2009-01-05

Vendas do sector automóvel em 2008

O sector automóvel foi e está a ser um dos mais penalizados pela actual crise económico-financeira. As vendas de automóveis nas principais regiões económicas caíram para mínimos de vários anos.

Nos EUA, no passado mês de Novembro, as vendas de automóveis baixaram para 746.789 veículos, o que representa uma quebra de 37%. Este foi o pior resultado dos últimos 26 anos. As vendas anuais anunciadas pelos fabricantes atingiram apenas os 10,2 milhões de veículos. A Chrysler, a Ford e a General Motors registaram uma diminuição das vendas de 47%, 30% e 41%, respectivamente. A evolução das cotações em bolsa destas empresas durante o ano de 2008 reflectiu as dificuldades no sector (ver gráfico abaixo). Os principais concorrentes estrangeiros também não escaparam à forte contracção da procura automóvel. Toyota e Honda perderam mais de 30% nas vendas e na Nissan recuaram 42%.

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No mesmo período em análise, as vendas de automóveis no continente europeu recuaram 25,8%, naquela que é a maior quebra mensal desde 1999. O número de novos registos de automóveis caiu para 932.537 contra os 1,26 milhões de veículos registados em igual período de 2007. A Irlanda lidera a lista dos países mais penalizados pela recessão mundial, com uma contracção na venda automóvel de 55,9%. Em Espanha e em Portugal a quebra foi de 50% e 3,5%, respectivamente.

Na segunda maior economia mundial, o Japão, as vendas de veículos durante 2008 atingiram o nível mais baixo dos últimos 28 anos para os 5,08 milhões de unidades (quebra de 5%). A Toyota, o maior fabricante automóvel do país, apurou uma diminuição das vendas de 7,4%. A Nissan também registou uma quebra nas vendas. Contrariamente, a Honda alcançou um aumento das vendas durante o ano passado na ordem dos 0,4% para os 624 mil veículos vendidos. Este aumento foi conseguido graças ao aumento da procura de dois veículos da sua gama oferecida. Ainda assim, a empresa não escapou a uma forte desvalorização anual em bolsa tal como as suas congéneres (ver gráfico abaixo).



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Fonte: Bloomberg

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