2008-12-05

Consumo, Produção e Cotações das principais Mercadorias

O agravamento da crise financeira internacional e a desaceleração das economias mundiais nos últimos meses foram especialmente penalizadores para o desempenho económico dos países emergentes, os maiores consumidores de matérias-primas. Em 2007, os 7 principais países emergentes (China, Índia, Rússia, Brasil, México, Coreia do Sul e Turquia) contribuíram com cerca de 40% do crescimento do PIB mundial.

Apenas 3 das 19 mercadorias que compõem o Reuters/Jefferies CRB Índex (um índice de referência no sector) registaram uma variação positiva no último ano. No sector agrícola, o milho e o café desvalorizaram nos últimos 12 meses 19.2 e 18.4%, respectivamente. O algodão perdeu quase 30%. No grupo dos metais, o alumínio recuou 64,2%. O ouro cotava nos 797,5 dólares há um ano atrás e a cotação actual (fecho da sessão de ontem) é de 763,8 dólares, o que representa uma desvalorização ligeira de 4,2%. Na divisão energética, o barril de crude em Nova Iorque perdeu 70% desde o máximo histórico atingido em Julho deste ano nos 145 dólares.

(Variação nos últimos 12 meses, em %)
Fonte: Bloomberg

Analisando os dados do “Pocket World in Figures, 2009 Edition” do The Economist, a China e a Índia são dois dos maiores consumidores mundiais de matérias-primas. A China é o maior consumidor mundial de trigo, algodão, cobre e níquel e o segundo maior consumidor mundial de petróleo. A Índia encontra-se sempre entre os 10 maiores consumidores mundiais das mercadorias supra citadas.

Do lado da produção, estes dois países emergentes também se destacam nas primeiras posições. Na produção de alumínio e cobre a China é líder de mercado. Nas mercadorias agrícolas (trigo e açúcar), os dois países ocupam dois dos quatro primeiros lugares do ranking. Os chineses ocupam o 3º e 4º lugares na produção de prata e ouro, respectivamente.

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