Durante o presente ano o dólar tem registado oscilações consideráveis. A principal razão para tal é a crise financeira internacional, já que tem provocado um aumento da volatilidade em todos os mercados, e este não é excepção. Por um lado, em Abril deste ano, atingiu o valor mais baixo de sempre face ao Euro. Nessa altura, cada euro valia cerca de 1.60 dólares. Por outro lado, em Novembro atingiu o valor mais alto em dois anos e meio, quando o câmbio estava inferior a 1.25 dólares por cada euro. Ou seja, no espaço de um ano o câmbio entre o euro e o dólar oscilou 35 cêntimos enquanto que nos 5 anos anteriores, a média era de 18 cêntimos, cerca de metade. Entretanto, desde esse nível mínimo o dólar já depreciou 12% e encontra-se a negociar nos 1.40 dólares.
Em relação ao Iene o comportamento não é muito diferente. Contudo, o nível actual é muito perto do mínimo histórico, que foi atingido na quarta-feira passada nos 87.24 Ienes por cada dólar.
A sessão cambial de hoje está a ser marcada pela expectativa face a um relatório que vai ser divulgado durante a tarde e que se espera que mostre que a venda de casas novas nos EUA caiu para o nível mais baixo dos últimos 17 anos. Estes dados apesar de confirmarem o enfraquecimento da economia norte-americana é também bastante prejudicial para os restantes países sobretudo aqueles cujo destino das exportações são os EUA, como o Japão. De acordo com os dados do The Economist os EUA representam 22.5% do total das exportações nipónicas.
É o próprio Governador do Banco do Japão quem alerta para este facto, dizendo que o facto da divisa nacional estar muito forte face ao dólar vai ter consequências negativas no curto prazo já que influenciam as exportações que são um importante factor da economia local.
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