2009-01-06

Novo plano de estímulo económico alemão

Na próxima segunda-feira, o governo alemão começa a discutir quais as medidas a adoptar no segundo plano de relançamento económico. A decisão final para a adopção de um segundo plano foi adiada para a próxima semana perante o desacordo entre a oposição.

Ângela Merkel está a ser pressionada pelo CSU para baixar temporariamente os impostos e pelo SPD para reduzir a carga tributária e até mesmo aumentar os impostos para os mais ricos. De qualquer das formas, as intenções da oposição implicam que o governo abra os cordões à bolsa para devolver à principal economia europeia a sua força de arranque. Os partidos são contudo concordantes na necessidade de reforçar investimentos, especialmente em infra-estruturas.

Um líder do grupo parlamentar da CDU, avançou que o pacote de apoio económico de Ângela Merkel pode chegar aos 50 mil milhões de euros para aplicações entre 2009 e 2010. O investimento em infra-estruturas, a redução temporária dos impostos, as medidas de apoio ao emprego e o suporte financeiro às empresas seriam as principais medidas a adoptar pelo governo alemão. O plano prevê um incremento de 4% no rendimento anual.

De acordo com um dos membros do governo, mesmo que a economia alemão sofra uma contracção de 2% durante este ano, a utilização dos 50 mil milhões de euros ainda permite ao governo ser um exemplo de prudência fiscal na Europa. Se a recessão ainda se agravar mais, então torna-se mais complicado.

A Alemanha foi o primeiro membro europeu a adoptar um plano de estímulo económico em Novembro de 2008, no valor de 31 mil milhões de euros. Entretanto, com o agravamento da crise e a entrada em recessão, essa verba já foi utilizada e pareceu insuficiente para relançar a economia alemã.

Apesar da crise, o país dispõe de alguma robustez, por exemplo ao nível da taxa de desemprego. De acordo com os últimos dados do Banco Central Alemão relativos a 30 de Novembro, a taxa de desemprego permanecia nos 7,5%, o valor mais baixo da década (ver gráfico abaixo).


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Desde meados de 2007 que a taxa de crescimento do PIB está em trajectória descendente. Ainda assim, o instituto de estatísticas alemão (“German Federal Statistical”) avança uma taxa de crescimento da economia alemã no terceiro trimestre do ano passado de 0,8% (ver gráfico abaixo).



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Fonte dos gráficos: Bloomberg

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