2009-01-05

Estímulo Fiscal

A nível dos mercados, o ano de 2009 não começou mal. Apesar de ainda ser demasiado cedo o que é certo é que os mercados, em média contam com uma valorização de 3%. O bom ambiente sentido nos mercados deve-se ao plano de estímulo económico do presidente recém-eleito dos EUA, Barack Obama.

O pacote fiscal apresentado por Obama vai incidir sobretudo no alívio da carga fiscal quer para os particulares quer para os empresários. Esta medida ascende aos 775 mil milhões de dólares, cerca de 6.5% do PIB, e Obama pretende que cerca de 40% do plano económico seja destinado para a redução de impostos. Isto significa que mais de 300 mil milhões de dólares, cerca de 2.5% do PIB, serão dirigidos para o alívio da carga fiscal.

Com esta medida, Obama deverá ter o apoio da maioria dos Republicanos segundo as afirmações do senador do partido Republicano Mitch McConnel, que diz que um corte imediato dos impostos para a classe média tem o seu apoio.

O plano inclui ainda cerca de 140 mil milhões de dólares destinados a impulsionar a procura dos consumidores através de um aumento até 500 dólares nos consumidores individuais e de 1000 dólares nos casais, segundo a agência Bloomberg, até atingir um salário anual acumulado de 8.100 dólares. Assim, um indivíduo que ganhe 24.000 dólares por ano e é pago duas vezes por mês, vai ter direito a um extra de 60 dólares por cada recebimento nos primeiros quatro meses.

No campo empresarial, as medidas serão semelhantes às anteriores, como permitir que as empresas tenham direito à devolução do imposto pago em qualquer ou em todos os últimos 5 anos, deduzindo as perdas que tiveram no presente. As perdas podem ser utilizadas para deduzir impostos até 2 anos atrás.

Obama vai encontrar-se hoje com os líderes do Congresso para discutir este plano. Pretende ainda que seja aprovado rapidamente de modo a conseguir estimular a economia o mais rápido possível, já que esta se encontra no seu pior estado das últimas décadas e poderá piorar caso não haja um estímulo fiscal significativo. De acordo com os economistas consultados pela Bloomberg, o PIB norte-americano poderá encolher cerca de 4.3% no quatro trimestre de 2008, a maior queda desde 1982.

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