2008-12-16

Solução ou Ilusão

A menos de meio mês do final do ano é possível concluir que foi um ano péssimo para a economia e para os mercados financeiros. Os bancos de investimento, conforme eram conhecidos até aqui, desapareceram e o crédito evaporou-se. A despesa dos consumidores norte-americanos caiu a pique levando os principais fabricantes de automóveis a estar perto da falência. Nem mesmo a China e demais economias emergentes escaparam registando taxas de crescimento muito inferiores às que vinham a desempenhar.

Ao preço de fecho de ontem, os principais mercados a nível mundial contam com desvalorizações na ordem dos 40% desde o início do ano, com excepção para o Footsie do Reino Unido que cai 35% e para o PSI 20 que já perdeu mais de metade do seu valor. Já o Crude foi protagonista de uma verdadeira montanha russa, ao valorizar cerca de 55% até ao máximo histórico muito próximo dos 150 dólares por barril e depois derrapar 70% levando a matéria-prima a registar uma perda superior a 50% desde o início do ano.

Para fazer face à crise internacional, Ben Bernanke e a restante equipa decidiram iniciar um processo quase sistemático de corte da taxa de juro de referência. O primeiro corte foi efectuado em Setembro do ano passado, quando o Fed reduziu a taxa de juro em 50 pontos para os 4.75%. Desde então, a taxa de juro sempre que é alterada é para baixo. Hoje é dia de decisão sobre a taxa de juro e os analistas, média, esperam um corte da taxa de juro para 0.5% (ver gráfico em baixo com a evolução da taxa de juro de referência dos EUA).


O grande problema dos juros estarem a caminhar par um nível tão baixo é o facto de correr o risco de cair na chamada armadilha da liquidez. Esta situação acontece quando a taxa de juro de um país é tão baixa que uma política fiscal expansionista não tem qualquer impacto na economia, especialmente na situação limite de 0% como ocorreu no Japão há uns anos atrás.

Em baixo possível analisar as taxas de juro de referência nalgumas das principais zonas económicas:


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