2008-08-05

Sobreaquecimento nos Emergentes

Entre 2004 e 2006, o mundo viveu um período de crescimento económico sólido, aliado a uma baixa taxa de inflação. Os ganhos de produtividade e o aumento da capacidade produtiva dos países emergentes conduziram a um sucessivo alargamento da oferta das indústrias. Mas, este cenário originou, a partir de 2006, um aumento da procura mundial, determinado, em grande escala, pelo rápido crescimento da China e da Índia.
O grupo de países emergentes enfrenta uma dura realidade. O crescimento económico dos últimos anos está a eclodir com avanços imparáveis nos preços dos bens. Há, sensivelmente, um ano atrás a China apresentava uma taxa de inflação de 5,1% e a Índia mostrava uma taxa de inflação de 4,3%. Agora, estes valores avançaram para 9,6% e 11,1%, respectivamente. A Rússia também não escapa a esta onda inflacionista. De 2007 para 2008, a taxa de inflação passou de 7,8% para 15,1%. Os principais responsáveis são os preços dos bens alimentares e do petróleo.
Por outro lado, os emergentes estão a padecer de algum sobreaquecimento das suas economias. Nos últimos anos, as taxas de crescimento do PIB atingiram valores megalómanos. Por exemplo, na China cifrou-se nos 11,4%, em 2007. A política monetária levada a cabo por este grupo de nações ajuda a reforçar esta tendência. Em muitos deles vigoram taxas de juro reais negativas.

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