Os CDS – Credit Default Swaps – são um instrumento utilizado para medir o risco de crédito de uma empresa, ou seja, a possibilidade de entrar em incumprimento perante as suas dívidas. Contudo, estes mesmos CDS podem aplicar às obrigações dos demais países. Analisando directamente a evolução dos CDS inerentes às obrigações do Estado português com os relacionados com as obrigações da Alemanha é possível constatar que, desde o início do ano, Portugal registado um aumento mais acentuado, apesar da evolução ocorrer no mesmo sentido no caso da Alemanha. Já Espanha apresenta uma evolução muito semelhante à de Portugal.
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Já no que diz respeito aos CDS das obrigações dos maiores emitentes privados em Portugal, a sua evolução tem sido também positiva apesar dos picos ocorridos no início de Março e no final de Outubro. (ver em cima)
Ainda dentro do Universo das principais empresas portuguesas, é possível observar que o sector da banca é o que apresenta maior rácio de endividamento, seguido pelas empresas de telecomunicações. Já a Galp Energia é, das empresas em análise, a que apresenta menor endividamento. (ver em cima)
Posto isto, convém analisar alguns dados macro económicos para Portugal. Para os dados mais recentes, Setembro de 2008, o défice orçamental acumulado desde o início do ano agravou-se em 395 milhões de euros face ao período homólogo do ano anterior, sendo agora de 2.9 mil milhões de euros, cerca de 1.8% do PIB estimado para 2008. O aumento do défice resultou do agravamento da Balança de Transacções Correntes em 3.4 mil milhões de euros, apesar da Balança de Capitais ter aumentado o seu excedente. Em relação à dívida pública, esta atingiu os 116.0 mil milhões de euros em Outubro, cerca de 70.8% do PIB previsto para 2008, face aos 111.7 mil milhões referentes ao período homólogo do ano anterior.
Desde o início do ano, a taxa de variação homóloga do Produto Interno Bruto tem vindo a decrescer, atingindo os 0.7% no final do terceiro trimestre, enquanto que no ano anterior o crescimento foi de 2.6%. Paralelamente, de acordo com o Eurostat, a taxa de variação homóloga do desemprego tem vindo a aumentar desde o início do ano, tendo sido de 7.5% no terceiro trimestre face aos 7.4% do ano anterior.
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