2008-12-31

2008: Análise Sectorial

Em 2008, os títulos individuais caíram em média cerca de 33%. Os sectores mais afectados foram o das empresas industriais e tecnológicas, tendo caído 41%. Os sectores mais protegidos foram o dos Cuidados de Saúde e Serviços ao Consumo, perdendo cerca de 16% e 24% do seu valor.
Separando a análise em três regiões, Ásia, Europa Ocidental e EUA, é possível constatar que foi na Ásia que os títulos, em média, mais caíram e que foi nos EUA que em média menos desvalorizaram. Em termos gerais, são quatro os sectores que mais desvalorizaram, independentemente da região em que se encontram: Empresas Tecnológicas, relacionadas com as Matérias-Primas, Financeiras e Industriais. As empresas que actuam no ramo dos cuidados de saúde, por sua vez, apresentam uma maior resistência ao negro cenário que marcou o ano de 2008 nos mercados financeiros.

Em baixo é possível consultar a performance de cada um dos sectores em cada uma das três regiões desde o início do ano:





Apollo


Fechado de 31 de Dezembro a 2 de Janeiro
Closed from 31 of December to 2 of January

2008-12-30

Apollo 30-Dez/Dec-30


Posição/Position: Curta/Short
Valor de entrada/Entry Value: 1182
Valores de saída/Exit Values: 1170,25/1193,75

Siga em directo aqui/Watch here live.

Actualização/Update @ 16:35:
Posição fechada/Position closed @ 1193,75
Perda/Loss: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+11,27%
Mercado/Market: -34,63%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 125
Ganhadoras/Winners: 69 (55%)
Perdedoras/Losers: 56 (45%)

Empréstimos ao Sector Privado (Zona Euro)

De acordo com os dados do Banco Central Europeu, o montante de empréstimos concedidos ao sector privado abrandou em Novembro na Zona Euro para os 10.877 mil euros, sendo este montante 7.1% superior ao registado no período homólogo do ano anterior. Contudo, pela primeira vez desde Fevereiro de 1995, o volume de empréstimos ao sector privado sofreu uma diminuição face ao mês anterior. Ao longo do ano de 2008, apesar de ter aumentado de mês para mês, com excepção deste último, a variação anual tem decrescido sucessivamente.


Este aumento anual de 7.1% pode ser comparado com o aumento médio dos 12 meses anteriores, que ascendeu a 10.1%, e com o aumento médio dos últimos 5 anos de 9.0%. Em termos absolutos, o total de empréstimos concedidos ao sector privado aumentou 7.6% nos últimos 12 meses e 54.6% nos últimos 5 anos.



Conforme é possível constatar no gráfico acima da Variação Anual dos últimos 5 anos, até meados de 2006 foi notório o aumento da taxa anual de crescimento do crédito concedido a particulares. Dai até ao final de 2007, a taxa anual sofreu algumas oscilações e desde então que tem vindo a cair a pique.

2008-12-29

Apollo 29-Dez/Dec-29


Posição/Position: Curta/Short
Valor de entrada/Entry Value: 1189
Valores de saída/Exit Values: 1177,25/1200,75

Siga em directo aqui/Watch here live.


Actualização/Update @ 15:05:
Posição fechada/Position closed @ 1177,25
Ganho/Gain: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+12,27%
Mercado/Market: -35,54%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 124
Ganhadoras/Winners: 69 (56%)
Perdedoras/Losers: 55 (44%)

Mercado Cambial

São vários os factores que podem influenciar o comportamento de uma determinada divisa. Em termos gerais, como qualquer outro activo, o princípio base é o da relação entre a oferta e a procura por essa moeda.

Os factores mais relevantes são a taxa de juro, inflação e também a balança comercial. Contudo, todos os outros factores que influenciem estes três também influenciam, consequentemente, o comportamento dessa divisa.

Assim, quando os dados económicos são negativos, existe pressão para a depreciação da taxa de câmbio, verificando-se o oposto quando os dados económicos são positivos. Também a especulação tem um papel importante, formando-se expectativas antes da divulgação dos dados económicos. Se o resultado for melhor que a expectativa criada pelo mercado e incorporada já na taxa de câmbio, então a divisa vai valorizar, mesmo que o resultado seja negativo, verificando-se também o inverso se os dados económicos forem piores do que a expectativa criada.

Pela evolução do dólar e da libra em relação ao euro, podemos dizer que nos últimos meses, a economia norte-americana e a do Reino Unido têm demonstrado um comportamento pior do que a economia da Zona Euro. Mas ao longo do ano, não foi esta a tendência geral. O dólar mostrou entre início de Julho e final de Outubro que a economia dos EUA poderia vir a melhorar e apreciou mais de 20% face ao euro e quase 30% em relação à libra. Desde então o euro tem recuperado e a libra tem oscilado mas não piorando a sua performance em relação ao dólar.


Já a taxa de câmbio entre do euro face à libra tem apresentado uma tendência mais uniforme desde o início do ano, com vantagem para a divisa da Zona Euro. Desde o início do ano, o euro valorizou mais de 30%, tendo o mínimo coincidido com a cotação no início do ano e o máximo com a cotação actual. Ainda assim, é possível visualizar uma valorização acentuada do euro face à Libra desde o final de Outubro. Se até então o Euro tinha valorizado 8%, a partir daí acumulou mais de 20% até à cotação actual.


Para o próximo ano, as perspectivas sobre os dados económicos apontam para uma eventual queda do dólar, já que as notícias actuais têm mostrado que os analistas esperaram um aumento do número de falências nos EUA. Howard Davidowitz, presidente da consultora de retalho e banca de investimento Davidowitz & Associates, aponta as cadeias Sears, Talbots e AnnTaylor Stores como aquelas cujos resultados terão sido inferiores ao esperado.

2008-12-25

Boas Festas!

R. Clérigos, Porto, Natal 2008
Autor(a)
Henrique

2008-12-24

Apollo


Fechado de 24 a 26 de Dezembro
Closed from 24 to 26 of December

Child Well-Being

a) Comparing 21 OECD countries.
b) Average of six mesures
c) Family / Friends Relationships (one of the measures)

Note: Data for these health rankings refer to the latest year available, 1999-2005.

Source: “Pocket World in figures, 2008 Edition” (“The Economist”)

Crédito concedido às empresas

O crédito concedido às empresas pelas instituições financeiras nacionais aumentou 11,2% nos últimos doze meses. Em Outubro, as empresas receberam quase 110,8 mil milhões de euros. Em relação ao mês de Setembro, registou-se um acréscimo de 0,6%. Ou seja, os dados do Banco de Portugal revelam que continua a circular dinheiro neste segmento, embora a uma taxa muito reduzida. O acesso ao crédito por parte das empresas está a ser travado.

Foi neste sentido que o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ameaçou as instituições financeiras quanto a uma eventual retirada das garantias prestadas no caso das empresas não conseguirem ter acesso a liquidez.

Por outro lado, as empresas têm cada vez maiores dificuldades em pagar os seus empréstimos. O crédito malparado nas empresas ultrapassou, em Outubro, os 2,5 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. A variação mensal (comparativamente com o mês de Setembro) foi de 7,2%. Desta forma, o crédito malparado atinge os 2,29% do crédito total concedido.




*(valores em 106 euros)


Fonte: Boletim Estatístico de 23 de Dezembro do Banco de Portugal
http://www.bportugal.pt/publish/statbol/Acrobat/b4.pdf

Crédito concedido aos particulares

Há, pelo menos, 18 meses que o montante de empréstimos concedidos por instituições financeiras a particulares bate recordes sucessivos. No mês de Outubro, esse montante fixou-se nos 132,5 mil milhões de euros. Em relação ao mesmo mês de 2007, o montante de empréstimos concedidos avançou quase 6%.

O crédito de cobrança duvidosa nos empréstimos concedidos a particulares também continua em trajectória ascendente. Em Outubro, atingiu novo recorde, nos 2,93 mil milhões de euros. O montante de cobrança duvidosa em Outubro representa 2,21% do total de empréstimos concedidos aos particulares.



*(valores em 106 euros)

O destino dado pelas famílias ao orçamento arrecadado com o recurso ao crédito mantém-se praticamente inalterado em relação aos últimos meses. O crédito à habitação absorve 79,1% do montante total de crédito recebido, enquanto que o crédito ao consumo e os outros créditos captam 11,4% e 9,4%, respectivamente.
Fonte: Boletim Estatístico de 23 de Dezembro do Banco de Portugal http://www.bportugal.pt/publish/statbol/Acrobat/b4.pdf

Portugal e Espanha

Apesar de estarem lado a lado em termos geográficos e de existirem claras semelhanças em termos das suas línguas, Portugal e Espanha apresentam algumas características próprias.

O Produto Interno Bruto português ascende a 155 mil milhões de euros enquanto que Espanha apresenta um PIB de 976 mil milhões de euros, de acordo com os dados do The Economist. Contudo, como Espanha tem um território e uma população bastante maiores que os portugueses, torna-se relevante fazer a comparação em termos relativos. O PIB per capita em Portugal é de 18.550 dólares enquanto que em Espanha é de 28.220 dólares. Em termos de crescimento do produto, Espanha apresenta uma taxa média de crescimento de 4.3% entre 1997 e 2007 enquanto que Portugal, nesse mesmo período, cresceu em média 2.2%.

Cerca de 12% da população empregada encontrava-se a laborar na agricultura enquanto que em Espanha apenas 5% o fazia. Em termos de contributo para o PIB, a Agricultura representa 8.3% do PIB português enquanto que em Espanha apenas 3.7% do Produto provém da Agricultura. Em termos das componentes do PIB, o consumo público e privado tem maior preponderância em Portugal que em Espanha, com um peso de 20.7% e 65.0%, respectivamente face aos 18.1% e 57.4% espanhóis. O Investimento é maior em Espanha, contribuindo para 30.4% enquanto que em Portugal é de 21.6%. As exportações e as importações são maiores em Portugal, 39.2% e 31.2% respectivamente, face aos 32.2% e 26% registados em Espanha.


Em termos do crescimento de preços, entre 2002 e 2007 a inflação média registada em Espanha foi de 3.1% enquanto que em Portugal foi de 2.7%. Contudo no ano de 2007 a inflação foi idêntica situando-se nos 2.8%.

Em termos de parceiros comerciais, Espanha é o principal destino e origem das exportações e importações portuguesas. Contudo o inverso já não se verifica já que Portugal é o 4º principal destino das exportações espanholas e 8ª principal origem das suas importações.

Nas despesas com saúde e educação, Portugal gasta cerca de 10.2% do PIB em saúde e 5.5% em Educação, enquanto que Espanha utiliza 8.2% do PIB com a Saúde e 4.2% com a Educação.

2008-12-23

Apollo 23-Dez/Dec-23


Posição/Position: Curta/Short
Valor de entrada/Entry Value: 1194
Valores de saída/Exit Values: 1182,25/1205,75

Siga em directo aqui/Watch here live.


Actualização/Update @ 15:35:

Posição fechada/Position closed @ 1205,75
Perda/Loss: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+11,27%
Mercado/Market: -33,9%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 123
Ganhadoras/Winners: 68 (55%)
Perdedoras/Losers: 55 (45%)

Tendência do Dólar

Durante o presente ano o dólar tem registado oscilações consideráveis. A principal razão para tal é a crise financeira internacional, já que tem provocado um aumento da volatilidade em todos os mercados, e este não é excepção. Por um lado, em Abril deste ano, atingiu o valor mais baixo de sempre face ao Euro. Nessa altura, cada euro valia cerca de 1.60 dólares. Por outro lado, em Novembro atingiu o valor mais alto em dois anos e meio, quando o câmbio estava inferior a 1.25 dólares por cada euro. Ou seja, no espaço de um ano o câmbio entre o euro e o dólar oscilou 35 cêntimos enquanto que nos 5 anos anteriores, a média era de 18 cêntimos, cerca de metade. Entretanto, desde esse nível mínimo o dólar já depreciou 12% e encontra-se a negociar nos 1.40 dólares.
Em relação ao Iene o comportamento não é muito diferente. Contudo, o nível actual é muito perto do mínimo histórico, que foi atingido na quarta-feira passada nos 87.24 Ienes por cada dólar.


A sessão cambial de hoje está a ser marcada pela expectativa face a um relatório que vai ser divulgado durante a tarde e que se espera que mostre que a venda de casas novas nos EUA caiu para o nível mais baixo dos últimos 17 anos. Estes dados apesar de confirmarem o enfraquecimento da economia norte-americana é também bastante prejudicial para os restantes países sobretudo aqueles cujo destino das exportações são os EUA, como o Japão. De acordo com os dados do The Economist os EUA representam 22.5% do total das exportações nipónicas.


É o próprio Governador do Banco do Japão quem alerta para este facto, dizendo que o facto da divisa nacional estar muito forte face ao dólar vai ter consequências negativas no curto prazo já que influenciam as exportações que são um importante factor da economia local.

Variação da Receita Fiscal

A receita discal do Estado, nos primeiros onze meses do ano, ascendeu a 31,58 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 1,4% em relação ao período homólogo do ano anterior. Este foi o acréscimo mais suave dos últimos três anos (ver quadro abaixo):



* 2006: Imposto Automóvel (IA)
2007: Imposto sobre Veículos (ISV), que substituiu o antigo IA
2008: Imposto sobre Veículos (ISV), que substituiu o antigo IA


O IRC destaca-se como a categoria que registou um maior incremento da receita em 2008 (+10,8%), reflectindo a “autoliquidação” realizada em Maio e os dois primeiros pagamentos por conta contabilizados nos meses de Julho e Setembro.

Pelo contrário, a principal quebra na obtenção de receita fiscal ocorreu na categoria do Imposto sobre Veículos (-23%). A nova política energética do governo confere vantagens aos utilizadores de veículos menos poluentes.

Nos três anos analisados, é notório que foi em 2006 que se registou um maior acréscimo proporcional dos impostos indirectos em relação aos impostos directos. No gráfico abaixo (clique na imagem para aumentar) é possível visualizar essa mesma relação de proporcionalidade entre acréscimos de receita fiscal anual para impostos directos e indirectos.


*Variações da receita fiscal em relação ao período homólogo do ano anterior.
** A variação da receita fiscal em 2008 respeita apenas aos primeiros onze meses do ano.
Fonte: Direcção Geral dos Impostos

Yield Spread vs German Bond

(desde Setembro / 2008)



(Dezembro / 2008)

2008-12-22

Apollo 22-Dez/Dec-22


Posição/Position: Curta/Short
Valor de entrada/Entry Value: 1212,75
Valores de saída/Exit Values: 1200,75/1224,75

Siga em directo aqui/Watch here live.

Actualização/Update @ 14:45:
Posição fechada/Position closed @ 1200,75
Ganho/Gain: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+12,27%
Mercado/Market: -34,2%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 122
Ganhadoras/Winners: 68 (56%)
Perdedoras/Losers: 54 (44%)

Qimonda recebe 325 milhões de euros

Ontem, o Ministro Manuel Pinho anunciou plano de salvamento da Qimonda através de um empréstimo de 100 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos. Em troca, a Qimonda vai reforçar a transferência tecnológica para Portugal. A empresa tem uma importância estratégica em Portugal, uma vez que, em 2007, foi a maior exportadora nacional de bens tecnológicos, contribuindo para o saldo positivo da balança tecnológica do país nos primeiros nove meses do ano (ver mais detalhes no post anterior). A empresa vai ainda beneficiar de um empréstimo de 150 milhões de euros e de uma garantia estatal no valor de 280 milhões de euros do estado alemão da Saxónia e de um empréstimo de 75 milhões de euros da Infineon, a maior accionista da Qimonda.

Este plano permite à produtora de chips e de semi-condutores continuar em actividade, mantendo os dois mil empregos em Portugal.

A gravidade da situação levou a empresa a contemplar a falência no início deste mês. A crise internacional e a rapidíssima mudança tecnológica que está a operar neste sector estão a prejudicar a Qimonda. Nos últimos trimestres, a Qimonda teve mais prejuízos do que volume de vendas. Entre 2007 e 2008, a empresa deu um prejuízo de quase 3 mil milhões de euros à Infineon.

No mercado accionista alemão, os títulos da Qimonda registam uma desvalorização anual superior a 90% (ver gráfico abaixo).


(clique na imagem para aumentar)

Fonte: Bloomberg

Balança Tecnológica portuguesa

Em 2007, pela primeira vez, o nosso país vendeu mais tecnologia do que importou, ou seja, o saldo da balança tecnológica foi excedentário. No final de Agosto de 2007, o saldo positivo fixava nos 29,8 milhões de euros.

(Clique na imagem para aumentar)

Fonte: http://www.planotecnológico.pt/

Uma das maiores contribuidoras para esse saldo positivo, a alemã Qimonda, anunciou em Maio deste ano um novo projecto na área das células foto voltaicas. O projecto orçado em 70 milhões de euros passa pela construção de uma nova unidade fabril com capacidade para produzir até 30 milhões de células solares por ano. A nova empresa seria detida em 51% pela Qimonda e em 49% pela alemã CentroSolar Group.

A Qimonda foi o maior exportador português em 2007. A Auto Europa era o segundo maior exportador português.

Mas de acordo com os dados do Banco de Portugal (até Outubro de 2007), a balança tecnológica regressou a terreno negativo, com o aumentou do défice no comércio de patentes. Para se conseguir um saldo positivo sustentável é necessária a erradicação do défice comercial da propriedade intelectual.

(clique na imagem para aumentar)

Fonte: Banco de Portugal

Sector Bancário na Irlanda

A Irlanda, como se sabe, tem registado um notável crescimento do seu Produto Interno Bruto. De acordo com os últimos dados anuais disponíveis, Dezembro de 2007, o PIB irlandês a preços constantes situava-se nos 188 mil milhões de euros o que traduz um crescimento de 6% face ao ano anterior. Na década de 90, o produto cresceu em média uns notáveis 9.5% ao ano. O modelo de crescimento irlandês estava baseado num baixo crescimento dos salários brutos e redução dos impostos, assegurando assim a competitividade irlandesa, com baixos custos de mão-de-obra altamente instruída.


Em meados de 2006, o aumento anual de preço superou os 15% e desde então tem vindo a ser cada vez menor, tendo-se tornado negativo em Junho de 2007. De acordo com os últimos dados disponíveis, em Setembro deste ano os preços das casas caíram mais de 10% face ao preço médio do ano anterior. Para tornar o cenário mais negro, os EUA são o principal destino das exportações irlandesas, cerca de 20%, o que não é nada abonatório a favor dos celtas. De resto, uma parte importante do bolo total das exportações é destinada às economias europeias que também não têm pela frente as melhores perspectivas, como a Alemanha, Reino Unido e a França.

A Irlanda mostrou-se um caso evidente de vítima do seu próprio sucesso. O seu notável crescimento, aliado a políticas governamentais que resultaram num fracasso, ajudaram a alimentar uma bolha especulativa no sector da construção que se tornou agora num pesadelo para o país celta. Por outro lado, conseguiu atrair uma mão-de-obra altamente qualificada e jovem, agora o seu preço é, naturalmente, superior. A reduzida fiscalidade praticada não parece ser capaz de suster os custos sociais derivados do desemprego crescente que se estima que atinja os 5.7% em 2008 e os 7% em 2009.

A Irlanda, o primeiro país europeu a garantir a totalidade dos depósitos bancários, está a ser forçada a utilizar o dinheiro público para cumprir a sua promessa. O Governo Irlandês vai injectar cerca de 5.5 mil milhões de euros nos três principais bancos irlandeses, nacionalizando o Anglo Irish Bank com a justificação de proteger do colapso a indústria de serviços financeiros do país, após a estagnação do mercado de crédito. Este montante representa cerca de 3% do PIB nacional.

Neste momento, a capitalização bolsista dos três bancos em questão ascende a 2.9 mil milhões de euros, representando 2.9% do PIB da Irlanda. Contudo, no início do ano, a a capitalização bolsista dos três bancos era de 39.9 mil milhões de euros, cerca de 21.2% do PIB. Isto significa que desde o início do ano, a capitalização bolsista dos três grandes bancos irlandeses perdeu 92.8% do seu valor. O Tier 1, que mede a capacidade dos bancos de absorver as perdas relacionadas com os créditos concedidos foi de 6.3 para o Bank of Ireland no final de Setembro, e estima-se que com está medida se eleve para os 8.5. No que diz respeito ao impacto desta medida nos rácios de capital dos outros dois bancos, o Tier 1 deverá situar-se entre os 8 e os 9.

2008-12-19

Apollo 19-Dez/Dec-19



Posição/Position: Longa/Long
Valor de entrada/Entry Value: 1224,25
Valores de saída/Exit Values: 1212/1236,50

Siga em directo aqui/Watch here live.


Actualização/Update @ 15:45:
Posição fechada/Position closed @ 1236,5
Ganho/Gain: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+11,27%
Mercado/Market: -32,3%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 121
Ganhadoras/Winners: 67 (55%)
Perdedoras/Losers: 54 (45%)

Estatísticas do Emprego

A taxa de desemprego atingiu os 7.7% em Portugal no terceiro trimestre de 2008. Apesar deste número ter sido superior em 4 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior, diminuiu face aos 7.9% registados no período homólogo do ano anterior. Em termos regionais podemos destacar três dos resultados. Por um lado, a região do Norte, apesar de continuar a ser, a par do Alentejo, a região do país com maior taxa de desemprego, esta foi inferior à registada no ano anterior. Já o Alentejo viu o desemprego a aumentar 1.8 pontos percentuais, constituindo o maior aumento relativo face aos dados do mesmo período de 2007. Lisboa, que em 2007 era a segunda região do país com maior taxa de desemprego com 9.2%, conseguiu baixar esse número e fixar-se nos 7.9%.


Em termos gerais, observou-se uma diminuição da população activa em 0.3% em relação ao ano anterior, uma diminuição da população empregada de 0.1%, uma diminuição da população desempregada em 2.4% e um aumento da população inactiva com mais de 15 anos em 1.3%, tendo a taxa de inactividade global aumentado 0.7%. A taxa de actividade da população em idade activa foi de 62.5%, a taxa de emprego de 57.7%, o número de desempregados ascendeu a 433.7 mil e a taxa de inactividade de 37.5%. É de registar ainda que houve um aumento da população do país em 0.2% face a 2007.


O relatório de emprego do 3º Trimestre inclui um estudo da evolução das horas trabalhadas em Portugal na última década. Em média, o número médio de horas semanais trabalhadas foi de 39 no ano de 2007, número este que permaneceu estável desde 2000, apesar de nos dois anos anteriores ter sido de 40 horas. Contudo, no início dos anos 80, a média situava-se entre as 43 e as 44 horas semanais. Em média, os homens trabalham 41 horas por semana, 4 horas a mais das 37 horas trabalhadas pelas mulheres.

Evolução da cotação do crude


Na sessão de ontem, o crude atingiu um mínimo de Abril de 2004 nos 36,98 dólares por barril. Na sessão de hoje, já tocou nos 35,62 dólares. A 11 de Julho deste ano, a cotação da matéria-prima ascendeu aos 148,35 dólares por barril. Em pouco mais de 5 meses, o crude registou uma desvalorização superior a 75% (ver gráfico acima - clique na imagem para aumentar). A quebra deste ano interrompe seis anos de ganhos consecutivos.


Desta forma, a matéria-prima revelou indiferença ao maior corte de produção da OPEP da última década. A OPEP é responsável por 40% do fornecimento mundial de petróleo. A 17 de Dezembro, a organização efectuou um corte de 2,46 milhões de barris por dia, a entrar em vigor a 1 de Janeiro do próximo ano. Apenas um dia antes, a 16 de Dezembro, um dos ministros da organização tinha indicado um corte de 2 milhões de barris por dia. Para além disso, a OPEP tem incentivado os outros países produtores de petróleo não membros a cortarem a produção. A Rússia e o Azerbeijão acederam ao pedido.

O Departamento de Energia norte-americano afirmou a 9 de Dezembro que o consumo vai contrair-se 0,5% para 85,3 milhões de barris por dia. De acordo com as estimativas da OPEP, reveladas seis dias depois, o consumo vai retrair-se 0,2% no próximo ano.

Algumas razões justificativas do máximo histórico de Julho avançadas pelos analistas:

- Aumento do consumo mundial, nomeadamente da China e da Índia cujas taxas de crescimento do PIB do terceiro trimestre apontavam para os 9 e 7,6%, respectivamente;
- Instabilidade do Médio Oriente, nomeadamente no Irão e no Iraque;
- Deficiências do lado da oferta (OPEP);
- Especulação desenfreada.

Por ora, os analistas apelam à diminuição do consumo mundial da matéria-prima por parte das principais regiões económicas do mundo: EUA, Europa e países emergentes - em consequência da grave crise financeira mundial.

DAYTRADING (Dec 15th / Dec 19th)


Description: The DAYTRADING program trades U.S. big cap stocks and futures (Equity Indexes, FX and Commodities) through long and short positions with no overall bias. No trade shall be carried overnight. This is not a capital guaranteed portfolio.

Weekly balance: +0,1%
Monthly balance (Dec 08): +0,6%
Since inception (Mar 08): +7,3% + 0,8% (*) = 8,1%

December 15th:
- BOT Coca Cola @ 45,13 and SLD @ 44,95
December 16th:
- BOT Nasdaq 100 Futures @ 1231,00 and SLD @ 1243,00
December 17th: No trades.
December 18th: No trades.
December 19th: No trades.

Enjoy your weekend.
(*) End of year FX adjustments.

2008-12-18

Apollo 18-Dez/Dec-18



Posição/Position: Longa/Long
Valor de entrada/Entry Value: 1230,5
Valores de saída/Exit Values: 1218,25/1242,75

Siga em directo aqui/Watch here live.


Actualização/Update @ 19:20:
Posição fechada/Position closed @ 1218,25
Perda/Loss: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+10,27%
Mercado/Market: -33,3%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 120
Ganhadoras/Winners: 66 (55%)
Perdedoras/Losers: 54 (45%)

Quick Stats

Fonte: The Economist (Pocket World in Figures 2009 Edition)
.
Segundo estes dados do "The Economist", Portugal está a gastar cerca de 16 mil milhões de Euros com a Saúde, tendo em conta os dados de 2007.
.
O Hospital de São João no Porto foi considerado o melhor hospital universitário entre os 22 existentes na Península Ibérica, de acordo com um estudo levado a cabo pela auditora espanhola Iasist. Entre os vários indicadores clínicos analisados, o S. João foi considerado o melhor na grande maioria deles.
.
O estudo refere ainda que o hospital trata os doentes mais complexos e que mesmo assim as taxas de mortalidade são substancialmente melhores que o padrão observado. Em relação à eficiência, a evolução deste ano tem sido melhor que a do ano anterior, especialmente na gestão dos tempos de internamento.
.
O estudo foi elaborado com base em 22 hospitais universitários da Península Ibérica, sendo que apenas o São João era o único hospital português presente no estudo.

Dificuldades nas companhias aéreas em 2008

As companhias aéreas enfrentaram um 2008 bastante desgastante. No primeiro semestre, a escalada dos preços do petróleo para níveis recorde perto dos 150 dólares por barril elevou a factura das companhias. No segundo semestre, e apesar do petróleo ter recuado nos mercados internacionais, a quebra da procura decorrente do abrandamento económico global tornou-se na principal ameaça. Em 2008, e até agora 31 companhias aéreas encerraram a sua actividade.

Giovanni Bisignani, o director geral da International Air Transport Association (IATA), afirmou durante a semana passada que a crise crónica na indústria aérea vai continuar em 2009 e que este é o período mais fraco (em termos de receitas) dos últimos 50 anos. Em 2008, as perdas foram 20 vezes superiores às da crise após os ataques terroristas de 11 de Setembro. Apesar da queda das cotações do crude, as companhias aéreas vão perder 2,5 mil milhões de dólares durante o próximo ano devido à queda da procura. Em 2008, a perda será de 5 mil milhões de dólares devido aos elevados preços do petróleo no primeiro semestre. Serão perdidos 400 mil postos de trabalho durante estes dois anos nas companhias aéreas e no sector do turismo.



*Valores em milhões de dólares
Fonte: International Air Transport Association

O tráfego internacional aéreo de passageiros caiu em Outubro pelo segundo mês consecutivo. O número de passageiros recuou 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O tráfego de passageiros em 2008 deverá crescer em torno dos 2%, impulsionado pela Ásia e América Latina. Mas em 2009 deverá registar um recuo de 3%, a primeira quebra desde 2001 (-2,7%).

O tráfego de cargas deverá contrair-se 1,5% este ano e 5% no próximo ano devido ao enfraquecimento da actividade económica mundial. A última vez em que se registou uma redução do movimento de carga foi em 2001 (-6%).

As dificuldades no sector estão a promover uma onda de fusões no sector para ultrapassar a crise e garantir uma posição estratégica no mercado. As norte-americanas Delta Airlines e a Northwest Airlines criaram, em Outubro, a maior companhia mundial em termos de tráfego, com 170 milhões de passageiros por ano, mais de 75 mil funcionários e a operar para 375 destinos. Hoje, a British Airways e a Qantas recuaram no ambicioso plano de fusão.

O comportamento das principais companhias aéreas mundiais reflecte o período conturbado. Desde o início do ano e até avançarem com a fusão, a Delta Airlines e a Northwest Airlines desvalorizaram 46,3 e 31,8%, respectivamente. Na Europa, a Air France cedeu 59,5% e a Lufthansa perdeu 41,9%. Ver nos gráficos abaixo dois exemplos (Northweast Airlines e Lufthansa):



(clique nas imagens para aumentar)

Fonte: Bloomberg e IATA

Yield Spreads


2008-12-17

Análise PSI 20

Desde o início do ano, o PSI 20 já perdeu cerca de 51% do seu valor. Isto significa que as 20 acções que compõe o índice português, em média devidamente ponderada (ver gráfico em baixo com o peso de cada acção do PSI 20), desvalorizaram aquele valor desde o início do ano. Estando numa altura em que é normal fazer o balanço do ano, torna-se interessante analisar diversos rácios financeiros das empresas que integram o PSI 20.
(todos os rácios foram calculados de acordo com os dados do terceiro trimestre do ano)


O PER (Price Earnings Ratio) relaciona o lucro da empresa com a sua capitalização bolsista, ou seja, diz quantas vezes é que o investidor paga pelos lucros da empresa. Na situação hipotética de ausência de crescimento e caso os lucros estivessem totalmente distribuídos, o PER traduziria o número de anos necessários para que o investidor recuperasse o capital investido. Sob este indicador, a Sonae e a Semapa apresentam-se como os títulos mais atractivos já que possuem os mais baixos valores. Pelo contrário, a Mota-Engil e a Sonaecom são as cotadas com maior PER.

O PBV (Price to Book Value) compara o capital próprio da empresa com a sua capitalização bolsista, isto é, diz-nos quantas vezes o investidor está a pagar pelo valor dos capitais próprios. A análise fundamental diz que valores de PBV baixos traduzem títulos “baratos” e consequentemente atractivos. Aqui, as empresas mais atractivas fazem todas parte do mesmo grupo: Sonae Indústria, Sonaecom e Sonae SGPS. Jerónimo Martins e ZON são as que apresentam o preço mais elevado face ao capital próprio.

O rácio de endividamento, ou Debt-to-Equity, é um indicador financeiro utilizado para medir a vulnerabilidade da empresa. Quanto maior este rácio maior é a vulnerabilidade da empresa. O seu valor é obtido através da relação entre o Passivo e o Capital Próprio da Empresa. Para além dos três bancos cotados (BES, BPI e BCP), a Mota Engil integra o conjunto de quatro empresas com maior rácio de endividamento. No lado oposto, EDP Renováveis, Galp e Sonaecom são as que apresentam melhor rácio de solvabilidade (oposto do rácio de endividamento).

O rácio de autonomia financeira mede a solvabilidade da empresa através do cálculo da proporção de activos que é financiado pelo capital próprio. Quanto maior este rácio, maior a estabilidade financeira da empresa. Por este indicador, os três bancos constituem o lote menos solvível enquanto que a EDP Renováveis e a Sonaecom são as mais atractivas.

O último indicador em análise é o ROE (Return on Equity) e traduz a rendibilidade dos capitais próprios. É utilizado para medir o retorno do capital próprio durante um ano. Este indicador é um dos mais importantes rácios financeiros, senão o mais importante. Quanto maior for este valor, maior é a eficiência de uma empresa gerar lucros a partir do activo líquido. A PT e Jerónimo Martins são as mais eficientes segundo a análise deste indicador enquanto que no lado oposto se encontra a Sonae Indústria e a Galp.
Em baixo uma tabela com todos estes indicadores:

Apollo 17-Dez/Dec-17



Posição/Position: Curta/Short
Valor de entrada/Entry Value: 1234
Valores de saída/Exit Values: 1221,75/1246,25

Siga em directo aqui/Watch here live.


Actualização/Update @ 15:05:
Posição fechada/Position closed @ 1221,75
Ganho/Gain: 1%
.
Performance desde o início/Performance since inception (1-Jul-08):
Apollo:+11,27%
Mercado/Market: -33,1%
.
Performance Sessões/Sessions:
Total: 119
Ganhadoras/Winners: 66 (55%)
Perdedoras/Losers: 53 (45%)

Press Freedom - The most free (2007)

Fonte: “Pocket World in figures, 2009 Edition” (publicação do “The Economist”)

FED corta a taxa de juro de referência

Ontem, a Reserva Federal norte-americana surpreendeu os economistas e analistas com uma redução histórica das taxas de juro para o intervalo entre 0% e 0,25%. Este é o valor mais baixo desde 1954. Uma taxa de juro no intervalo entre 0% e 0,25% significa que a base de licitação no leilão é de zero e que, consoante a procura e a oferta no mercado, será definida a taxa de juro neste intervalo. Para além disso, o Fed mostrou-se interessado em comprar “grandes quantidades” de dívida. Esta é mais uma derradeira tentativa para inverter o enfraquecimento económico da economia norte-americana.

Os receios quanto a um período prolongado de dificuldades económicas no país justificam a decisão histórica do Fed. Ontem, o Departamento do Comércio revelou que o número de novas casas construídas recuou quase 19% no mês de Novembro em relação ao período homólogo do ano anterior. Esta quebra foi a mais intensa desde Março de 1984.

(clique na imagem para aumentar)

Para além disso, um dos principais indicadores de inflação do país, o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos, recuou 1,7% em Novembro relativamente ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho norte-americano. Mais uma vez, esta foi a maior quebra desde que o índice começou a ser registado em 1947. Já no mês de Outubro, o indicador tinha revelado uma perda de 1%. O sector da energia foi o que mais contribuiu para esta contracção dos preços. Desde o pico de Julho que os preços do sector caíram 32,4%. Em particular os preços da gasolina desvalorizaram 47% entre o pico de Julho e o mês passado.

(clique na imagem para aumentar)


Após o anúncio do Fed, a divisa norte-americana negociou no valor mais dos últimos dois meses face ao euro (ver gráfico abaixo). O dólar fechou a sessão de ontem a cotar nos 0,7138 euros, o valor mais baixo desde 2 de Outubro.


(clique na imagem para aumentar)