2009-06-30

Desemprego no Japão

A taxa de desemprego no Japão subiu para um máximo de 5 anos em Maio, enquanto que a despesa dos agregados familiares avançou inesperadamente, após o Governo ter injectado liquidez na economia de modo a ajudar a economia a sair da sua pior recessão após a Segunda Guerra Mundial.

A taxa de desemprego cresceu para 5,2% depois de em Abril ter registado 5,0%, indo ao encontro das estimativas dos analistas consultado previamente pela Bloomberg. A despesa doméstica cresceu 0,3% naquela que é a primeira subida em 15 meses, enquanto que os economistas esperavam uma queda de 1,5%.

A segunda maior economia do mundo deverá crescer pela primeira vez em mais de um ano neste trimestre, devido às medidas de estímulo para a economia tomadas pelo Primeiro-ministro Taro Aso. A confiança começa a subir e o presidente da NEC Electronics, Junshi Yamaguchi, a considerar que o pior já terá mesmo passado. O índice nacional de referência do Japão, o Nikkei 225, encerrou a sessão de hoje a ganhar 1,8%, levando ao aumento de 23% no segundo trimestre do ano.

Apesar da taxa de desemprego estar a aumentar, os efeitos das políticas de estímulo económico estão já a surtir efeitos, com a produção a recuperar. Contudo, a taxa de desemprego é um indicador que revela algum atraso face ao estado da economia, já que as empresas demoram algum tempo a dotarem-se de recursos humanos. Só após serem ultrapassados os seus problemas é que iniciam a contratação. De acordo com Takuji Aida, economista do UBS, s pedidos de semicondutores vão disparar para o próximo trimestre devido ao aumento da procura.

2009-06-29

Produção Industrial japonesa

A produção industrial do Japão aumentou pelo terceiro mês consecutivo em Maio, com as empresas a restaurarem os seus inventários e com o início da retoma da maior recessão após a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o ministério do Comércio japonês, a produção cresceu 5,9% em Maio face ao mês anterior, igualando o ganho de Abril que foi o maior crescimento desde 1953. Ainda assim, este resultado ficou aquém das expectativas do mercado, já que os economistas consultados pela Bloomberg estimavam um aumento de 7%. Face ao período homólogo do ano anterior, as fábricas estão a produzir menos 29,5%.

A previsão para a produção dos fabricantes indica um aumento neste mês e no próximo ainda que a um ritmo mais lento, e os economistas esperam que o sentimento entre os grandes fabricantes tenha aumentado após ter registado um mínimo histórico. Os dados económicos têm vindo a confirmar que a recessão mundial está a abrandar com os bancos centrais a injectarem liquidez nas economias e com os governos a gastar 2,2 biliões de dólares para estimular o crescimento da procura.

Paralelamente, um relatório do mostrou que as vendas a retalho caíram 2,8% no Japão em Maio face ao ano anterior, com o agravamento do mercado de trabalho a forçar as famílias a cortarem as suas despesas. Em relação a Abril, as vendas mantiveram-se inalteradas.

2009-06-26

Despesa dos Consumidores norte-americanos

A despesa dos consumidores norte-americanos terá crescido em Maio pela primeira vez nos últimos três meses, com os norte-americanos a ganhar confiança à medida que a recessão vai abrandando.

Os dados oficiais apenas serão conhecidos às 13h30, mas os economistas consultados pela Bloomberg apontam para um aumento de 0,3%, após ter sido registada uma quebra de 0,1% em Abril. Os esforços do Governo para restaurar a corrente de crédito e apoiar os rendimentos, têm feito possível que os consumidores gastem, mesmo tendo em conta o crescente desemprego, que está em níveis máximos que igualam o registado na década de 80. A perda de riqueza causada pela pior crise no imobiliário das últimas sete décadas está a levar as famílias a acumularem poupanças, tornando a recuperação mais lenta.

A despesa dos consumidores, que representa cerca de 70% da economia, cresceu no primeiro trimestre de 2009 a uma taxa de 1,4% após ter registado na última metade do ano anterior a maior queda desde 1980. Nesse mesmo período a economia contraiu 5,5%, uma contracção menor do que havia sido estimada.

Já as compras deverão cair 0,6% neste trimestre face ao período homólogo do ano anterior, antes de crescerem novamente na segunda metade do ano. Uma das razões apontadas é a perda de postos de trabalho já que a taxa de desemprego se encontra em níveis máximos de 25 anos, depois de terem atingido 9,4% no último mês.

Mais tarde, por volta das 15h00, a Universidade de Michigan vai divulgar o sentimento dos consumidores. É provável também que tenha voltado a crescer em Junho pelo quarto mês consecutivo para o nível mais elevado dos últimos nove meses, de acordo com a votação promovida pela Bloomberg.

2009-06-25

Perspectivas da Economia norte-americana

A Reserva Federal norte-americana decidiu ontem manter a taxa de juro de referência para a economia dos EUA no intervalo entre 0% e 0,25%, considerando que existem sinais de que a economia está a melhorar, embora se mantenha frágil. Decidiu manter ainda o ritmo do programa de compra de obrigações. Apesar da contracção estar a abrandar, como mostram os gastos das famílias, a questão do desemprego coloca o panorama económico dos EUA numa situação frágil. Em relação à inflação a previsão é que esta se mantenha baixa por algum tempo.

No entanto, face ao optimismo induzido por Ben Bernanke nos mercados financeiros, Warren Buffet considera que serão necessários ainda mais estímulos orçamentais para a recuperação da economia. Buffet insistiu no aumento do desemprego acima dos 10% e que a recuperação económica ainda não está em andamento.

Os mercados asiáticos reagiram em alta à decisão da Reserva Federal, liderados pelas empresas tecnológicas e mineiras. Paralelamente, a Coreia do Sul anunciou que reviu em alta as estimativas para o PIB nacional. O índice accionista japonês Nikkei valorizou 2,2%, com a Mitubishi Electric a avançar 7,7%. O benchmark regional MSCI Asia Pacific já valorizou 44% desde os mínimos registados em Março, na sequência do optimismo em torno das medidas de estímulo económico levadas a cabo pelos Governos.

Já as bolsas europeias estão a negociar em baixa, traduzindo a desilusão dos investidores, após o Fed ter refreado o ritmo de compra de obrigações já que o manteve. O relatório divulgado pelo FMI também está a contribuir para o panorama europeia já que anunciou que os bancos irlandeses terão que amortizar perdas de 35 mil milhões de euros até 2010.

2009-06-19

Recuperação Europeia

Os líderes da União europeia detectaram os primeiros sinais de uma recuperação económica sustentável e afastaram medidas de estímulo para contrariar a pior recessão na região desde a Segunda Guerra Mundial.

Os líderes europeias consideram que à medida que a recessão está a aproximar-se do seu término, são desnecessárias medidas de estímulo e que é tempo de preparar uma saída estratégica da recessão. As preocupações das economias deverão estar centradas para a consolidação após a recessão e acompanhar o ritmo da recuperação. De acordo com a União Europeia, a despesa adicional dos 27 países irá permitir injectar 5% do PIB na economia em 2009 e 2010, compensando assim o crescimento da economia após a contracção estimada de 4%.

Este optimismo levou à valorização do euro. As obrigações do Tesouro alemão também valorizaram. Os indicadores económicos que têm sido divulgados têm confirmado este optimismo. As vendas a retalho em Abril aumentaram pelo segundo mês consecutivo, levando ao aumento da confiança dos consumidores e empresarial para um máximo de seis meses. Na Alemanha, maior economia da Europa, a confiança dos investidores aumentou para além do que era esperado pelo mercado.

2009-06-18

Crescimento Chinês

O Banco Mundial subiu a sua previsão de crescimento para a China neste ano e avisou para que não sejam, até 2010, encetados quaisquer planos de estímulo para impulsionar a terceira maior economia do mundo.

A economia chinesa deverá assim crescer 7,2%, acima da estimativa anterior de 6,5% efectuada em Março. Após esta revisão, os títulos chineses valorizaram para máximos de 11 meses, contrariando a tendência verificada na madrugada de hoje na região. O Banco Mundial junta-se agora a outras entidades, como a Goldman Sachs, Morgan Stanley e UBS, em aumentar as previsões de crescimento após o Governo ter introduzido um plano de estímulo no valor de 585 mil milhões de dólares. A economia chinesa está a apoiar o seu crescimento na intervenção estatal, já que as suas exportações afundaram após a economia mundial ter caído numa profunda recessão.

Ainda assim, o Banco Mundial refere que ainda é cedo para que a China alcance os níveis de crescimento de um passado recente, na casa dos dois dígitos. A China encontra-se bastante dependente da procura mundial pelas suas manufacturas. No entanto, a recuperação poderá surgir, dado o boom recente dos empréstimos bancários às empresas.



(Bloomberg)

2009-06-17

Estimativas de Obama

O Presidente dos EUA, Barack Obama, dirigiu duras críticas a Wall Street e avançou com uma estimativa de 10% para a taxa de desemprego. Ainda assim, considera que a recuperação económica está a começar a aparecer.

Obama, na véspera do anúncio do seu plano para reforçar a regulação dos mercados financeiros, mostrou-se confiante que a economia irá recuperar em breve. Contudo, avisou que é necessário um crescimento robusto da maior economia do mundo de modo a conseguir suprir o défice orçamental sem aumentar os impostos aos norte-americanos. Assim, se o crescimento económico foi muito fraco, Obama pondera um eventual aumento de impostos para diminuir o défice.

A taxa de desemprego vai continuar a aumentar do nível actual de 9,4%, máximo de 25 anos, já que os empregadores estão de certa receosos quanto à contracção de novos trabalhadores. Contudo, avisa que a taxa de desemprego constitui um indicador “lagging”, isto é, com algum atraso face ao estado da economia. Os empregadores vão começar a contratar mais trabalhadores e a despedir menos à medida que o estado da economia vai melhorando.

Face à crítica feita sobre o papel crescente do Governo na economia e nos mercados financeiros, Obama considera que Wall Street tem memória curta, já que considera que a falta de regulação e de participação na economia conduziram à actual situação. No entanto, disse também que gostava que o Governo abandonasse a sua participação na economia assim que esta estabilizar.

(Bloomberg)

2009-06-16

Banco do Japão

O Banco do Japão afirmou que a pior recessão que o país enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial está a abrandar após as exportações terem melhorado e a produção industrial ter registado o maior crescimento dos últimos 56 anos. Contudo, decidiu manter a taxa de juro de referência em 1%.

O Governador, Masaaki Shirakawa, deverá assinalar ainda durante o dia de hoje que é demasiado cedo para parar com a política de comprar dívida das empresas e de conceder aos bancos de crédito fundos, uma vez que a economia se mantém frágil. A divisa nacional, o Iene, valorizou e piorou as perspectivas das exportações enquanto que os títulos nacionais registaram a maior queda dos últimos dois meses com base nas preocupações de que a recuperação económica será adiada.

Os analistas concordou com o regulador monetário do Japão em que o pior da crise já passou mas advertem para a persistência de muitos riscos. Shane Olivier, economista-chefe da AMP Capital Investors, acredita que a economia nipónica irá mostrar sinais claros de recuperação perto do final do ano, citado pela BBC. Contudo, mostra-se preocupado com o que irá acontecer quando o Banco Central deixar de comprar as obrigações das empresas, programa que tem dotado as empresas com liquidez e lhes permite alavancarem os seus negócios.

2009-06-15

DAYTRADING (June 15th)


Description: The DAYTRADING program trades U.S. big cap stocks and Equity Index futures through long and short positions with no overall bias. No trade shall be carried overnight. This is not a capital guaranteed portfolio.

Trading Update (15/06/2009): +0,1% (Short S&P)
Monthly balance (June 2009): -0,3%.
Portfolio's gross return year to date (2009): -1,6%.
Portfolio's gross return since inception (March 2008): +6,8%.

Enjoy your evening.

IDE na China

O Investimento Directo Estrangeiro na China caiu em Maio pelo oitavo mês consecutivo face a igual período de 2008, com as empresas a cortar os gastos para enfrentar a pior recessão desde a Grande Depressão. O IDE caiu 17,8% em Maio para 6,38 mil milhões de dólares, após ter caído 22,5% em Abril.

A China está a contar com um plano de estímulo liderado pelo governo no valor de 586 mil milhões de dólares para reanimar a economia. O investimento estrangeiro deverá aumentar quando a economia global recuperar da contracção anunciada pelo Banco Mundial de quase 3% em 2009. Segundo o economista-chefe da Morgan Stanley Ásia em Hong Kong, as empresas estão para já a tentar ultrapassar a crise em vez de optarem por uma estratégia agressiva de expansão intercontinental e isso explica a diminuição do IDE na China. Nos primeiros 5 meses do ano o investimento estrangeiro na China caiu 20,4%.

No primeiro trimestre do ano, a economia chinesa cresceu 6,1% face ao ano anterior, naquele que foi o ritmo mais lento de crescimento em quase uma década. Para o ano de 2009, o crescimento deverá ser de 7,5%, de acordo com os economistas consultados pela Bloomberg. Os maiores problemas da economia chinesa incluem a queda das exportações, queda dos lucros das empresas, excesso de capacidade industrial, desemprego e potencial défice orçamental.

2009-06-12

Preços do Petróleo

O preço do petróleo segue a corrigir durante a sessão de hoje, após ter valorização durante três sessões consecutivas, embora continue a negociar acima dos 72 dólares por barril. Ainda assim, prepara-se para registar a quarta semana consecutiva em alta quando conta com um ganho semanal superior a 5%, encontrando-se perto de um máximo de 7 meses. Nas últimas quatro semanas o preço do petróleo valorizou mais de 26% e desde o início do ano subiu mais de 32.5%.

Ontem, o mercado reagiu em alta às novas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE) que reviu em alta a procura do “outro negro” a nível internacional pela primeira vez nos últimos 10 meses, quando a economia evidencia cada vez mais sinais de recuperação económica. Por outro lado, para além de que o dólar mais fraco encoraja os investidores a comprarem mercadorias, especula-se que o nível de inventários nos EUA tenha caído durante esta semana.

A AIE aumentou as suas estimativas de procura para este ano em 120 mil barris por dia para 83,3 milhões de barris diários no seu relatório mensal. Uma subida conduzida pelos Estados Unidos e China. Ainda assim, o consumo da matéria-prima a nível mundial vai contrair-se 2,9% em termos homólogos, o que será a maior queda desde 1981. De acordo com um inquérito levado a cabo pela Bloomberg a 35 analistas, 48.6% considera que o preço do petróleo vai subir enquanto que 42.9% prevê a sua queda. Os restantes 8.5% estão neutros.

2009-06-11

DAYTRADING (June 11th)


Description: The DAYTRADING program trades U.S. big cap stocks and Equity Index futures through long and short positions with no overall bias. No trade shall be carried overnight. This is not a capital guaranteed portfolio.

Trading Update (11/06/2009): -0,2% (Short S&P)
Monthly balance (June 2009): -0,4%.
Portfolio's gross return year to date (2009): -1,7%.
Portfolio's gross return since inception (March 2008): +6,7%.

I'll be back tomorrow.

2009-06-10

Economia Portuguesa

Segundo a agência de notação financeira Fitch, a economia portuguesa deverá registar uma contracção acentuada no segundo trimestre do ano, devido à pressão que o crédito hipotecário em Portugal vai sofrer nos próximos meses. Espera-se ainda que os preços das casas caíam moderadamente durante o resto do ano, apesar da agência considerar que o sistema bancário português se manterá forte, rentável e bem capitalizado.

A contracção da economia nacional, já anualizada e relativa à totalidade do ano de 2009, deverá atingir os 3% e as estimativas da Fitch não contemplam crescimento em 2010. Já a taxa de desemprego, que atingiu os 8% no primeiro trimestre do ano, deverá aumentar substancialmente, rondando os 10% antes do final de 2010, o que traduz um crescimento de 20% face ao nível actual. Nas últimas recessões da economia portuguesa, o desemprego aumentou 74% de 1991 para 1995 e 100% de 2000 para 2005.

Esta contracção económica poderá ser a mais profunda sentida por Portugal nos últimos 15 anos. Federica Fabrizi, directora da equipa da Fitch, afirmou que apesar de a descida das taxas de juro ter beneficiado a capacidade de os tomadores de empréstimos obterem financiamento, o enfraquecimento dos fundamentais económicos e a deterioração das condições do mercado imobiliário poderão intensificar os atrasos nos pagamentos e o malparado no que diz respeito aos RMBS (títulos associados a créditos hipotecários residenciais) em Portugal.

(Jornal de Negócios)

2009-06-08

Prejuízos Aviação

As perdas da aviação civil deverão atingir os 9 mil milhões de dólares em 2009, segundo os números da IATA, Associação Internacional de Transporte Aéreo, quase duplicado a estimativa anterior de Março de 4.7 mil milhões de dólares. Estes dados foram avançados por Giovanni Bisignani, CEO da IATA, na abertura do encontro anual das companhias aéreas, que começou hoje na Malásia. No ano passado, as companhias aéreas perderam 10,4 mil milhões de dólares resultantes da recessão económica e do aumento exponencial dos preços do petróleo.

As vendas poderão cair 15% para os 448 mil milhões de dólares face aos anteriores 528 mil milhões registados em 2008. Esta recessão tem prejudicado o tráfego aéreo, mesmo em primeira classe, com os passageiros em viagens de negócios a trocar os seus lugares executivos por lugares mais baratos. Com efeito, levou a que a British Airways e a Cathay Pacific Airways registassem prejuízos e que a China Eastern Airlines e a Shanghai Airlines planeassem uma fusão de modo a cortar custos num mercado onde o sector da aviação é um dos que regista maior crescimento.

Para 2009 espera-se que a indústria sofra alterações significativas com a diminuição dos custos com os combustíveis mas sobretudo com o desaparecimento das receitas de 80 mil milhões de dólares, resultantes da quebra da procura. Esta quebra justifica-se com a diminuição da confiança e do optimismo dos consumidores mas também com os receios de uma pandemia da gripe A. Este sector tem sido uma das maiores vítimas da crise económica e consequente recessão.

2009-06-05

Rio Tinto

O Grupo Rio Tinto desfez a proposta de 9,5 mil milhões de dólares de investimento por parte da Chinalco, em favor de um aumento de capital de 21 mil milhões de dólares, através da venda de acções novas e ainda através de um acordo com a BHP Billiton para combinar os activos do minério ferro. O preço de venda ficará 49% abaixo do preço de fecho da sessão de ontem.

A companhia australiana irá pagar uma taxa de quebra 195 milhões de dólares ao fabricante de alumínio chinês, conforme o acordo entre ambas as partes assinado em Fevereiro que previa que investisse 19.5 mil milhões de dólares na Rio Tinto. A Chinalco já tinha concretizado o financiamento de mais de 20 mil milhões de dólares até que a Rio Tinto cancelou o negócio.

O director-geral da empresa de alumínio chinesa afirmou que está insatisfeito com o resultado mas que não vai alterar a sua meta estratégia e participará positivamente no desenvolvimento do sector mineiro, procurando oportunidades de investimentos estratégicos.

2009-06-04

Juros BCE

Os esforços de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, para resolver uma discordância com os “policy makers” podem ser auxiliados pelos sinais de recuperação económica. Apesar destes pretenderem que a Autoridade Monetária da Zona Euro alargue o seu programa de compra de activos, o BCE não deverá comprar mais de 60 mil milhões de euros de obrigações com cobertura. Segundo a maioria dos analistas consultados pela Bloomberg, é provável que o nível de juros de referência na Zona Euro se mantenha no nível actual de 1%.

Os 22 membros do Banco Central Europeu têm estado divididos em relação à questão se devem seguir ou não os passos do Banco de Inglaterra e da Reserva Federal dos EUA que têm vindo a diminuir os juros para níveis muito próximos de 0% e têm comprado obrigações do tesouro para combater a pior recessão das últimas seis décadas. Esta semana, o debate acerca do nível mínimo de juros até ao qual o Banco Central pode ir atingiu o seu expoente máximo, com a Chanceler alemã Angela Merkel a reforçar a visão do Bundesbank de que as compras de activos estão a demasiado aceleradas.

Axel Webber, presidente do Bundesbank, refere que não existe risco real de deflação e a compra de activos para inundar a economia com liquidez excessiva é um risco desnecessário que pode estar a semear a origem de uma futura crise.

Os dados económicos mais recentes indiciam que o pior da crise já terá passado. A contracção do sector dos serviços e das manufacturas da Zona Euro está a abrandar e confiança empresarial na Alemanha, maior economia da Europa, aumentou pelo segundo mês consecutivo em Maio. A decisão do Banco Central Europeu será anunciada às 12h45 e Trichet vai revelar os detalhes relativos à compra de obrigações com cobertura 45 minutos mais tarde.

2009-06-03

Crescimento da Economia Australiana

A economia australiana cresceu no primeiro trimestre do ano, contra as expectativas dos analistas, contornando a recessão global que tem atingido as maiores economias do mundo entre as quais a do Reino Unido, EUA e Japão. Foi o aumento das exportações e da despesa por parte dos consumidores que contribuiu para este aumento do produto australiano.

O Produto Interno Bruto cresceu assim 0.4% nos três meses que terminaram em 31 de Março, após ter contraído 0.6% nos três meses anteriores, segundo os dados divulgados hoje pelo Departamento de Estatística em Sydney. A mediana das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg indicava que o mercado esperava uma contracção de 0.2% da economia australiana.Após a divulgação desta notícia, os títulos australianos valorizaram e a divisa nacional, o dólar australiano, atingiu o valor mais elevado dos últimos oito meses.

A Economia australiana junta-se assim ao pequeno conjunto de economias, incluindo a China e a Índia, que expandiram no último trimestre. Os motivos avançados como justificação para o crescimento do PIB incluem o corte das taxas de juro para níveis recorde e a injecção de cerca de 9.9 mil milhões de dólares por parte do governo.

2009-06-02

DAYTRADING (June 2nd)


Description: The DAYTRADING program trades U.S. big cap stocks and Equity Index futures through long and short positions with no overall bias. No trade shall be carried overnight. This is not a capital guaranteed portfolio.

Trading Update (2/06/2009): -0,2% (Short S&P)

Monthly balance (June 2009): -0,2%.
Portfolio's gross return year to date (2009): -1,5%.
Portfolio's gross return since inception (March 2008): +6,9%.

I'll be back tomorrow.

Aumentos de capital nos bancos norte-americanos

Os bancos norte-americanos Morgan Stanley, JP Morgan e American Express pretendem realizar aumentos de capital no valor de global de 7,7 mil milhões de dólares para pagarem ao Tesouro as ajudas concedidas.

O Morgan Stanley, o sexto maior banco norte-americano em volume de activos, vai vender 2,2 mil milhões de dólares em acções ordinárias. Por sua vez, o segundo maior banco norte-americano, o JP Morgan, realizou um aumento de capital no valor de 5 mil milhões de dólares. Por fim, o American Express vendeu 500 milhões de dólares de novas acções.

As autoridades norte-americanas submeteram 19 bancos do país aos “stress tests” e, posteriormente, exigiram aumentos de capital à maioria deles. Contudo, a avaliação dos reguladores concluiu que o JP Morgan e o American Express não necessitavam de qualquer aumento de capital. O Morgan Stanley procedeu a um aumento de capital no mês passado no valor de 4,57 mil milhões de dólares.

Por enquanto, nenhuma das instituições que receberam apoio do governo no âmbito do “Troubled Asset Relief Program” obteve autorização para iniciar o pagamento desses fundos. O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, revelou ontem que ficaria muito surpreso se o banco não fosse capaz de pagar os empréstimos do governo até ao final deste mês. Da mesma forma, os responsáveis do Morgan Stanley tencionam obter fundos através da venda de acções para pagar ao governo até ao final de Junho. Finalmente, o CEO do American Express afirmou que a instituição que lidera sempre encarou os fundos de apoio do governo como uma medida de carácter temporário.

Fonte: Bloomberg

Primeiro prejuízo anual na Ryanair

A maior companhia aérea europeia de “low-cost”, a Ryanair, apresentou hoje o seu primeiro prejuízo anual devido ao aumento da factura com os combustíveis e à amortização da sua posição na congénere Aer Lingus.

No ano fiscal terminado a 31 de Março, o prejuízo líquido da transportadora ascendeu a 169 milhões de euros. Este resultado foi bastante pior do que a perda de 70 milhões de euros prevista pelos analistas da agência Bloomberg. No período homólogo anterior, a Ryanair registou um lucro de 391 milhões de euros.

No período em análise, as vendas aumentaram 8,4% para os 2,94 mil milhões de euros. Os custos com os combustíveis atingiram os 1,26 mil milhões de euros no ano fiscal terminado em Março deste ano contra os 791,3 milhões de euros dispendidos no período homólogo anterior. Em Julho de 2008, a cotação do barril de petróleo em Nova Iorque atingiu o máximo histórico de 147,27 dólares. Em Dezembro, a cotação baixou aos 32,40 dólares por barril.

A desvalorização dos títulos da Aer Lingus, na qual a Ryanair detém uma posição de 29,8%, provocou uma perda de 222 milhões de euros. As receitas da Aer Lingus são cada vez mais magras por causa da redução da procura de voos para a Irlanda, uma vez que a região enfrenta a pior recessão das últimas duas décadas, pelo menos.

Para reduzir os custos, a companhia aérea britânica está a desencorajar os passageiros a transportarem muita bagagem e a diminuir o número de postos de check-in nos aeroportos. Ainda assim, a Ryanair espera beneficiar do aumento das receitas com os passageiros que, tradicionalmente, procuravam os serviços mais completos das companhias British Airlines e Deutsche Lufthansa e que procuram agora reduzir nas despesas. O CEO da companhia, Michael O´Leary, afirmou que vai continuar a baixar os preços das passagens para estimular o crescimento do tráfego aéreo.

Os títulos da Ryanair acumulam uma valorização anual de 19,59% (no fecho de ontem), depois de terem perdido 33,98% no ano passado.



Fonte: Bloomberg

2009-06-01

As maiores falências nos EUA

A General Motors apresentou hoje de manhã o pedido de falência ao abrigo do Capítulo 11 da Lei das Falências norte-americana, uma vez que não conseguiu apresentar um plano de reestruturação com a data limite do governo marcada para o dia de hoje. Desta forma, a fabricante automóvel vai poder reestruturar-se sem enfrentar a pressão por parte dos credores.

Após este processo, será criada uma nova empresa detida, maioritariamente (60%), pelo governo norte-americano. Por sua vez, o congénere canadiano ficará com 12%, dado que vai conceder um empréstimo de 9,5 mil milhões de dólares.

A GM foi a maior empresa industrial de sempre com activos avaliados, actualmente, em 82,9 mil milhões de dólares. A dívida total da empresa ascende a 172,8 mil milhões de dólares.

A falência da GM é a quarta maior da história dos EUA. A maior falência de sempre do país ocorreu em Setembro de 2008: o desaparecimento do Lehman Brothers com activos avaliados em 691 mil milhões de dólares. Desde essa altura, os EUA contabilizaram mais 4 falências (ver quadro abaixo com as 10 maiores falências dos EUA em volume de activos. Os valores estão em mil milhões de dólares.).

Fonte: Bloomberg, CNN e Jornal de Negócios 

Produção industrial chinesa sobe

A produção industrial chinesa cresceu pelo terceiro mês consecutivo, sinalizando que a terceira maior economia mundial se poderá estar a recuperar da pior crise da última década.

A Federação de Logística e Compras revelou hoje em Beijing que o Índice de Compras ascendeu a 53,1 pontos em Maio contra 53,5 em Abril. Neste índice, uma leitura abaixo dos 50 pontos indica expansão. Este trimestre, a produção industrial chinesa pode acelerar 8%.

O crescimento dos empréstimos permitiu um aumento do investimento e o das vendas a retalho. Assim, os consumidores e investidores estão confiantes de que o plano de estímulo económico de 4 biliões de yuan (586 mil milhões de dólares) está a revitalizar a economia. Até ao final de Abril, o governo chinês tinha construído 20.000 kms de estradas rurais, 214.000 kms de estradas residenciais, 445 kms de auto-estradas e 100.000 metros quadrados de instalações aeroportuárias.

O índice chinês Shanghai Composite Índex valorizou 3,4%, elevando o ganho anual para 50%.

Fonte: Bloomberg