2009-02-03

Planos de Estímulo Económico na Ásia

Os governos australiano e japonês anunciaram novas medidas para estimular o crescimento económico. O Executivo de Sidney disponibiliza 26,5 mil milhões de dólares para incentivar a componente das despesas. O Banco Central do país reduziu a taxa de juro de referência em 100 pontos base para o nível mais baixo em mais de quatro décadas. Por sua vez, o Banco Central do Japão garantiu que vai adquirir acções das suas instituições financeiras.

A China, em notícia avançada ontem, vai desenvolver um programa de aquisição de bens e tecnologias no continente europeu, de forma a evitar o proteccionismo da região contra as suas exportações. O Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao, na sua visita a Londres na segunda-feira, garantiu que as suas empresas assinaram contratos no valor de 15 mil milhões de dólares durante a sua estadia na Europa. A Europa é o maior parceiro comercial da China. Com a grave crise financeira internacional, os chineses receiam que a Europa adopte medidas proteccionistas contra as suas exportações, numa tentativa de escoar a produção interna.

Gordon Brow, o Primeiro-Ministro britânico, demonstrou o interesse do país em duplicar as exportações para a China nos próximos 18 meses para os 14,2 mil milhões de dólares. Os sectores britânicos que mais poderão beneficiar do plano de estímulo económico chinês são: o farmacêutico, o tecnológico, o aeroespacial e a educação.

As acções dos três governos asiáticos enquadram-se no esforço global para revitalizar a economia mundial, fortemente atingida pela crise de crédito e com um volume de perdas superior a 1 bilião de dólares. As previsões de crescimento apontadas pelo FMI para este ano não são animadoras.

Fonte: Bloomberg e Financial Times

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