Deflação na China

Num relatório a ser divulgado amanhã, a China deverá reportar deflação pela primeira vez nos últimos seis anos, na sequência do fraco crescimento dos preços da alimentação e da queda dos preços da energia, de acordo com as estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg.

Assim, tendo em conta estas estimativas, o índice de preços do consumidor terá caído 1%. Lu Zhengwei, economista chefe do Industrial Bank em Shangai, afirma que o mundo está de um modo geral a direccionar-se para um processo de deflação e que a China não constitui uma excepção, que sofre da queda dos preços das matérias-primas, nomeadamente a nível da energia.

De facto não deixa de ser curioso o facto da China, a economia mais saudável dos países BRIC ser a primeira a registar deflação. Na Índia o índice de preços no consumidor continuar perto dos 10%, apesar de ter vindo a registar uma desaceleração com a queda dos preços dos bens alimentares e do petróleo. No Brasil, o corte de juros enfraqueceu o real, o que poderá levar a um aumento do nível de preços. Na Rússia, a taxa de inflação cresceu para um máximo de 4 meses com a divisa local a enfraquecer e a impulsionar o preço das importações.

Outro dos motivos também apresentados para justificar este forte declínio dos preços na China foi o elevado nível dos mesmos durante o ano passado, sobretudo os preços da carne e da energia em geral. Em baixo a evolução do índice de preços do consumidor na China nos último dois anos (dados mensais).

(fonte: Bloomberg)