2009-01-16

Bank of America

O governo norte-americano vai disponibilizar um total de 138 mil milhões de dólares ao Bank of America, o maior banco norte-americano em activos, de modo a ajudar a adquirir a Marrill Lynch e também para prevenir que a crise financeira internacional se agrave ainda mais.

Esta foi uma decisão de emergência que levou a um comunicado inesperado por parte da Reserva Federal norte-americana, do Tesouro e do Federal Deposit Insurance que tem como principal objectivo garantir a estabilidade do mercado financeiro. Deste montante, 20 mil milhões de dólares destina-se ao investimento no próprio banco enquanto que os restantes 118 mil milhões que perfazem o total servem como garantia para a aquisição da Merrill Lynch.

Esta notícia surge no seguimento de avultadas perdas por parte do Bank of America e do Citigroup. No caso do Bank of America, as acções desvalorizaram ontem mais de 18%, apesar de terem estado a perder quase 28%. O Citigroup, por sua vez, caiu 15.5% depois de ter desvalorizado 25.8% no decorrer da sessão. Desde o início do novo ano que os mercados têm registado novas perdas. O S&P 500, benchmark norte-americano, perdeu 6.6%. Contudo, estes dois títulos desvalorizaram 40.9% e 42.9% respectivamente.

No que diz respeito à sua evolução no espaço de um ano, enquanto que o mercado (S&P 500) desvalorizou 38.9%, o Bank of America perdeu 78.0% do seu valor enquanto que o Citigroup desvalorizou 85.8%. Em baixo a evolução descrita em cima, em pontos de índice, considerando que todos os títulos apresentavam o valor 100 há um ano atrás:

(cortesia da Bloomberg)


Esta decisão não é inédita. Já anteriormente o Governo dos EUA tinha injectado 15 mil milhões de dólares no Bank of America e 10 mil milhões no Citigroup com o mesmo objectivo de combater a crise económica.

Para já, os mercados asiáticos reagiram em alta a esta notícia e os mercados europeus seguem o mesmo caminho. Os futuros norte-americanos também estão a negociar em forte alta indiciando a abertura em alta dos índices dos EUA. Tendo em conta esta notícia e que é já na próxima terça-feira que o novo presidente dos EUA toma posse, este pode ser um ponto de viragem nos mercados.

(fonte)

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