2009-03-05

Exportadores chineses querem desvalorização do Yuan face ao dólar

Os exportadores chineses estão a pressionar o governo para que desvalorize o yuan, depois das vendas para o exterior terem caído 17,5% no mês de Janeiro em relação ao mesmo mês de 2008, naquela que foi a maior quebra dos últimos 13 anos. Os exportadores chineses sinalizaram um total de 2,24 mil milhões de dólares em acordos com compradores estrangeiros, menos 39% do que há um ano atrás. As encomendas norte-americanas e europeias caíram 47 e 40%, respectivamente. Por sua vez, o Banco Central da região já demonstrou a sua intenção de desenvolver uma política de estabilidade para a moeda do país.

Os políticos pararam a apreciação do Yuan contra o Dólar nos últimos seis meses para ajudar os exportadores chineses, isto depois de terem permitido que a sua moeda valorizasse 21% desde o termo da taxa de câmbio fixa em 2005. A 22 de Janeiro, o Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, acusou os responsáveis chineses de manipulação da moeda. Quatro dias depois, o FMI vem dizer que ainda assim o yuan está “subavaliado”. O Banco Central da China apressou-se a negar as alegações do Tesouro norte-americano e apresentou, em Fevereiro, um relatório para manter o yuan a um nível estável e de equilíbrio.

O Yuan segue a transaccionar nos 6,8409 contra 1 dólar, quase como há seis meses atrás. Em contrapartida, o won sul-coreano, a rupiah indonésia e o rupee da Índia subiram mais de 13% nesse mesmo período.



Por isso, alguns analistas acreditam que a autoridade monetária chinesa tem margem para desvalorizar a moeda até 7% contra o dólar. Uma desvalorização de 2 ou 3% já seria muito positiva no actual cenário.

Apesar da estabilidade contra o dólar nos últimos seis meses, o yuan valorizou-se 17% face ao euro, 22% em relação ao dólar canadiano e 27% contra a libra inglesa.


Fonte: Bloomberg

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