2009-07-16

Economia Chinesa

O Produto Interno Bruto da China cresceu 7,9% no segundo trimestre de 2009, tornando-se na primeira das maiores economias a recuperar da recessão global que tem atingido a economia mundial.

Estes dados, anunciados hoje pelo Departamento de Estatística, excedeu a estimativa de 7,8% adiantada pelos analistas consultados pela Bloomberg, superando também os 6,1% registados no primeiro trimestre, que constituíram o pior desempenho da última década. A China, que é o país que mais contribui para o crescimento da economia mundial, superou ontem o Japão como o segundo maior mercado accionista do mundo, após o pacote de medidas com vista a estimular a economia no valor de 585 mil milhões de dólares ter aumentado a concessão de empréstimos para níveis recorde e ter levado à subida dos preços das acções.

Segundo David Cohen, economista da Action Economics, depois da quebra das exportações ter prejudicado o crescimento da economia chinesa, o desempenho da China está a voltar ao normal e lidera a recuperação mundial. Ainda assim é preciso notar que a China enfrenta algumas dificuldades, como a menor procura por parte do mercado externo, queda dos lucros das empresas e diminuição da receita fiscal, tendo dificuldades em criar postos de trabalho.

A Economia chinesa é a única das 10 maiores economias do mundo que está ainda a expandir-se. Com efeito, as Yields das obrigações do Tesouro chinês atingiram o valor mais elevado do ano, levando ao aumento das taxas de juro. De acordo com Li Xiaochao, porta-voz do departamento de estatística, a China não deve ignorar os riscos de inflação futura, já que a concessão de empréstimos está a um nível recorde e os preços das mercadorias têm vindo a aumentar. Os preços no consumidor caíram 1,7% em Junho face ao ano anterior, o quinto mês consecutivo de queda dos preços e a maior queda desde 1999. Já os preços no produtor registaram uma queda recorde de 7,8%.

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