2009-07-31

British Airways

A British Airways, terceira maior companhia aérea da Europa, anunciou que os obteve prejuízos no primeiro trimestre do ano fiscal de 2009, com a recessão a diminuir a procura de passagens aéreas e a penalizar as vendas em 12%.

O prejuízo líquido foi de 106 milhões de libras nos três meses que terminaram em 30 de Junho, que comparam com o lucro de 27 milhões de libras registado no ano anterior, segunda divulgado pela própria companhia aérea. Os analistas consultados pela Bloomberg tinham estimado uma perda de 95 milhões de libras. Já as vendas caíram em 12% para 1,98 mil milhões de libras.

A companhia aérea reduziu a entrega de aviões novos, cortou no serviço de catering a bordo e está em conversações para eliminar cerca de 4 mil postos de trabalho de modo a reduzir custos e assim conseguir resistir à recessão. A empresa disse ainda este mês que contraiu mais mil milhões de dólares em empréstimos para aumentar as reservas de liquidez.

O tráfego de passageiros na terceira maior transportadora da Europa caiu 3,8% no trimestre, conduzido por uma queda das viagens em primeira classe e em classe executiva. A proporção de lugares ocupados desceu 1,1 pontos percentuais para 72,9%.

2009-07-30

Casas no Reino Unido

Os preços das casas no Reino Unido aumentaram pelo terceiro mês consecutivo em Julho, com a escassez da oferta a contribuir para a protecção do mercado imobiliário da recessão económica, de acordo com a Nationwide Building Society.

O preço médio de uma habitação subiu 1,3% em Julho para 158,9 mil libras, cerca de 187 mil euros, depois de terem subido 1% no mês anterior. Os economistas consultados pela Bloomberg tinham previsto um aumento de 0,2%. Em relação ao anterior, os preços caíram 6,2%, a menor queda anual dos preços desde Maio de 2008.

O relatório sinaliza que o mercado imobiliário britânico pode estar a começar a recuperar, com a economia a emergir daquela que foi a pior recessão em pelo menos três décadas. O Banco de Inglaterra vai decidir na próxima semana se vai continuar com o seu programa de compra de obrigações com o novo dinheiro emitido.

Martin Gahbauer, economista chefe no Nationwide, considera que os preços das casas têm estado muito elásticos neste ano, apesar do cenário de recessão económica e com o desemprego a aumentar vertiginosamente. Considera ainda que não é provável que o aumento dos preços consiga ser sustentado por um longo período de tempo à taxa de crescimento registada nos últimos meses. Um dos factores que ajudará o preço das casas a estabilizar é a falta de oferta de imóveis disponíveis para venda.

Durante este mês, o Banco Central de Inglaterra decidiu manter a taxa de juro de referência à taxa de 0,5%, que constitui um mínimo histórico, e votou contra alterações ao programa de compra de activos.

2009-07-29

Resultados Santander

O Banco Santander, maior banco de Espanha, anunciou que os lucros referentes ao segundo trimestre do ano caíram 4%, sendo que esta queda foi inferior aquela que era esperada pelos analistas consultados pela Bloomberg. Esta queda nos resultados está relacionada com um aumento nas provisões para o incumprimento do crédito.

O resultado líquido caiu para 2,42 mil milhões de euros face aos 2,52 mil milhões registados em igual período do ano anterior, segundo anunciou o próprio banco no seu site oficial. Os resultados excederam a previsão efectuada pelos analistas que apontavam para uma queda superior para os 2,15 mil milhões de euros.

O Santander pretende que o resultado anual iguale o resultado verificado no ano passado de 8,88 mil milhões de euros, já que vai integrar as aquisições no Reino Unido e no Brasil. O banco espanhol tem o seu negócio de retalho diversificado em termos geográficos, estando bem posicionado para acompanhar o fim da recessão que atinge Espanha, o Reino Unido e a América Latina.

As acções do banco espanhol contam com uma valorização inferior a 50% desde o início do ano, que compara com a subida de 26% registada pelo benchmark sectorial do índice da Bloomberg de Bancos e Instituições Financeiras Europeus que integra 63 membros. O Santander tem uma capitalização de 82,4 mil milhões de euros e é o segundo maior da Europa, atrás do HSBC.

2009-07-27

Resultados RyanAir

A RyanAir Holdings, maior companhia aérea de Low-Cost da Europa, registou a maior queda nos últimos oito meses e meio, na negociação na bolsa de Dublin, após a empresa ter anunciado que os lucros anuais se vão situar não cenário mais pessimista previsto pela mesma.

A RyanAir caiu cerca de 38 cêntimos, ou 11%, para 2,99 euros na maior queda intradiária desde Novembro e segue a perder cerca de 9,5%. Este facto está a seguir-se ao ganho de 2,4% registado pela companhia aérea, avaliando-a em cerca de 4,49 mil milhões de euros.

Nos três meses que terminaram em Junho, o resultado líquido ascendeu a 123 milhões de euros, falhando a estimativa de 143 milhões dos cinco analistas consultados pela Bloomberg. A empresa sedeada em Dublin está a cortar as tarifas para fazer face à quebra da prcoura causada pela recessão global que atingiu países por todo o mundo. A empresa adiantou ainda que a yield, uma medida dos preços dos bilhetes, serão significativamente mais baixos no próximo trimestre.

Howard Millar, CFO da empresa, afirmou que não podem aumentar os preços numa recessão. Adiantou ainda que a recessão global terá impacto na sua empresa já agora, espera que o resultado líquido será o mais baixo compreendido no intervalo de 200 milhões e 300 milhões de euros.

O resultado positivo no primeiro trimestre do ano fiscal compara com o prejuízo registado em igual período de 2008, que resultou numa perda de 90,5 milhões de euros, após os custos com os combustíveis terem caído 42%, reflectindo a queda do preço da matéria-prima. O preço médio dos bilhetes caíram 13% enquanto que o número de passageiros aumentou 11%. Os passageiros têm sido muito lentos a responder à redução de tarifas efectuadas pela empresa, daí que os cortes tenham sido mais profundos.

2009-07-24

Vendas da Vodafone

A Vodafone, maior empresa de telecomunicações móveis do mundo, anunciou que as vendas do primeiro trimestre cresceram 9,3%, beneficiando de ganhos cambiais e de aquisições.

As receitas nos três meses que terminam em Junho aumentaram para 10,7 mil milhões de libras face aos 9,8 mil milhões registados no ano anterior. Excluindo o efeito dos ganhos cambiais e as aquisições, as receitas deslizaram 2,1%, com a crise económica a fazer diminuir a procura na Europa, já que os seus clientes gastaram menos em chamadas e mensagens.

Ainda assim, em declarações à Bloomberg, um analista do Citigroup, Terence Sinclair, considera que as receitas foram melhores do que o receado. Considera mesmo que a queda das vendas na Europa foi melhor do que qualquer analista esperava. Vittorio Colao, CEO do grupo desde o ano passado, reiterou as perspectivas anteriores proferidas em Maio. A Vodafone está a reduzir custos de modo a anular a queda dos gastos dos consumidores em telecomunicações. Juntou-se assim a empresas como a Deutsche Telekom e à Mobistar em afirmar que a crise económica é a principal responsável pela diminuição dos lucros, já que os consumidores individuais e empresas cortam os seus gastos em viagens e utilização dos telefones.

Em Maio, a Vodafone avançou com um plano de mil milhões de libras de modo a cortar alguns postos de trabalho e reduzir a despesa em equipamento de rede, publicidade e logística. A empresa afirmou ainda que pretende atingir pelo menos 65% do programa no ano fiscal que termina em Março de 2010, em vez da meta inicial de 50%.

2009-07-23

Resultados Hyundai

A Hyundai Motor, maior construtor automóvel da Coreia do Sul, reportou um lucro trimestral recorde, no seguimento do aumento das receitas provenientes da joint-venture com a China e com a Kia Motors.

O resultado líquido subiu 48% para 811,9 mil milhões de won, ou seja, 650 milhões de dólares, nos três meses que terminaram em Junho, face aos 546,9 mil milhões de won alcançados no período homólogo do ano anterior. Os 23 analistas consultados pela Bloomberg estavam à espera de uma diminuição do resultado para 431 mil milhões de won. As vendas da Hyundai, sem considerar os seus parceiros, caíram 11% para 8,08 biliões de won.

Os planos de estímulo por parte dos Governo na Coreia do Sul, China, Europa e EUA ajudaram a fazer aumentar a procura de automóveis, levando a que as vendas na unidade global da Hyundai subissem 7,3% no último trimestre. As vendas domésticas aumentaram 16%, para o qual contribuiu o corte de 30% nos impostos sobre as vendas e aumentaram o objectivo de vendas na China pela segunda vez este ano.

A quota de mercado da Hyundai tendo por base o universo mundial chegou aos 5% na primeira metade do ano, após ganhar mercado nos EUA e na Europa, enquanto que na China as vendas aumentaram 56%.

De acordo com a LIG Investment & Securities, a Hyundai aumentou os gastos no marketing em 39% para os 2,6 milhões de won por veículo, em comparação com o ano anterior. Stephan Ahn, responsável pelo research na LIG Investment, considera que este investimento foi agressivo e com o objectivo de aumentar a presença no mercado mundial.

2009-07-22

Resultados da LG

A LG Electronics, terceiro maior fabricante mundial de televisores com ecrãs de cristais líquidos, anunciou resultados recorde referentes ao segundo trimestre do ano, impulsionados pelo aumento da procura de ecrãs planos.

O resultado líquido do segundo trimestre subiu 62% para 917 milhões de dólares face aos 564 milhões registados no período homólogo do ano anterior. Este resultado acabou por ser cerca de 50% superior à previsão dos 17 analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam por um aumento do lucro para 614,5 milhões de dólares.

A empresa sul coreana pretende destronar a rival Sony no que diz respeito ao carregamento de televisores LCD este ano, oferecendo modelos sem fio e com sistemas de poupança de energia. A Nomura Holding e a Macquarie dizem que o resultado da LG, que também é o terceiro maior fabricante mundial de telemóveis, irá continuar a crescer na segunda metade do ano, impulsionado pela venda de aparelhos de mãos livres para os telemóveis e ecrãs planos.

As exportações da LG deverão aumentar 22% este ano para 122,8 milhões de unidades, face à queda de 6% nas vendas no sector, segundo James Kim, analista da Nomura Holdings. A margem de lucros dos aparelhos de mãos livres deverá continuar acima dos 10% na segunda metade do ano.

Os ganhos relacionados com os mercados cambiais totalizaram 285,7 milhões de won, cerca de 227,8 milhões de dólares, depois de ter registado perda de 135,5 milhões de dólares no ano anterior. Este resultado deve-se à subida da cotação do won nos mercados cambiais, que reduziu o valor do passivo obtido no exterior do país.


(Bloomberg)

2009-07-21

Prejuízos na Volvo

A Volvo, segunda maior construtora de camiões do mundo, anunciou que o resultado líquido respeitante ao segundo trimestre de 2009 foi negativo em 5,56 mil milhões de coroas suecas, cerca de 507,4 mil milhões de euros. A quebra da procura foi o principal factor que penalizou os resultados da empresa. Ainda assim, manteve as estimativas de vendas para a Europa e América do Norte.

Este resultado compara com o lucro de 5,13 milhões de coroas suecas registadas no ano anterior. O resultado foi pior do que o esperado, já que os analistas esperavam um prejuízo de 3,9 milhões de coroas.

De acordo com o CEO da Volvo, Leif Johansson, a fraca procura que se sentiu no segundo trimestre permaneceu em todos os mercados do grupo. Considera ainda que nos próximos anos, o foco será direccionado para o fortalecimento da rentabilidade.

A empresa prevê ainda que as vendas de vendas de camiões pesados na América do Norte caia entre 30 e 40% este ano, enquanto na Europa deverá recuar no mínimo para metade.

2009-07-20

Casas na China

Os preços das casas novas em 36 das maiores cidades da China cresceram 6,3% em Junho face a igual período do ano anterior, após a concessão de empréstimos ter triplicado no primeiro semestre de 2009.

O preço médio das casas novas subiu para 6554 yuan, cerca de 959 dólares, por metro quadrado, segundo os dados oficiais publicados pela Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma. Em relação a Maio os preços cresceram 1,1%.

O aumento na concessão de novos empréstimos para 7,37 biliões de yuan no primeiro semestre do ano, contribuiu para o aumento da procura no sector imobiliário, levando assim ao aumento dos preços. O preço das casas nas 70 maiores cidades chinesas aumentou em Junho pela primeira vez em sete meses. Segundo Zhou Hu, analista da Bohai Securities, o mercado imobiliário chinês está a recuperar e os preços devem continuar a aumentar no terceiro trimestre. O analista recomenda ainda a compra de acções da China Vanke e da Poly Real Estate Group, os maiores promotores nacionais em termos de valor de mercado.

As vendas de propriedades na China aumentaram 32% em termos de espaço e 53% em termos de valor face ao ano anterior. Já os investimentos no mercado imobiliário aumentaram 9,9% na primeira metade de 2009. As vendas da Vanke, maior promotora chinesa, aumentaram 28% face ao ano anteiror para 30,8 mil milhões de yuan. Já a Poly Real Estate anunciou que as vendas no primeiro semestre cresceram 168% para 21,1 mil milhões de yuan.


(Bloomberg)

2009-07-17

Exportações de Singapura

As exportações de Singapura registaram a menor queda dos últimos nove meses em Junho, estando a contribuir para a recuperação económica da maior recessão que já atravessou enquanto país independente. As exportações, excluindo os produtos petrolíferos, caíram 11% face a igual período do ano anterior, depois de ter contraído 12,3% em Maio. Já os economistas tinham avançado com uma previsão de um recuo de 10,8%.

Durante esta semana, Singapura aumentou as suas previsões económicas para 2009, apesar de avisar que uma recuperação fraca é susceptível de risco de contracção. De acordo com o Governo, a melhoria da produção farmacêutica e da re-stockagem dos inventários de produtos electrónicos deve-se ao melhor desempenho da produção manufactureira dos últimos cinco trimestres, nos três meses que terminaram em Junho.

Durante o dia de ontem, o Banco do Japão aumentou as perspectivas para a economia pelo terceiro mês consecutivo, citando uma recuperação das exportações e da produção industrial. De resto, a produção das fábricas está a melhorar na também desde a Índia à Coreia do Sul, aumentando o optimismo de que o pior da recessão económica era mesmo passado.

A economia de Singapura expandiu-se à taxa anual de 20,4% no último trimestre fae aos três meses anteriores, o primeiro avanço do ano. Já em relação a igual período de 2008, a economia contraiu 3,7%. O Ministro do Comércio anunciou contudo que a melhoria da produção manufactureira no segundo trimestre poderá não ser sustentada, já que o desemprego e a diminuição do orçamento familiar nos EUA e Zona Euro reflectem uma fraqueza contínua presente na economia mundial.

2009-07-16

Economia Chinesa

O Produto Interno Bruto da China cresceu 7,9% no segundo trimestre de 2009, tornando-se na primeira das maiores economias a recuperar da recessão global que tem atingido a economia mundial.

Estes dados, anunciados hoje pelo Departamento de Estatística, excedeu a estimativa de 7,8% adiantada pelos analistas consultados pela Bloomberg, superando também os 6,1% registados no primeiro trimestre, que constituíram o pior desempenho da última década. A China, que é o país que mais contribui para o crescimento da economia mundial, superou ontem o Japão como o segundo maior mercado accionista do mundo, após o pacote de medidas com vista a estimular a economia no valor de 585 mil milhões de dólares ter aumentado a concessão de empréstimos para níveis recorde e ter levado à subida dos preços das acções.

Segundo David Cohen, economista da Action Economics, depois da quebra das exportações ter prejudicado o crescimento da economia chinesa, o desempenho da China está a voltar ao normal e lidera a recuperação mundial. Ainda assim é preciso notar que a China enfrenta algumas dificuldades, como a menor procura por parte do mercado externo, queda dos lucros das empresas e diminuição da receita fiscal, tendo dificuldades em criar postos de trabalho.

A Economia chinesa é a única das 10 maiores economias do mundo que está ainda a expandir-se. Com efeito, as Yields das obrigações do Tesouro chinês atingiram o valor mais elevado do ano, levando ao aumento das taxas de juro. De acordo com Li Xiaochao, porta-voz do departamento de estatística, a China não deve ignorar os riscos de inflação futura, já que a concessão de empréstimos está a um nível recorde e os preços das mercadorias têm vindo a aumentar. Os preços no consumidor caíram 1,7% em Junho face ao ano anterior, o quinto mês consecutivo de queda dos preços e a maior queda desde 1999. Já os preços no produtor registaram uma queda recorde de 7,8%.

2009-07-15

Dívida Portuguesa

Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças de Portugal, anunciou que a dívida portuguesa irá atingir um máximo no próximo ano, não chegando contudo a 80% do Produto Interno Bruto, ficando abaixo da estimativa avançada pela Comissão Europeia.

O Ministro português considera que durante este ano a dívida portuguesa estará perto dos 70% do PIB, aumentando no próximo ano. Segundo a previsão da Comissão Europeia, efectuada em Maio, a dívida iria aumentar para 81,5% no próximo ano, dado que as políticas do Governo se têm mantido inalteradas. Tal como Espanha e Grécia, o rating de crédito de Portugal foi cortado pela Standard & Poor’s este ano e com isso os investidores exigem o dobro da taxa de juro paga no ano passado para deterem obrigações do Tesouro português em vez das obrigações alemãs.

O diferencial entre o Yield das obrigações portuguesas e alemãs com ma maturidade de 10 anos encontra-se em 99 pontos base, enquanto que no ano anterior estava em 45 pontos. Já em Março desde ano, a diferença chegou a atingir os 175 pontos base, o valor máximo desde a entrada do Euro.

Portugal estima que o défice orçamental atinja os 5,9% do PIB este ano, mais do que a estimativa anterior de 3,9% efectuada em Maio. O Governo vai fazer esforços para reduzir o défice para 3% do PIB assim que a crise terminar e corrigir o balanço fiscal assim que seja possível. A despesa será também cortada. Teixeira dos Santos afirma ainda que não pretende aumentar os impostos.

O Ministro das Finanças recusou a dizer quando espera que a economia portuguesa retome o crescimento, considerando no entanto que o pior já passou. O Governo estima uma contracção da economia de 3,4% neste ano, a maior em pelo menos três décadas. Não se mostra preocupado com a deflação, e espera que uma aumento dos preços face ao ano anterior, apesar de em Junho o nível geral dos preços ter caído 1,6% face ao ano anterior.

(Bloomberg)

2009-07-14

Perspectivas de Singapura

O governo de Singapura aumentou a sua previsão económica para 2009, devido aos ganhos no sector da construção e no sector farmacêutico, que ajudaram a levantar a economia da sua mais profunda recessão desde que existe desde a sua independência em 1965.

O Produto Interno Bruto deverá encolher 4% a 6% este ano, menos do que a anterior previsão de 9%. No último trimestre, a economia cresceu a uma taxa anual de 20,4% face aos três meses anteriores, sendo o primeiro ganho do ano. Segundo Robert Prior-Wandesforde, a economista sénior no HSBC Holdings em Singapura, a economia de Singapura está de volta e irá recuperar com consistência.

Após a divulgação do relatório que anunciara esta notícia, os títulos de Singapura avançaram, liderados pela Capitaland, que actua no sector imobiliário, devido a um optimismo resultante da combinação entre cortes nas taxas de juro e um montante recorde da despesa do governo.

A Coreia do Sul e o Japão anunciaram que as suas perspectivas económicas estão também a melhorar após o Fundo Monetário Internacional ter aumentado a previsão de crescimento para as economias asiáticas.

2009-07-13

Resultados da Philips

A Royal Philips Electronics, maior empresa de bens consumíveis electrónicos da Europa, registou lucros no segundo trimestre do ano de 2009, contrariando desta forma a expectativa dos analistas que estavam à espera que registasse prejuízos.

O resultado líquido ascendeu a 44 milhões de euros, ou 5 cêntimos por acção, que compara com os 732 milhões de euros arrecadados em igual período do ano anterior, ou cerca de 72 cêntimos por acção. Já os analistas haviam estimado uma perda de 122,5 milhões de euros, de acordo com a média das 13 estimativas recolhidas pela Bloomberg. Já o EBITDA recuou para os 118 milhões de euros no segundo trimestre, face aos 396 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Os lucros na Philips, que está entre as primeiras das maiores empresas de bens electrónicos a apresentar os resultados do segundo trimestre, poderão constituir um indicador do comportamento da indústria perante a crise económica global. O CEO da Philips, Gerald Kleisterlee, que está a cortar cerca de 6000 postos de trabalho, aumentou as suas estimativas de poupança de custos para mais de 600 milhões de euros, face à anterior estimativa de 500 milhões. A empresa declarou ainda que tem a expectativa de que o desempenho na segunda metade do ano seja ainda melhor do que o do primeiro semestre.

Kleisterlee afirmou ainda que a empresa permanece cautelosa quanto á economia como um todo especialmente nos países onde operam e que não deixarão de implementar medidas adicionais de poupança de custos onde for necessário. Em declarações proferidas em Abril, aquele que também é o maior fabricante de lâmpadas eléctricas, anunciou que avançaria para uma reestruturação no segundo trimestre, particularmente no sector da iluminação.

2009-07-10

Euro em queda

O segue a negociar em queda, preparando-se para registar a pior semana face ao Iene em dois meses, após ter sido anunciado que o Fundo Monetário Internacional está a discutir programas de apoio com pelo menos 10 Governos da Europa de Leste.

A divisa dos países da Zona Euro enfraqueceu face a 12 das 16 maiores divisas, após o jornal alemão Handelsblatt ter citado fontes oficiais não identificadas do FMI dizendo quais os países que se candidatavam a empréstimos pela primeira vez junto da entidade, incluindo Bulgária, Croácia e Macedónia. Por sua vez, o Iene e o dólar apreciaram face às principais divisas, com os futuros norte-americanos a cair impulsionando a procura por activos com menor risco.

A Ucrânia, Sérvia, Bielo-Rússia e Letónia procuram um pagamento mais rápido dos fundos do FMI ou um aumento dos empréstimos actuais, segundo o referido jornal alemão.

O euro encaminha-se também para a segunda perda semanal face ao dólar, após o Ministro das Finanças alemão Peer Steinbrueck ter dito ontem que os bancos regionais controlados pelo Estado são os que apresentam maior risco sistémico na indústria financeira do país.

O won, moeda oficial da Coreia do Sul, completou a sua maior queda semanal em quatro meses, com a procura por activos de mercados emergentes a diminuir. A divisa sul coreana caiu 1,3% nesta semana, a maior desde o final de Fevereiro.

2009-07-09

Juros na Coreia

O Banco Central da Coreia do Sul decidiu hoje manter o nível da taxa de juro num nível mínimo histórico, em 2%, pelo quinto mês consecutivo, afirmando que vai manter uma política de acomodação da recuperação económica.

Para o Governador Lee Seong Tae, a economia da Coreia do Sul e das economias globais poderão melhorar no próximo ano, embora seja difícil e improvável que o comércio mundial recupere no curto prazo. O banco central segue assim os seus homólogos da Austrália e Zona Euro, em que ambos mantiveram a os custos de endividamento num nível na semana passada para suportar as suas economias. O Fundo Monetário Internacional e a Goldman Sachs, melhoraram esta semana as projecções para o PIB da Coreia do Sul em 2009, como resultado dos estímulos concedidos, desde a diminuição da taxa de juro e a despesa do governo para combater a situação.

Para os economistas, Lee Tae deverá apenas começar a aumentar os juros na economia quando os sinais de recuperação económica forem mais evidentes. A decisão não surpreendeu o mercado, já que os 15 economistas contactados pela Bloomberg esperavam uma manutenção da taxa de juro nos 2%.

A Coreia juntou-se à Índia, China e Austrália como uma das poucas economias a crescer no primeiro trimestre do ano, após o PIB ter aumentado 0,1% desde os três meses anteriores. Já a confiança dos consumidores subiu em Junho para o nível mais alto em quase dois anos. As exportações, que representam cerca de 50% do PIB, ganharam 17% em Junho desde Maio, para um máximo de oito meses. O won caiu 27% face ao dólar desde o início do ano, aumentando os ganhos das empresas exportadoras.


(Bloomberg)

2009-07-08

Encomendas no Japão

As encomendas de maquinaria do Japão caíram inesperadamente pelo terceiro mês consecutivo e o excedente da conta corrente reduziu-se devido à quebra das exportações, levando ao aumento dos receios de que a economia terá que batalhar para emergir da pior crise económica que abalou o país e o mundo desde a Segunda Guerra Mundial.

As encomendas, que constituem um indicador da despesa das empresas nos 3 a 6 meses seguintes, caíram 3% em Maio face a Abril, de acordo com as fontes oficiais de Tóquio. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam uma queda de 2%. Já o excedente da conta corrente encolheu 34,3% face a igual período do ano anterior, pelas declarações do Ministério das Finanças.

Os títulos das empresas caíram pelo sexto dia consecutivo com base na especulação de que os resultados dificilmente melhorarão devido à escassez da procura quer em território nacional que no estrangeiro. Os dados recentes da economia japonesa que indicam que a recuperação económica irá falhar, poderá levar o banco central a alargar o seu programa de crédito sem precedentes já na próxima semana.

O índice nacional, o Nikkei 225, encerrou a sessão a recuar 2,4% em Tóquio enquanto que as obrigações valorizaram. O Iene subiu para um máximo de 6 semanas face ao dólar para 94,10 com os investidores a darem preferência a divisas com menor nível de risco face às preocupações relativas à recuperação da economia. As exportações caíram 42,2% face ao ano anterior, uma queda superior à do mês anterior, levando o excedente da conta corrente a contrair para 13,8 mil milhões de dólares. As importações caíram 43,9%.

2009-07-07

Austrália mantém Juros

O Banco Central da Austrália decidiu manter a taxa de juro de referência do país inalterada pelo terceiro mês consecutivo, entre os sinais dos mais baixos custos de endividamento em meios século e os gastos do Governo que estão a ajudar a economia a ultrapassar a recessão global que afecta o mundo. O Governador Glenn Stevens deixou a taxa de juro nos 3%, tal como havia sido previsto pelos 20 economistas consultados pela Bloomberg.

A Austrália foi uma das poucas grandes economias, para além da China e da Índia, a crescer no primeiro trimestre de 2009, já que os apoios governamentais e o corte das taxas de juro contribuíram para um aumento da despesa dos consumidores. O crescimento pode abrandar após os recentes relatórios divulgados mostrarem que as exportações caíram para um mínimo de 14 meses, diminuiu a concessão de empréstimos por parte do sector bancário e as autorizações para construção de casas novas registaram a maior quebra desde 2002. Já os anúncios de emprego diminuíram pelo décimo quarto mês consecutivo.

Ainda assim, Stevens considera que existe espaço para relaxar a política monetária caso tal seja necessário, após ter cortado os custos de endividamento pelo valor recorde de 4,25 pontos percentuais entre os meses de Setembro a Abril. A autoridade monetária da Austrália mostra assim ao mercado que se mantém optimista acerca da economia Austrália e global, e que não estão a ponderar subidas de juros nos próximos tempos. A economia australiana cresceu 0,4 no primeiro trimestre face aos três meses anteriores, enquanto que as vendas a retalho aumentaram 1% em Maio, o dobro do estimado pelos economistas.

2009-07-06

Resultados em queda

Os resultados em empresas como a Ford e a ArcelorMittal poderão continuar a cair nos próximos três meses, com o desemprego a levar à diminuição dos gastos por parte dos consumidores. A queda anual dos lucros das empresas pode baixar para 21% de Julho para Setembro, após as estimativas dos resultados terem caído para 34% no segundo trimestre e cerca de 60% nos primeiros três meses do ano. Os resultados poderão vir a subir no final do ano, tendo em conta a analogia com o ano de 2008.

Os consumidores nos EUA, a maior economia do mundo, continuam preocupados com o mercado laboral, após o desemprego ter alcançado um máximo de 26 anos em Junho, de acordo com analistas e investidores. Até os norte-americanos começarem a efectuar despesa novamente em automóveis, telemóveis e vestuário, a maioria das empresas dos EUA, Europa e Ásia deverão continuar a reduzir os seus custos.

A confiança dos consumidores norte-americanos caiu inesperadamente em Junho, reflectindo o aumento da taxa de desemprego para 9,5%, a maior desde Agosto de 1983, e a perda de riqueza motivada parcialmente pela diminuição do valor das propriedades. No último mês os empregadores norte-americanos terminaram com 467 mil postos de trabalho enquanto que desde o início da recessão, em Dezembro de 2007, foram já cortados 6 milhões de empregos. De acordo com o economista chefe na Unicredit Global Research em Nova Iorque, as companhias estão prescindir temporariamente do seu pessoal, isto é, a coloca-las em lay off, mas depois não as estão a contratar de volta.

Na China, o índice Purchasing Managers subiu em Junho pelo quarto mês consecutivo, naquele que é o último sinal de que a economia está a responder ao plano de estímulo chinês no valor de 585 mil milhões de dólares. De acordo com a previsão dos economistas consultados pela Bloomberg, a economia chinesa deverá crescer 7,8% durante este ano. Já nos EUA a economia deverá cair 2,7% enquanto que nos 16 países que integram a Zona Euro se espera uma contracção de 4,3%.

2009-07-03

Juros na Suécia

O Banco Central da Suécia baixou surpreendentemente a taxa de juro de referência no país para o mínimo histórico de 0,25% e injectou cerca de 13 mil milhões de dólares na economia sob a forma de empréstimos de modo a ajudar a revitalizar os fluxos de crédito dos bancos do país para as famílias.

Para além de baixar os juros, a autoridade monetária da Suécia cortou ainda as perspectivas para a economia, prevendo uma contracção de 5,4% neste ano. Apenas um dos 17 economistas sondados pela Bloomberg estimou uma redução da taxa de juro. Esse mesmo economista considera que a economia teve uma performance pior do que havia sido estimado pelo Banco Central para este ano. Adicionalmente, considera uma boa medida melhorar o sentimento dos consumidores através desta medida.

A maior economia do báltico entrou na primeira recessão desde 1992 no último ano, com a queda da procura mundial a levar à queda das suas exportações, que representa cerca de metade do Produto Nacional. O Banco Central estima uma contracção na Suécia superior aos seis vizinhos da Noruega, Finlândia e Dinamarca.

As estimativas do Banco Central da Suécia indicam que a economia vai contrair 5,4% este ano antes de voltar a crescer 1,4% em 2010. Os preços no consumidor vão cair em média durante 2009 a uma taxa anual de 0,2% e crescer 1,4%. Para a autoridade monetária, são já visíveis os efeitos na economia das medidas de estímulo que foram tomadas.

2009-07-02

Aumento de Capital da Rio Tinto

A Rio Tinto, terceira maior mineira do mundo, vendeu cerca de 97% das novas acções emitidas em Londres, no âmbito de uma operação que teve como principal objectivo reduzir a dívida, arrecadando cerca de 10,8 mil milhões de euros.

A mineira vendeu 508,6 milhões de acções no fecho da oferta, tendo a operação sido realizada nas praças de Londres e de Sidney. A Rio Tinto rejeitou uma proposta de investimento no valor de 19,5 mil milhões de dólares, cerca de 13,9 mil milhões de euros, do seu maior accionista a Aluminum Corp (Chinalco), da China, optando por avançar com um aumento de capital e uma “joint-venture” com a BHP Billiton para o minério de ferro.

A Chinalco confirmou que fez uso dos seus direitos na venda de acções, justificando como uma decisão economicamente racional, que preveniu a diluição do seu capital na Rio Tinto. Como continua a ser a maior accionistas da mineira, confirma que irá continuar a monitorizar os desenvolvimentos na Rio Tinto.

A BHP Billiton abandonou a proposta de aquisição da Rio Tinto de 66 mil milhões de dólares em Novembro, citando o elevado risco da mineira em termos da sua dívida e da queda dos mercados de mercadorias. A maior parte da dívida da Rio deve-se à aquisição da produtora de alumínio Alcan por 38,1 mil milhões de dólares em 2007.

2009-07-01

Reestruturação da Cemex

A Cemex, maior cimenteira na América Latina, vai apresentar hoje em Madrid a sua proposta de reestruturação de 14,5 mil milhões de dólares de dívidas à banca, após ter apresentado a oferta a credores em Nova Iorque durante esta semana.

A Monterrey, unidade mexicana da Cemex, está a procura alargar a maturidade da sua dívida para Fevereiro de 2014 da actual maturidade de 2009 a 2011. A Cemex declarou ainda que poderá ter necessidade de emitir dívida da empresa, acções ou afins e que os seus auditores expressão dúvidas substanciais acerca da capacidade da empresa para se manter no negócio.

Marcos Duran, que está à frente do Research da Scotia Capital Mexico, considera que o progresso na negociação da dívida é encorajador, apesar de mostrar preocupação com a provável emissão de dívida da Cemex. Ainda assim, classifica a acção como “sector perform” e espera que os títulos valorizem para 10 dólares nos próximos 12 meses dos actuais 9,34 dólares nos EUA. No México, as acções caíram 2,5% para os 12,35 pesos na sessão de ontem e estão actualmente com uma valorização de 1% desde o início do ano. Nos EUA a queda foi de 2,7%, embora esteja com uma valorização acumulada de 6% em 2009.

Esta proposta surge duas semanas após a empresa ter considerado que poderia vender as suas operações na Austrália à Holcim por 1,6 mil milhões de dólares. A operação com a Holcim tem a validade de 6 meses para ser concluída. O plano de pagamento da dívida vai conceder à Cemez maior flexibilidade e a habilidade para diversificar as suas fontes de financiamento. Os termos do plano serão revelados quando o acordo estiver finalizado.