mais lenta.

A despesa dos consumidores, que representa cerca de 70% da economia, cresceu no primeiro trimestre de 2009 a uma taxa de 1,4% após ter registado na última metade do ano anterior a maior queda desde 1980. Nesse mesmo período a economia contraiu 5,5%, uma contracção menor do que havia sido estimada.

Já as compras deverão cair 0,6% neste trimestre face ao período homólogo do ano anterior, antes de crescerem novamente na segunda metade do ano. Uma das razões apontadas é a perda de postos de trabalho já que a taxa de desemprego se encontra em níveis máximos de 25 anos, depois de terem atingido 9,4% no último mês.

Mais tarde, por volta das 15h00, a Universidade de Michigan vai divulgar o sentimento dos consumidores. É provável também que tenha voltado a crescer em Junho pelo quarto mês consecutivo para o nível mais elevado dos últimos nove meses, de acordo com a votação promovida pela Bloomberg.

2009-06-25

Perspectivas da Economia norte-americana

A Reserva Federal norte-americana decidiu ontem manter a taxa de juro de referência para a economia dos EUA no intervalo entre 0% e 0,25%, considerando que existem sinais de que a economia está a melhorar, embora se mantenha frágil. Decidiu manter ainda o ritmo do programa de compra de obrigações. Apesar da contracção estar a abrandar, como mostram os gastos das famílias, a questão do desemprego coloca o panorama económico dos EUA numa situação frágil. Em relação à inflação a previsão é que esta se mantenha baixa por algum tempo.

No entanto, face ao optimismo induzido por Ben Bernanke nos mercados financeiros, Warren Buffet considera que serão necessários ainda mais estímulos orçamentais para a recuperação da economia. Buffet insistiu no aumento do desemprego acima dos 10% e que a recuperação económica ainda não está em andamento.

Os mercados asiáticos reagiram em alta à decisão da Reserva Federal, liderados pelas empresas tecnológicas e mineiras. Paralelamente, a Coreia do Sul anunciou que reviu em alta as estimativas para o PIB nacional. O índice accionista japonês Nikkei valorizou 2,2%, com a Mitubishi Electric a avançar 7,7%. O benchmark regional MSCI Asia Pacific já valorizou 44% desde os mínimos registados em Março, na sequência do optimismo em torno das medidas de estímulo económico levadas a cabo pelos Governos.

Já as bolsas europeias estão a negociar em baixa, traduzindo a desilusão dos investidores, após o Fed ter refreado o ritmo de compra de obrigações já que o manteve. O relatório divulgado pelo FMI também está a contribuir para o panorama europeia já que anunciou que os bancos irlandeses terão que amortizar perdas de 35 mil milhões de euros até 2010.

2009-06-17

Estimativas de Obama

O Presidente dos EUA, Barack Obama, dirigiu duras críticas a Wall Street e avançou com uma estimativa de 10% para a taxa de desemprego. Ainda assim, considera que a recuperação económica está a começar a aparecer.

Obama, na véspera do anúncio do seu plano para reforçar a regulação dos mercados financeiros, mostrou-se confiante que a economia irá recuperar em breve. Contudo, avisou que é necessário um crescimento robusto da maior economia do mundo de modo a conseguir suprir o défice orçamental sem aumentar os impostos aos norte-americanos. Assim, se o crescimento económico foi muito fraco, Obama pondera um eventual aumento de impostos para diminuir o défice.

A taxa de desemprego vai continuar a aumentar do nível actual de 9,4%, máximo de 25 anos, já que os empregadores estão de certa receosos quanto à contracção de novos trabalhadores. Contudo, avisa que a taxa de desemprego constitui um indicador “lagging”, isto é, com algum atraso face ao estado da economia. Os empregadores vão começar a contratar mais trabalhadores e a despedir menos à medida que o estado da economia vai melhorando.

Face à crítica feita sobre o papel crescente do Governo na economia e nos mercados financeiros, Obama considera que Wall Street tem memória curta, já que considera que a falta de regulação e de participação na economia conduziram à actual situação. No entanto, disse também que gostava que o Governo abandonasse a sua participação na economia assim que esta estabilizar.

(Bloomberg)

2009-06-02

Aumentos de capital nos bancos norte-americanos

Os bancos norte-americanos Morgan Stanley, JP Morgan e American Express pretendem realizar aumentos de capital no valor de global de 7,7 mil milhões de dólares para pagarem ao Tesouro as ajudas concedidas.

O Morgan Stanley, o sexto maior banco norte-americano em volume de activos, vai vender 2,2 mil milhões de dólares em acções ordinárias. Por sua vez, o segundo maior banco norte-americano, o JP Morgan, realizou um aumento de capital no valor de 5 mil milhões de dólares. Por fim, o American Express vendeu 500 milhões de dólares de novas acções.

As autoridades norte-americanas submeteram 19 bancos do país aos “stress tests” e, posteriormente, exigiram aumentos de capital à maioria deles. Contudo, a avaliação dos reguladores concluiu que o JP Morgan e o American Express não necessitavam de qualquer aumento de capital. O Morgan Stanley procedeu a um aumento de capital no mês passado no valor de 4,57 mil milhões de dólares.

Por enquanto, nenhuma das instituições que receberam apoio do governo no âmbito do “Troubled Asset Relief Program” obteve autorização para iniciar o pagamento desses fundos. O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, revelou ontem que ficaria muito surpreso se o banco não fosse capaz de pagar os empréstimos do governo até ao final deste mês. Da mesma forma, os responsáveis do Morgan Stanley tencionam obter fundos através da venda de acções para pagar ao governo até ao final de Junho. Finalmente, o CEO do American Express afirmou que a instituição que lidera sempre encarou os fundos de apoio do governo como uma medida de carácter temporário.

Fonte: Bloomberg

2009-06-01

As maiores falências nos EUA

A General Motors apresentou hoje de manhã o pedido de falência ao abrigo do Capítulo 11 da Lei das Falências norte-americana, uma vez que não conseguiu apresentar um plano de reestruturação com a data limite do governo marcada para o dia de hoje. Desta forma, a fabricante automóvel vai poder reestruturar-se sem enfrentar a pressão por parte dos credores.

Após este processo, será criada uma nova empresa detida, maioritariamente (60%), pelo governo norte-americano. Por sua vez, o congénere canadiano ficará com 12%, dado que vai conceder um empréstimo de 9,5 mil milhões de dólares.

A GM foi a maior empresa industrial de sempre com activos avaliados, actualmente, em 82,9 mil milhões de dólares. A dívida total da empresa ascende a 172,8 mil milhões de dólares.

A falência da GM é a quarta maior da história dos EUA. A maior falência de sempre do país ocorreu em Setembro de 2008: o desaparecimento do Lehman Brothers com activos avaliados em 691 mil milhões de dólares. Desde essa altura, os EUA contabilizaram mais 4 falências (ver quadro abaixo com as 10 maiores falências dos EUA em volume de activos. Os valores estão em mil milhões de dólares.).

Fonte: Bloomberg, CNN e Jornal de Negócios 

2009-05-27

Índice de Confiança dos Consumidores em França e nos EUA

O Índice de confiança dos consumidores franceses divulgado pelo instituto francês de estatísticas – Insee - aumentou, em Maio, para o nível mais elevado dos últimos treze meses. O Índice passou de 41 pontos negativos em Abril para 40 pontos em Maio, tal como o esperado pelos analistas consultados pela agência Bloomberg.


Por sua vez, no dia de ontem, foi divulgado um aumento do nível de confiança dos consumidores norte-americanos. O Conference Board informou que o Índice de confiança dos consumidores do país subiu para 54,9 pontos. Este valor representa o nível mais elevado desde Setembro do ano passado (altura em que o Lehman Brothers faliu) e tem subjacente a maior taxa de crescimento do Índice desde Abril de 2003. As estimativas dos analistas da agência Bloomberg apontavam um crescimento do Índice para os 42,6 pontos.


O crescimento dos índices de confiança dos consumidores de duas grandes economias mundiais reflecte as expectativas de recuperação económica e melhoria no mercado de emprego.

Ontem, o S&P500 encerrou a ganhar 2,63% e o Nasdaq avançou 3,63%. As bolsas asiáticas seguiram a tendência e fecharam a ganhar, atingindo os valore mais elevados dos últimos oito meses. O Nikkei subiu 1,37% para os 9438,77 pontos. As bolsas europeias também abriram a sessão em alta.

Fonte: Imprensa Nacional e Bloomberg

2009-05-21

Pedidos de subsídio de desemprego nos EUA

Na semana passada, os pedidos de subsídio de desemprego efectuados pela primeira vez nos EUA caíram em 12.000 para um total de 631.000 pedidos. Na tabela abaixo é possível visualizar o número máximo e o número mínimo semanal de pedidos de subsídios de desemprego desde o início de 2009.

Contudo, a média das projecções dos analistas contactados pela agência Bloomberg apontava para uma descida em 18.000 pedidos. Dos 53 estados e territórios dos EUA, 34 revelaram um aumento do número de pedidos de subsídios de desemprego efectuados pela primeira vez.

Por outro lado, o Departamento norte-americano do Trabalho avançou que o número total de norte-americanos a receberem o subsídio de desemprego atingiu os 6,6 milhões na semana passada, um valor recorde pela décima sexta semana consecutiva.

Estes são sinais de que o mercado de trabalho norte-americano ainda continua muito debilitado, o que se agravou com a entrada em falência da Chrysler e da possibilidade de ocorrer o mesmo com a General Motors. Acresce que fontes ligadas à GM revelaram que a empresa poderá encerrar 1.100 concessionários. Para além dos gigantes no sector automóvel, a American Express anunciou um corte de 6% do número total de trabalhadores, o que corresponde a 4.000 despedimentos.

Fonte: Bloomberg

2009-04-29

PIB norte-americano recua 6,1%

Nos seis meses terminados a 31 de Março, a economia norte-americana registou o pior desempenho dos últimos 50 anos. O PIB da maior economia do mundo recuou 6,1% no primeiro trimestre, depois de uma quebra de 6,3% no quarto trimestre de 2008. Os analistas da agência Bloomberg esperavam uma descida de 4,7%, uma vez que o governo reduziu os seus gastos em 3,9% (a maior redução desde 1995).

O governo norte-americano explica esta descida recorde com a queda recorde dos inventários e o agravamento das condições no sector imobiliário.

O Fundo Monetário Internacional prevê uma contracção da economia norte-americana de 1,3% no conjunto de 2009.

Fonte: Bloomberg

Aumento de capital nos bancos norte-americanos

De acordo com os testes preliminares efectuados pelo governo norte-americano, seis dos dezanove maiores bancos dos EUA precisam de capital adicional. Enquanto que algumas instituições necessitam de uma injecção directa de capital por parte do governo, o capital da maioria das instituições terá como proveniência a conversão de acções preferenciais em acções ordinárias.

Durante o dia de ontem, o “Wall Street Journal” avançou que o Bank of America e o Citigroup necessitariam de um aumento de capital. No início deste mês, o presidente executivo do Bank of America, Kenneth Lewis, garantiu que a instituição por si liderada não precisava de mais capital. Em relação às afirmações de ontem, Lewis não fez qualquer comentário. O mesmo não aconteceu com o Citigroup que salientou que a sua “base de capital é forte”.

Na semana passada, os analistas da Morgan Stanley referiram três bancos regionais (SunTrust Banks, o KeyCorp e o Regions Financial) como os primeiros na lista a requererem mais capital.

O objectivo do governo com estas avaliações é garantir que os bancos têm reservas suficientes para enfrentar a difícil conjuntura e garantir os empréstimos a particulares e empresas. Os resultados finais destes testes devem ser apresentados durante a próxima semana.

O Fundo Monetário Internacional prevê que os prejuízos, a nível mundial, decorrentes da crise financeira iniciada a meados de 2007, atinjam os 4,1 biliões de dólares durante o próximo ano.
(Bloomberg)

2009-04-22

Resultados da Yahoo

A Yahoo valorizou cerca de 6.2% após terem sido anunciados os planos para um corte de aproximadamente 5% da força de trabalho que irá afectar entre 600 e 700 funcionários. Estes são os primeiros cortes de trabalhadores desde que Carol Bartz assumiu o cargo de Directora Executiva da empresa.

Foi ainda anunciado que os lucros da Yahoo caíram 78% para os 118 milhões de dólares durante o primeiro trimestre do ano face ao período homólogo do ano anterior. Já as receitas desceram 13% no mesmo período, para os 1,58 mil milhões de dólares, face aos 1,82 mil milhões de dólares registados no mesmo período do ano anterior. Estes resultados foram de encontro às estimativas avançadas previamente pelos analistas consultados pela Bloomberg,

Bartz afirmou que a empresa que lidera não está imune à crise e como tal vai efectuar outros cortes nos custos para além dos custos com o pessoal. O aumento da despesa em publicidade vai reduzir-se dos 10% para os 4.5%.

2009-03-30

Plano norte-americano de reestruturação do sector automóvel

Um representante da administração Obama revelou alguns pormenores sobre o plano do novo governo para o sector automóvel a apresentar hoje pelo Presidente dos EUA. Tanto a General Motors como a Chrysler terão de reformular os seus planos de reestruturação. Desde Dezembro, a GM e a Chrysler já receberam 13,4 e 4 mil milhões de dólares, respectivamente. Esperam ainda receber mais 16,6 e 5 mil milhões de dólares.

Durante os últimos quatro anos da presidência de Wagoner, a General Motors acumulou perdas superiores a 82 mil milhões de dólares e, recentemente, a empresa perdeu a liderança de vendas mundial para a Toyota. Mesmo assim, e depois de ter sido obrigado a ganhar apenas um dólar por ano, Wagoner recusou abandonar o cargo, a menos que a isso fosse obrigado pela actual administração. Tal como agora aconteceu.

Os títulos da General Motors desvalorizaram 90,4% desde o início da actual crise financeira (ver gráfico abaixo).



O Executivo vai exigir a saída do presidente-executivo da GM há mais de oito anos, Rick Wagoner, que será substituído por Fritz Henderson, que até agora assumiu os cargos de presidente e director de operações da empresa. Para além disso, a construtora será obrigada a alterar a restante constituição do Conselho de Administração e a forçar a sua produção em veículos mais eficientes. À partida, a empresa terá 60 dias para delinear um novo plano de corte nas despesas e de outras alterações importantes.

Por sua vez, para a Chrysler, o Executivo de Obama não exige a saída do presidente-executivo da empresa, Robert Nardelli. Mas a empresa só receberá apoio governamental (6 mil milhões de dólares) se concluir a parceria com a italiana Fiat em 30 dias. Com a parceria, a Chrysler estará apta ao desenvolvimento de carros mais pequenos. A empresa perdeu 8 mil milhões de dólares em 2008.

Fonte: Bloomberg

2009-03-27

Obama tenta apoio dos bancos

Barack Obama, presidente dos EUA, irá reunir-se hoje com os presidentes dos maiores bancos do país de modo a encontrar apoios para o seu plano de estabilização do sector bancário. Os CEO do Citigroup, JP Morgan e Goldman Sachs maracarão presença entre os 15 executivos que se reunirão.

Ainda esta semana, o Tesouro norte-americano, através do seu Secretário Tim Geithner, divulgou o plano de limpeza dos activos tóxicos dos balanços dos bancos dos EUA, após o escândalo do pagamento dos bónus a executivos da AIG, que tinha sido anteriormente salva pelo Estado.

Com a recuperação da economia norte-americana intimamente ligada à saúde do sector financeiro, Obama propôs parcerias público-privadas para limpar os activos tóxicos para conseguir desbloquear a concessão de crédito, assim como novas regulações para o sector bancário, hegde-funds, capital de risco e mercados accionistas.

2009-03-25

Geithner debruça-se sobre a regulação financeira

A administração Obama está a preparar uma revisão da regulação do sector bancário norte-americano que levará as entidades financeiras a deterem mais liquidez para poder compensar eventuais perdas nos investimentos nos mercados financeiros.

O secretário do Tesouro dos EUA pediu ainda um alargamento da legislação de modo a permitir salvar empresas em dificuldades que não sejam bancos, após a intervenção realizada na seguradora AIG.

O Presidente Barack Obama declarou que espera que o Congresso apoie esta medida. Em conferência de imprensa na Casa Branca, Obama discordou ainda da sugestão do Banco Central da China em criar uma nova moeda de reserva internacional em substituição do dólar afirmando que a divisa local é a mais forte do mundo e com o sistema político mais estável.

2009-03-23

Plano Barack Obama para salvar sistema financeiro

A administração Obama irá anunciar hoje os detalhes do plano de 700 mil milhões de dólares para salvar o sistema financeiro que contará com a participação dos privados para comprar os activos ilíquidos que estão a manchar os balanços dos bancos.

O Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, quem revelará o programa de investimento público privado, tem já em mente uma aproximação que utilizará até 100 mil milhões de dólares, incluídos no pacote, para estimular a compra dos activos menos líquidos dos bancos. O objectivo final será que o Tesouro norte-americano, a Reserva Federal e o Federal Deposit Insurance estejam do lado dos investidores privados para comprar entre 500 mil milhões e um bilião (milhão de milhões) de dólares em activos tóxicos.

Geithner afirma que ao criar um mercado que não existe para estes activos, o programa vai ajudar a melhorar o seu valor, aumentar a capacidade de concessão de empréstimos dos bancos e ainda reduzir a incerteza acerca da escala das perdas dos bancos nos seus balanços. Segundo a Bloomberg, o anúncio será um grande teste para Geithner cujo primeiro discurso acerca do plano de salvamento, a 10 de Fevereiro, com tão poucos detalhes levou a um sell-off por parte dos títulos das entidades financeiras.

Ao mesmo tempo, o Secretário do Tesouro vai ainda anunciar os novos poderes da Instituição que lidera e da Reserva Federal, de modo a ter autoridade de intervir mais facilmente em instituições financeiras importantes que estão em risco de falhar. Estes poderes vão permitir limitar o pagamento a credores, quebrar contractos de pagamento de bónus aos executivos e conceder garantias a empresas que necessitam da ajuda estatal.

2009-03-18

Oferta de aquisição da Coca-Cola rejeitada pelo governo chinês

O Ministro do Comércio chinês recusou a oferta de aquisição da Coca-Cola sobre a Huiyuan Juice Group no valor de 2,3 mil milhões de dólares apresentada em Setembro passado porque isso ameaça a concorrência no mercado de bebidas do país.

Se a aquisição avançasse, as empresa mais pequenas teriam muita dificuldade de sobrevivência. Para além disso, os consumidores enfrentariam preços mais elevados e menor variedade, afirmou o governo chinês. Pelo contrário, a Coca-Cola iria reforçar a liderança contra a Pepsi, numa altura em que as vendas nos EUA estão em queda.

No ano passado, as vendas da Coca-Cola subiram 19% na China e caíram 1% nos E.U.A. De acordo com o Euromonitor International, as vendas de sumos de fruta na China devem aumentar 20% este ano para os 97,1 mil milhões de yuan (14 mil milhões de dólares), praticamente o dobro do que se registará nas bebidas gaseificadas. Ainda de acordo com o Euromonitor International, em 2008, a Coca-Cola controlou 52,5% de todo o mercado de bebidas gaseificadas chinês (em volume). A Pepsi ficou-se pelos 33%. Nos sumos de fruta, a Coca-Cola absorveu 12% do mercado e Pepsi cerca de 1,4%. A Huiyuan Juice controlou 8,5% do mercado chinês. Este ano, o mercado de bebidas gaseificadas cresceu 11% para os 74 mil milhões de yuan.

Em Março, a Coca-Cola avançou os seus planos de investimento de 2 mil milhões de dólares na China nos próximos três anos para chegar a cada vez mais consumidores, de um total de 1,3 biliões. Desde 1979, a empresa já investiu 1,6 mil milhões de dólares na potência asiática.

Os títulos da Coca-Cola desvalorizaram 26% em 2008. Este ano, acumulam uma perda de 8,4%.



Fonte: Bloomberg

2009-03-17

Bónus pagos na AIG

A seguradora norte-americana AIG – American International Group – resgatada pelo governo do país no ano passado, poderá ser obrigada a revelar mais detalhes sobre os 165 milhões de dólares e bónus pagos aos colaboradores.

Desde o início da crise financeira, a AIG já recebeu um total de 173 mil milhões de dólares do governo norte-americano para evitar um colapso. Por isso, o novo presidente Barack Obama está indignado e não compreende como é que os Executivos da instituição autorizaram qualquer bónus, quanto mais 165 milhões de dólares. Estes justificam com obrigações contratuais aos colaboradores, nomeadamente com os que trabalham na unidade que originou a crise na empresa. Obama não só quer esclarecimentos em relação a este bónus como pretende impedir o seu pagamento.

Desde o início da crise, as acções da AIG já desvalorizaram 97,6%. Por sua vez, nestas primeiras semanas do ano, os títulos caíram 47,1%.


Fonte: Bloomberg

2009-03-04

Planos de salvamento da AIG

Em meados de Setembro, sensivelmente um ano após o início da crise financeira internacional, e após a falência do Lehman Brothers, a maior seguradora norte-americana - a American Internacional Group (AIG)- necessitou da intervenção da Reserva Federal para evitar o seu colapso.

Primeira Intervenção

A AIG, com presença em vários países mundiais, detinha activos no valor 767 mil milhões de dólares e empregava 116 mil pessoas. Na altura, enfrentava um prejuízo de 13 mil milhões de dólares. As autoridades norte-americanas, numa tentativa de evitar mais uma falência desastrosa para todo o sistema financeiro do país e mundial, avançaram com um plano de salvamento da seguradora avaliado em 85 mil milhões de dólares em meados de Setembro.

Segunda Intervenção

Cerca de um mês depois desta intervenção do governo e alguns dias após a AIG ter levantado 61 mil milhões de dólares do seu empréstimo, o FED viu-se obrigado a reforçar a sua ajuda à instituição com um montante adicional de 37,8 mil milhões de dólares.

Terceira Intervenção

A apresentação consecutiva de prejuízos por parte da empresa, o fortalecimento da crise financeira mundial e o risco sistémico associado, levaram o FED, a 10 de Novembro, a alargar o plano de salvamento inicial aos 150 mil milhões de dólares. Para além disso, foram previstas taxas de juro mais baixas e alargamento dos prazos de pagamento das dívidas. O Governo vai ainda reduzir o empréstimo de 85 mil milhões de dólares que salvou a seguradora em Setembro para 60 mil milhões, comprar 40 mil milhões de dólares em acções preferenciais e adquirir hipotecas no valor de 52,5 mil milhões de dólares.

Quarta Intervenção

A AIG foi agora obrigada a pedir novamente ajuda ao governo pelo facto de não ter conseguido vender activos suficientes para pagar o empréstimo que lhe foi concedido.

Em troca, a seguradora concordou em dar participações nas suas duas maiores unidades de seguros Vida ao governo para reduzir parte da sua dívida no valor de 37 mil milhões de dólares.

Nesta altura, a AIG segura mais de 300 mil milhões de dólares em activos de várias empresas e bancos, através de contratos de derivados. Desta forma, as autoridades do país consideram-na uma instituição demasiado “importante para falir”. Apesar do plano ainda não ser oficial, a AIG pode receber até 30 mil milhões de dólares e ver perdoadas parte das dívidas ao Estado.

No início desta semana, a AIG reportou um prejuízo trimestral de 61,7 mil milhões de dólares ou 22,95 dólares por acção. No último trimestre de 2007, o prejuízo foi de 5,3 mil milhões de dólares. A progressiva deterioração do mercado de crédito e as despesas com a reestruturação das suas actividades são as principais responsáveis por estes resultados.

Os títulos da seguradora desvalorizaram 84,5% no mês de Setembro. A perda desde o início do ano atinge os 72,61% (ver gráfico abaixo).


Fonte: Bloomberg

2009-03-03

GM pede ajuda aos governos europeus

A General Motors Europe está a pressionar alguns Executivos europeus para que lhe concedam uma quantia de 3,3 mil milhões de euros de ajuda estatal para conseguir sobreviver. A empresa avança que até ao final deste mês pode ficar sem dinheiro, o que colocará em risco 300 mil empregos.

A GM emprega 50 mil pessoas na Europa e opera 30% acima da sua capacidade no nosso continente. No nosso continente, a GM detém a Opel e a Vauxhall.

Por sua vez, a casa-mãe já anunciou a redução de 47 mil postos de trabalho, 26 mil dos quais fora dos EUA. A casa-mãe procura uma ajuda governamental de 30 mil milhões de dólares.

Os títulos da GM já desvalorizaram 37,2% desde o início deste ano na bolsa norte-americana (ver evolução das cotações em 2009).


Fonte: Bloomberg